sábado, 22 de agosto de 2020

Livro Todos os Poemas da página 1806 até página 1913

Antologia Todos os Poemas

Valdeck Almeida de Jesus

Parte 11

 

Versões atualizadas e outras nem tanto


 

HOMENAGEM

 

 

Elivan,

 

Acho que pertencemos a mundos diferentes. Então, vou parar de esperar pelo teu amor. Vou dormir uma noite que vai durar para sempre. E quando eu acordar, eu já terei esquecido você.

 

Salvador, 12 de novembro de 2004

 

(Beco dos Artistas)

 

 

 


 

ECOLÓGICO

PROJETO 30 ANOS DE POESIA

Mata Atlântica (corrigida)

 

Eu era apenas um pontinho

.

Fui crescendo, crescendo...

...

Nasci, fui crescendo, crescendo...

... ... ...

Enfrentei chuvas, tempestades,

Temporais, sol forte, poeira.

Meu território foi invadido;

Meu terreno plano virou ladeira.

Depois de um viver sofrido.

Lutando com paciência,

Dignidade e inteligência,

Acabei forte, imponente.

Mas não por muito tempo.

Suportei tudo e fiquei mudo,

Incapaz de denunciar, gritar.

Deixei nas mãos dele tudo:

Minha vida, minha seiva.

Foi uma morte terrível, tétrica,

Nada pude contra a serra-elétrica.

 

Salvador, 10 de abril de 2005


 

REFLEXÃO

 

O mundo é podre

A mídia é podre

O para é POP, mas é podre

O presidencialismo, parlamentarismo, monarquismo

São podres

Eu sou anarquista, socialista, comunista, vanguardista

Mas eu quero me apodrecer

Com todo o mundo.

 

 


 

ENGRAÇADA

 

 

Forte emoção

(Pragmatha)

 

Quando senti sua presença

Percorreu-me um forte calor

Uma emoção muito gostosa

E no peito um leve ardor.

 

Mexeu comigo inteiro

Esta forte emoção

Não pude escondê-la

Não pude dizer não.

 

Nas minhas entranhas

Ela fez movimentos

Com forças estranhas

 

Após uma luta, exclamei ufa!

Finalmente consegui

Libertar essa bufa!

 

Salvador, 04 de março de 2005

 

 


 

HOMENAGEM

 

 

 

Irmã Dulce

(Vitória da Conquista, 25 de março de 2005)

 

Em 26 de maio de ‘14

Nasce a nossa Maria Rita

Que dedica toda sua vida

A pobres, pretos, doentes...

Brancos, ricos e sãos

Pois no seu grande coração

Tem lugar pra todo mundo:

Para faminto e indigente

Leproso, sujo e imundo

Para todas as pessoas

Que não têm apoio no mundo.

Batizada de Irmã Dulce

Chamada de Anjo dos Alagados

Ela conquista a cidade

E o coração do Brasil.

Não é à toa que é conhecida

Como o Anjo bom da Bahia.

Já é Santa Irmã Dulce

Para todos que têm fé

Protegendo e cuidando

Aos povos de muita fé.


 

AMOR????

 

Marcelo

 

Faz tempo que não escrevo poesias

Pois não tenho mais motivos para isso.

Agora, minha mente e minha mão

Ansiam por traduzir em palavras

O que se passa no meu íntimo.

 

Você é a razão que me fez acordar

O motivo que me fez sorrir

Ficar ansioso, querendo que o tempo passe

Você é o porque do aperto no meu peito

E a motivação para meu sorriso.

 

Você é o maior presente que recebi

Conhecer você foi um grande privilégio

Pena que parece que o destino me pregou uma peça

Pois teu caminho seguia outro rumo

Outro rumo, local ou objetivo.

 

Mas não importa se amigo ou “amigo”

Pra mim basta tua amizade e atenção

Pois só o fato de te ter conhecido

Já me deixou mais iluminado

Você é, realmente, especial, jóia rara.

 

E como jóia rara, basta se admirar

Basta ver, sentir a presença, observar

Se não sou digno de ter você

Ao menos posso te perceber, em ti pensar

Se não sou digno de ter, ao menos posso sonhar.

 

03 de março de 2000

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

HOMENAGEM

 

Mãe (corrigido) (publicado em “Antologia I”)

(Pragmatha)

 

Cada um tem sua mãe

Presente, Doação, Empréstimo.

Cada um tem sua mãe...

 

A minha já não está presente

Mas não sai da minha mente

A figura de minha mãe...

 

Aperta o peito, vem o choro

Então choro de saudade

De minha mãe.

 

A lágrima verte e rola.

Mãe, como posso esconder

A falta que sinto de você?

 

06 de maio de 2005

 

 


 

HOMENAGEM

 

Mário Quintana

 

É a própria essência da poesia

Contida num prematuro nascer

É a forma da palavra

Traduzida em carne, osso e ser.

 

É a aspereza do frio

Aquecido pelo pensar

É a inquietude da alma

Que teima em inquietar.

 

É o Brasil despertando

Gritando para espalhar

Sua gana de escrever

 

Que a vida tem valor

Que o pensar tem calor

Para a todos aquecer.

11 de Março de 2006

 


 

SOCIAL

Meu país não é este... Meu país é este... (corrigida)

(publicado em “Komedi VII”)

Que dilema, que teorema

Tanta dificuldade, tanta maldade,

Crueldade, roubalheira, ladroeira,

Congressistas, passistas, bolsistas,

Vigaristas, malabaristas,

Ladrões enfiados em paletós,

Belas becas, finas gravatas

Que escondem suas bravatas,

Mamatas, serenatas...

Meu Deus, por que tantas malas?

Malas que escondem dinheiro

Dinheiro que falta em meu bolso...

Que vergonha eu tenho deste país

Que passa embaixo do meu nariz

Seguindo para o lado errado.

Erram os nossos eleitores

Quando colocam no pódio esses senhores

Senhores do mundo, mas que imundo!

Meu país é este? Meu país é este, infelizmente!

Mas, à revelia, construo um país diferente,

Feito de gente, pessoas decentes

E espero um dia poder me orgulhar

Ao dizer: Sim, meu país é este!

 

Salvador, 15 de julho de 2005


 

HOMENAGEM – AMOR

 

PROJETO 30 ANOS DE POESIA

Meu Lobinho

 

Valente – Manso

Carinhoso – Insensível

Cuidadoso – Largadão

Eclético – Singular

Poderoso – Frágil

Livre – Carente

Inteligente – Atento

Lúcido – Intempestivo

Confiável – Humano

Indomável – Impressionante

Seja o que for, gosto assim como você é.

 

Para Paulo Alberto Oliveira da Silva

11 de setembro de 2003

 

Para que eu possa voar mais alto, preciso quebrar minhas asas.
25 de julho de 2005

 


 

AMOR

 


Nunca Cedo  (corrigida)
Sempre Cedo


Eu Cedo e você Tarde
Brigamos, Voltamos
Separamos e nos Unimos
Fechamos a cara, Discutimos
Deitamos e Dormimos
No dia seguinte, tudo se repete:
Eu Cedo e você Tarde
Levantamos e Recomeçamos...

Salvador, 22 de agosto de 2005

 

 

 


 

ENGRAÇADA

 

O poço do Pingo

 

O poço pingava

O pingo empoçava

Pingando, pingando

Enchendo o poço

Que empoçava

Que enchia

Que sufocava

E não deixava

Eu respirar

Pingando sempre

Enchendo o poço

 

 

 

 

 

 


 

REFLEXÃO

 

O silêncio sumiu (corrigido)

 

Um dia o barulho tomou conta do universo

O verso virou reverso e o bom virou perverso

Santo virou demônio e instalou-se o pandemônio

O tudo virou nada e o nada virou lugar comum

Abóbora virou maxixe e tomate jerimum.

 

Percevejo sem olho eu vejo

Piolho andando no rio Tejo

Rio Tietê imundo, profundamente profundo.

Poesia virou prosa

Cravo-de-defunto virou rosa...

O mundo de ponta-cabeça

Por favor, meu bem, me esqueça!

Estou virando a cabeça

Em busca do escavador:

O escavador de silêncio

Pra calar a minha boca

Deixar minha cabeça oca

E achar o meu novo ser.

 

Salvador, 8 de abril de 2005

 


 

CORDEL ECOLÓCIGO

 

Peleja do “Velho Chico”, com o Velho Chico

 

 

O Velho Chico já se encontrava

Imponente no meu país

Singrando Brasil a fora

Com toda a força de um rio

Quando o Brasil foi descoberto

O Velho Chico já era rio.

 

Foi em 1501

Em quatro de outubro nasceu

Descoberto pelos senhores

André Gonçalves e Américo Vespúcio

Navegadores portugueses

Que logo um nome lhe deu.

 

Em homenagem a um santo

Nascido em 1181

Na grande terra Itália

Pela data que nasceu

Mesmo dia em que do rio

A descoberta se deu.

 

Pelos índios era chamado

“Opara”, o nosso rio

Que na língua dos indígenas

Vem a ser o “rio-mar”

Pela grandeza e largura

Pela riqueza e fartura.

 

Era dali que tiravam

A comida para as tribos

Muita água pra navegar

Tomar banho e pra nadar

Por muitos anos passados

Até o “branco” chegar.

 

Esse “branco” era o “Velho Chico”

Disfarçado de santinho

Pra destruir a riqueza

Pra destruir o riozinho

Pra transformar em tristeza

O futuro do riozinho.

 

Com 2.800 quilômetros

O rio sempre foi navegável

Tinha fartura e beleza

Coisa linda e inegável

Que a todos encantava

Tornando a vida no campo

Muito boa e muito amável.

 

Lá da Serra da Canastra,

Alagoas e Minas Gerais,

Sergipe, Bahia, Pernambuco

Passando também em Goiás

Visitando o “Dê Efe”

Esse rio corria demais.

 

Tanta água e tanto peixe

Que o Velho Chico possuía

Dando comida e fruta boa

Fosse noite ou fosse dia

E encantando aos barranqueiros

Com toda sua melodia.

 

Levava água, levava peixe

Muita gente a navegar

Encurtando o caminho

Do sertão para o mar

Unindo o interior e litoral

Transformando tudo em mar.

 

As carrancas do Velho Chico

Serviam para espantar

Os maus agouros e também

Aos espíritos ruins de lá

A tudo o que teimasse

Em nosso novo assombrar.

 

Tudo isso foi mudando

Por causa do “Velho Chico”

Que já não se contentava

Em comer todo o pescado

Em destruir suas margens

E arrasar pra todo lado.

 

O “Velho Chico” ambicioso

Quis no riozinho levantar

Barragem pra todo lado

Para a água represar

Acabando com a navegação

Acabando com o rio-mar.

 

De Rio dos Currais se tornou

Em rio que não existe mais

Pois a sua navegação

Hoje existe em “currais”

Poucos trechos navegáveis

Outros tantos não dá mais.

 

Não deixam mais o nosso povo

Sair lá de Piumi pra Praia do Peba

Porque tudo tá destruído

Acabaram-se as carrancas

Tiraram até a diversão

Do nosso povo sofrido.

 

Começou a grande luta

Do Velho Chico, com o “Velho Chico”

O Rio brigando com o homem

Cada qual querendo vencer

Nessa guerra eu já sei

Que o Velho Chico vai perder.

 

O “Velho Chico” é matreiro

É manhoso e sem escrúpulos

Vai lutar de todo jeito

Pra tirar do nosso Rio

A força e a correnteza

E vai deixá-lo vazio.

 

Arrasar com suas margens

Destruir a plantação

Acabar com aquela mata

Chamada de “ciliar”

Destruir suas beiradas

Para ao rio assorear.

 

Jogar duro com os peixes

Destruir embarcação

Acabar com a vida fácil

Do pescador, nosso irmão

Envenenar suas águas

Com a sua própria mão.

 

Assim, aos poucos ele vai

Ao Velho Chico cansar

Deixar ele todo troncho

Sem poder nem respirar

Para depois de sua fraqueza

Lhe dar o golpe finá.

 

O Velho Chico, cansado

Com pouca água e pouco fôlego

Ainda cambaleante

Vai tentando se aprumar

Mas aos poucos vai morrendo

Pra o “Velho Chico” reinar.

 

Mas o “Velho Chico” não sabe

Que sua vida é dependente

Daquele rio que ele mata

Do rio que ele destrói

E assim, ele vai sofrendo

Sem entender porque lhe dói.

 

Lhe dói a alma, e o corpo

Falta comida e falta ar

Porque o seu Velho Chico

Que começou a agonizar

Vai matar o “Velho Chico”

Vai lhe asfixiar.

 

O “Velho Chico” reclama

Tenta suas águas transpor

Diz que vai salvar o rio

E o rio entra em torpor

Quanto mais ele “conserta”

Mais o rio lhe causa dor.

 

Nesse sofrimento todo

O Velho Chico vai morrendo

Discute com o “Velho Chico”

Que acaba se escondendo

Não quer lhe ouvir os lamentos

E sai de perto, correndo.

 

O Velho Chico lhe diz:

- Vem aqui pra me salvar

Pois estou agonizando

Não posso mais respirar

E se continuar assim

Você também vai “voar”.

 

Mas o “Velho Chico” não ouve

Não quer lhe dar atenção

Quanto mais o rio reclama

Mais ele faz judiação

Destrói mais as suas margens

Lhe deixa morto no chão.

 

E assim os dois se murcham

Sem mais água para beber

Sem peixe para a comida

Sem o verde para ver

Sem poder nem navegar

Para no mar sobreviver.

 

O “Velho Chico”, inconsequente

Não pára para sentir

Que a sua atitude

Vai fazer o rio sumir

Pois ele só pensa em si mesmo

E do sertão vai é partir.

 

Vai em busca de outro “Velho”

Que lhe possa socorrer

Beber toda sua água

E os seus peixes comer

Não socorre o Velho Chico

Que tem um fim trágico: morrer!

 

E assim, a história vai se repetir

Um “Velho Chico”, atrasado

Velho de alma e de coração

Acabando com a beleza

Destruindo a natureza

E devastando a nação.


 

AMOR

 

 

Poema de Sofrimento

 

Atadura

Ditadura

Que me ata

 

Tento me desatar

Tento me desarmar

Me amar como sou

 

Persegues-me

E consegues me calar

Fazes-me fingir o que não sou

 

Debato comigo, debato contigo,

Mas tudo que consigo

É ter de me calar

 

Preciso me esconder,

Dissimular e fingir

Para que me possas acusar

De dissimulado...

 

25 de julho de 2005


 

ERÓTICO HOMO

 

Poemas homo eróticos

 

 

 

Kombi do cu

(Enviado para Antologia do Paraguay)

 

Cu melado

Cu cabeludo

Cu raspado

Cu de ferro

Cu chulado

Cu gordo

Cu magro

Cu folgado

Cu apertado

Cu folote

Cu de mel

Cu inchado

Cu chupado

Cu aberto

Cu fechado

Cu diabético

Cu light

Cu diet

Cu adocicado

Cu de silicone

Cu de borracha

Cu preto

Cu moreno

Cu branco

Cu enfiado

Cu esfolado

Cu sem prega

Cu cagado

Cu doce

Cu salgado

Cu piscante

Cu zerado

Cu furado

Cu selado

Cútero

Cuceta

Cu esfomeado

Cu com falta de ar

Cu congelado

Cu profundo

Cu raso

Cu perebento

 

Venha freguesia, traga o dinheiro e a vazilha, se não gostar do cu não paga. Dê o cu ao vizinho ou à empregada, se não estiver bom leva outro

 

Inspirado na Kombi da Fruta que passa enchendo o saco dos moradores das grandes cidades

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

LIVRO ESCRITO A MIL MÃOS

 

 

Poemas da Madrugada – Autoria: Jacira, Joel, Marcos e Valdeck

 

“Alegria”  - Joel

 

Alegria gracias por

Llegar en los momentos

Mas duro y triste

Después de uma desilución

Despues de una gran perdida

Despues de haber llorado sin encontrar consuelo

Mi mundo, mi vida es dura

Y despierto con los ojos cansado

De ver el mundo que no cambia

Mas tengo el consuelo que despues

Todo lo horrible y doloroso que nos repara o futuro

Llegara como una estrella parpadeante y fugas, alegria

 

 

 


 

Alegria – Valdeck

 

Cada dia que eu vivo

Cada segundo que se passa

É mais uma grande conquista

Que me enche de paz e graça.

 

Nosso Deus nos dá p sol

Água, frutas e animais

Para ser alegre na terra

O que precisamos mais?

 

Por isso agradeço a Deus

E vivo com grande euforia

Pois tudo que quero conquisto

E vivo uma vida plena de alegria.

(Varadero, 06.05.2006)

 

 


 

Alegria – Jacira

 

Alegria por gostar de você

Por estar ao seu lado

Por sorrir quando você está feliz;

Sofrer quando você sofrer

Alegria por você existir.

 

Não te quero por um dia

Não te quero por um ano

Te quero por toda a vida

Te quero porque te amo.

O amor – Jacira

 

O amor é lindo

Por saber amar

Quem tem humildade

Quem tem amor próprio

Não se iludir com as pessoas

Que dizem eu te amo

Seja feliz

Pro amar e ser amado.

 

 


 

Amor – Marcos da Hora

 

Cada dia que passa me sinto mais feliz em amar;

Em cada dia que amo tenho medo de sofrer;

Mas luto e dito,

Sem medo de sofrer,

Que amo alguém.

 

 

 


 

Amor – Joel

 

Como una ola en el mar

Hacia ti, mi cuerpo va

Y tu en tus carnes

Encierra las pupilas

Cedientas conque miraré

Cuando estos ojos que tengo

Se llenen de tierra.

 

 


 

Amor – Valdeck

 

Como posso te amar te dividindo?

Como te querer pela metade?

Como te desejar sem poder te tocar?

Sonho com o beijo, o abraço, o afago,

Imagino teu cheiro, teu gosto, teu calor

Te vejo perto, mas ao mesmo tempo longe

Fantasio um abraço, crio uma história

E me vejo vivendo uma vida... sem você

Por amor, te entrego ao mundo e sofro te perdendo.

Por amor te deixo partir.

Todo o amor que sinto, eu sufoco

Para que você fique livre para viver.

Camanguey, 06.05.2006

 

 


 

Homem -  Jacira

Homem que me faz sofrer

Mas que tanto quero

Que me beija, me deixa louca

Que arranca suspiro

Mas que tanto quero

Que seria de mim sem esses homens?

Dedico esse poema a você, homem...

 

 


 

El hombre – Joel

 

El hombre escojido entre todas las bestias

Privilegiado con el don del amor

Pasa por el mundo sin dar huso de su mas preciado don.

Amor: sentimiento que deveria hacermos limpio, puro, sentimiento que deverianos elevar hacia un lugar mejor, es la cauza de nuestra destruccion.

Por no tener el control de tal sentimiento que fue y será hasta decision de ellos, dioses

 

 


 

O homem – Valdeck

 

Procurei por todo o mundo

Busquei no oceano mais profundo

Fui ao deserto, fui longe, fui perto

Paguei caro, comprei, vendi

E você, em não encontrei

Porque eu não via, ou ver eu não queria

Voltei para casa, de mãos vazias

Na alma, uma dor, no peito, uma agonia

Quase desisti, pois com todos me desiludi

Quase cansado, desmaiado

Quase no fim da lida

Encontrei você: o homem

O homem que deu novo sentido à minha vida.

Havana, 06.05.2006 – 00:00 hs


 

SOCIAL

 

Poema Inquisitório (corrigido) (publicado em “Komedi VII”)

(Varal do Brasil)

Quero o purgatório

Pecar no oratório

Confessar o pecado

Sem medo de morrer queimado.

 

Tenho muito medo

Medo do falatório

Não vou confessar

Não vou me entregar.

 

Padre, Puta, Preto

Porco, Catitu, Cateto

Pobre do Pobre do Gueto.

 

Grana, Insana, Romana

Pague a minha e a tua cama

Ensina-me como a ti mesmo se ama.

 

COT, 21 de março de 2005

 

 

 


 

SOCIAL

 

Brasil, mostra a tua cara (corrigido)

 

Qual é teu personagem?

Malandragem

Sacanagem

Sem coragem?

 

Qual a tua conclusão?

Cooperação

União

Ilusão?

 

Qual é a tua meta?

Boca aberta

Descoberta

Em oferta?

 

Qual é o teu futuro?

O monturo

O apuro

Em cima do muro?

 

Salvador, 26 de novembro de 2004

 

 


 

AMOR

 

Quero Meu Anjo de Volta (corrigido)

 

Não é por capricho

Não é por carência

Não é por necessidade

Não é por demência.

 

Não é por “querer”

Não é por estar só

Não é pra sofrer

Não é pra ter dó.

 

Quero meu Anjo de volta

Pra me dar vida e alegria

Já não vivo mais sem ele

Nem de noite nem de dia.

 

Vago como um zumbi

Sem comer, sem respirar

Não durmo nem fico acordado

Tudo parece me sufocar.

 

Somente o sopro Divino

No rosto do anjo por perto

É que me dá alegria

E me resgata do deserto.

 

Deserto de sentimento

Deserto de paz interior

A luz que me aquece

É a luz do meu amor.

 

E sem essa luz divina

Fico tenso e sem paixão

Sem razão para viver

E murcha o meu coração.

 

Quero Meu Anjo de Volta

Quero Meu Anjo, Senhor

Tenha de mim Piedade

Amparai-me, meu Salvador.

 

 

De Tico para Tico

10 de abril de 2006

 


 

AMOR

 

Que amor é este?  (corigido)

(é o Amor Maior)

 

 

Não sei que amor é este

Que me sufoca

Me prende

E me deixa besta

 

Não sei que feeling é este

Que me prende

E me encarcera

Num corpo que não era

A prisão dos meus desejos!

 

Para Lobinho

28 de setembro de 2003, 17:02h

 

 

 


 

AMOR

 

 

Desmantelando o Castelo (feeling)

(Banco Capital)

 

Outra armadilha

Outro desapego

Seja breve enquanto dure

Não me mate nem me cure...

 

Fale, não se cale

Termine, não empurre

Delate que o coração não bate

Diga que acabou

Que o sonho se transformou

Em apenas uma ilusão

 

05.12.2005

Calçada

 

 


 

ERÓTICO – HOMO

 

Ser Gay

 

Ser gay, bicha e homossexual,

Não é só dar o cu e chupar pau.

A prevenção às DST’s/Aids

Com o apoio da USAIDS

É o objetivo principal.

 

Ser gay também é ser cidadão,

Pagar impostos, estudar: evolução.

Ser gay não é apenas fechação,

É também amar ao gay como um irmão.

 

Brincar, pular, fechar, gritar,

Crescer, evoluir, trabalhar,

Quebrar o preconceito escondido no peito,

Dizer ao mundo que também tem direito,

Denunciar, beijar, casar, adotar filhos e herdar.

 

Pois antes de tudo, gay tem coração;

Antes de tudo gay tem sentimento, é filho, amigo e irmão.

 

GGB, Salvador, 13 de abril de 2005

 


 

AMOR

PROJETO 30 ANOS DE POESIA

Solidão (corrigido)

(Só lhe dão)

 

Em busca, procurando

Amor, carinho, emoção

Afago, aconchego, coração

A pessoa se doa

Se entrega, em refrega

Não se completa, se infecta

Em baixos meretrícios

Em sufocos: desperdícios

Emoções jogadas ao lixo.

Estou me lixando

Para o povo me olhando

Sem entender a confusão

Desta desconexa emoção.

Cheiro forte de sexo

Neste ar desconexo

Onde o infecto se mistura

Com o sacro e com o sexo

Busco aqui inspiração

Para esconder o furacão

Que destrói minha alma

E afunda a emoção...

 

Salvador, 17 de dezembro de 2004


 

SOCIAL – SAÚDE – AIDS – AMOR

 

Sexo ou Amor

 

Sexo, carinho, desejo e carícias

Amor, delícias, afeto e emoção

Tudo é válido, tudo é gostoso

Mas faça sexo ou amor com proteção.

 

Sádico, masoquista, ativo ou passivo

Bisexual, travesti, transexual

Bote camisinha na neca

Bote camisinha no pau.

 

A vida é mais importante

Que qualquer sexo ligeiro

Cuide de ti e de teu parceiro.

 

Homem, mulher ou hermafrodita

Bote a camisinha na pica

E nunca esqueça essa dica.

 

Salvador, 20 de abril de 2005, GGB


 

SOCIAL

 

 

Sorria, você está na Bahia (corrigido) (Publicado em “Livro de Ouro” e “Pérgula Literária”) OMNIRA

(Antologia quatro poetas Brasil, Portugal e África)

 

 

Temos altos índices de pobreza

A violência grassa por todos os bairros

Sistema de transporte deficiente

Metrô que se arrasta por anos e anos

Falta de saneamento básico

Povo morrendo de fome

Desabamentos de encostas

Rios poluídos com esgotos

População negra abandonada

Baixo rendimento escolar

Altas taxas de evasão escolar

Tráfico de drogas sem controle

Assaltos a ônibus todos os dias

Trânsito super violento

Subúrbios jogados à própria sorte

Trens e trilhos em péssimo estado

Praias sujas e mal preservadas

Trânsito confuso e mal sinalizado

Crianças nos semáforos pedindo esmolas

Viciados e drogados pelas praças

Fumando ou cheirando cola

Imprensa surda, muda e cega

Carnaval só para a elite

Porto subdimensionado

Casarões antigos são destruídos

Plano inclinado destruído

Cultura e arte para grupos protegidos

Turismo predatório

Governo ineficiente

Povo silente

Impotente...

 

Salvador, 24 de fevereiro de 2005

 

 

 

 

 

 

 


 

REFLEXÃO

 

(Banco Capital)

 

Sou múltiplo e complicado. Sou um cara simples e extremamente complexo. Não tenho planos na vida. Amo e esqueço com a mesma intensidade...

 

Te necessito como o beija-flor precisa da flor; o salmão precisa do rio; a onda precisa da praia; o peixe precisa do mar; e a terra precisa do sol.

 

Eu te amo mais que tudo na vida e te quero de todo jeito: fumante, mole, fechando ou não, alegre ou triste, tudo ou nada. TE AMO.

 

2006 para Dyuri

 

 

 

 

Você tem que passar pela Terra e viver bem.

Não importa como, quando ou com quem...

Camaçari, 20 de maio de 1997

 


 

REFLEXÃO

 

Viver é um vício

(Banco Capital)

 

Viciei-me em respirar

Comer, beber, cheirar

Dormir, subir, descer

Deitar, dormir, sonhar.

 

Sonho com uma vida nova

Um mundo bom e despoluído

Mas estou viciado em sujar

Em cuspir: sou um louco varrido.

 

Viciei-me em te ver

Ouvir, lamber, tocar

Viciei-me em você.

 

Agora preciso morrer

Sair deste abismo de amar

Preciso urgente me viciar

Na dor de esquecer você.

Salvador, 27 de março de 2005

 

 


 

ENGRAÇADO

 

PROJETO 30 ANOS DE POESIA

OMNIRA

Cadê Giovanna?  (Publicado em “Palavras que falam”)

 

Que me deixa triste

Que a morte permite

Deixa eu passar fome

Não me dá um nome?...

 

Cadê você

Que se diz a boa

E me deixa à toa

A sofrer no frio?

 

Onde está você

Que não me dá dinheiro

Que não me dá remédio

E me deixa em tédio?

 

Onde se escondeu

Com o meu destino

Com o meu viver

Onde está você?

Apareça aqui

Para proibir

Tanta morte e guerra

Nessa Tua terra.

 

Por que me abandonou

Como fez com todos

Me deixou no lodo

E subiu aos céus?

Salvador/BA, 14 de abril de 2003  * Giovanna é uma criação minha, personificando a travesti irmã de Jeová.

 

 

 

 

 

 

 

 


 

REFLEXÃO

 

A Vida Pulsa (Publicado em “Palavras que falam”)

 

Moro no mesmo lugar

Há mais de dez anos

E todos os dias vejo

Ouço, Sinto, Respiro

Todas as manhã

Os mesmos movimentos.

 

Não há mais árvores

Não há mais sombras

Tampouco água corrente.

Só o canto mavioso

Das aves diurnas

Ecoa de alegria

Pelo nascer do dia.

 

Comemoram a chegada

Do sol que vivifica

No entanto, eu não via

Nem mesmo percebia

Que a vida mágica e frágil

Em se mostrar insistia.

 

Com o passar do tempo

Do alto da soberbia

Através de um olhar

A vida passando eu via

Sem que nada daquilo

Me fizesse ter alegria...

Salvador/Ba, 26 de outubro de 2004

 

 


 

HOMENAGEM

 

Marinheiro (Publicado em “Palavras que falam”)

 

“Voa, voa, vem direto pros meus braços”

 

“Estou triste

não sei por quê”.

Você viaja

E eu fico aqui

A te querer.

 

Despedida

De um amor

Que não vivi;

Saudade

De um calor

Que não senti.

 

As lágrimas rolam

O sangue ferve

E o coração palpita

Com medo

Que essa despedida

Seja definitiva.

Guarajuba (Camaçari/BA), 21 de novembro de 2004Para Elivan


 

SOCIAL

 

 

Brasil, mostra a tua cara (Publicado em “Palavras que falam”)

 

Qual é o teu personagem?

Malandragem

Sacanagem

Sem coragem

 

Qual tua conclusão?

Cooperação

União

Ilusão

 

Qual tua meta?

Boca aberta

Descoberta

Em oferta

 

Qual teu futuro?

O monturo

O apuro

Em cima do muro

Salvador, 26 de novembro de 2004


 

SOCIAL

 

Boca, de todas as bocas (corrigido) (Publicado em “Palavras que falam”) OMNIRA

 

Quantos beijos recebeste?

Quantos beijos já beijaste?

Beijos de amor e desejo

Beijos de falsidade

Beijos de interesse

Beijos de tesão

Beijos de surpresa

Beijos de alegria

Beijos de mentira

Beijos de engano

Beijos de ilusão...

 

Salvador, 24 de novembro de 2004

 

 


 

AMOR

 

Cicatrizes (corrigido) 

(Publicado em “Palavras que falam”)

 

A vida é uma sucessão

Sucessão de cicatrizes

Cicatrizes do amor

Cicatrizes da alegria

Cicatrizes da dor

Cicatrizes da euforia.

Não quero viver

Sem cicatrizes

Alegres os tristes

Quase felizes

Meus dias terão

Várias cicatrizes

 

Salvador, 24 de novembro de 2004

 

 


 

AMOR

 

Edvan,

(Banco Capital)

 

Meu silêncio não significa

Esquecimento

Minha ausência não significa

Abandono

Minha distância não significa

Afastamento.

Mesmo a 46 quilômetros

Do coração

Sinto como se você estivesse

Aqui

No quarto que nos acolheu

E nos permitiu amar.

Salvador/BA, 19 de abril de 2002

 

 

 

 

 

 

 


 

SOCIAL

 

 

PROJETO 30 ANOS DE POESIA

Amigo (a) (corrigido) (Publicado em “Palavras que falam”)

 

Quem te ama

Quem te busca

Ama o objeto – branco/negro

Ama o mito

Que esse objeto representa,

Quer apenas uma noite de sexo.

 

Quem te quer

Quer teu corpo

Quer teu fogo

Quer teu sexo

Descarregar tensão

E te deixar bem pago

Por todo o esforço

Suspiros e sussurros

Suor derramado

Em troca de prazer.

 

Quem te deseja

É quem pode pagar

Pagar por uma noite

Ou final de semana

Quer apenas o prazer

O prazer volúvel

O momento fugaz

E não quer te levar

Te levar na bagagem

Não quer te levar

Te levar na lembrança

Não quer desejar

Um retorno a teus braços

Um outro abraço...

 

O que querem de ti?

Só querem o animal

Só querem o bruto

Afeto profano

Sexo indecente

Desejo carnal

 

Salvador-BA, 13 de dezembro de 2004

 

 

 


 

AMOR

 

NOVA JACOBINA (Publicado em “Palavras que falam”)

Dez anos depois

Você ressuscita

Mas não é a primeira

Pra deixar aflita

Uma criatura

Que lá das alturas

Cantou teus becos e ruas.

 

Tua alma nua

Sem sombra de dúvidas

Tocou no profundo

Desse ator do mundo

Que te viu nascer

Mesmo sem te ver.

 

Tu tens outras cores

Cheiros, formas, vozes

Signo diferente

Recorda outras gentes

Que ao mesmo caminhante

Deixaram contente.

 

Mistérios, sorridos, arrepios

Cachoeiras, pedreiras, rios.

Será que és capaz

De acordar minas de ouro

Com esse olhar de touro

Com esse olhar vazio?

Jacobina/Ba, 28 de novembro de 2004, para Neverton

 

 


 

AMOR

 

Fabrício (Publicado em “Palavras que falam”)

 

Quero me iludir

Me enganar, chorar, sofrer,

Esperar, sentir saudade

Andar, me espernear

Ser humilhado, ser enganado

Planejar, jogar tudo para o alto

Me arrepender, entristecer

Sonhar, fazer projetos

Quebrar a cara, me decepcionar

Achar que tenho alguém

Destruir planos, projetos, sonhos

E começar tudo do zero

Acreditando que com você

Eu serei feliz, mesmo que

Tudo não passe de um sonho bobo

E que eu continue tendo por companheira

A SOLIDÃO...

Pois isso tudo faz parte da vida

Do Drama Humano

E eu quero é viver esse drama.

Salvador, 15 de julho de 2004

 


 

SOCIAL

 

Desfile da Independência (corrigido) 

(Publicado em “Palavras que falam”) OMNIRA

 

Corpos, formas

Músculos, tesão.

Mas será que o interior

Tem algo que me faça

Sentir tesão pela vida?

Ou é apenas mais um

Pedaço oculto de carne?

 

Salvador, 02 de julho de 2004

 

 

 

 


 

SOCIAL

 

You are very bad

With me

Why did you do that to me?

I know I deserve it, but I wouldn’t like to pass for this again.

São Paulo, 26 de dezembro de 2002

 

 

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