sábado, 22 de agosto de 2020

Livro Todos os Poemas da página 2024 até página 2115

Antologia Todos os Poemas

Valdeck Almeida de Jesus

Parte 13

 

Versões atualizadas e outras nem tanto


 

SOCIAL – PROTESTO

 

Navio Negreiro

(Inscrito no concurso “Projeto 48 horas”)

(Para projeto Caderno Literário – Pragmatha)

(Antologia quatro poetas Brasil, Portugal e África)

 

Sem voz, sem fala

Branco diz e negro cala

O poder se ganha à bala

Bota o negro na Senzala.

 

Descartáveis sociais

Refugos do Capitalismo

Escravos do consumismo

Com direitos desiguais.

 

Prisioneiros da cultura

Do poder do dominante

Submissos na estrutura.

 

Vamos quebrar a corrente

Destronar o poder reinante

Precisamos virar gente!

 

05 de novembro de 2008


 

AMOR

 

Coração de Pedra

(Para Coletânea KOMEDI 2009)

(Para concurso Wiki)

(Antologia Ipitanga)

(Galinha Pulando)

 

Vivi traições e mentiras,

Alegrias e tristezas.

Com você, surge no horizonte

O amor que me tira da torpeza.

 

Sensação boa, gratificante,

Vivifica o corpo e a alma,

Desperta o humano,

Revive o poeta.

 

Os versos retornam,

A sensibilidade aflora,

Quando a paixão me devora.

 

O amor faz rir ao triste,

Dá sorriso a quem chora

E quebra o coração de pedra.

 

Alagoinhas, 18 de janeiro de 2009

(A Léo )


 

REFLEXÃO

 

Minha sexta morte

(Enviei para “Dar voz à poesia”)

(Caminhar no Mundo)

(Galinha Pulando)

 

Domingo, morri de fome

Segunda, morri de apendicite

Terça, morri acidentado

Quarta, morri afogado

Quinta, morri de saudade

Sexta, morri desmaiado.

Como gato tem sete vidas,

Aguardo a última chance na Terra.

 

27 de janeiro de 2009

 


 

SOCIAL

 

Droga de vida – Viagem sem volta

(Enviei para “Dar voz à poesia”)

(Antologia Cidade – Abílio Pacheco)

(Concurso Wiki)

(Pragmatha)

(Galinha Pulando)

(Caminhar no Mundo)

(Antologia Bar do Escritor)

(CAPPAZ)

 

Busquei no tráfico a solução

Para a fome, a dor, a sede de consumo

A droga saciou meus desejos

Mas me aprisionou na teia

No vício, na fome de querer mais

E tudo me confundiu muito

Como num redemoinho, afundei na escuridão

 

“Viajei” , fugi, afundei mais e morri

Matei meus sonhos e meus sentimentos

Agora sou um trapo de carne e osso

Vazio, sem destino e sem esperança

De humano só resta a lágrima e o desespero

 

Quero sair desta treva, fugir deste labirinto

Mas a dívida contraída pesa na consciência

Minha ficha tem mortes, traições, mentiras,

Angústias, lutas vãs e perdas irreparáveis

Só me resta ficar, pagar com a vida e com a morte

A morte do meu coração e da minha alma

Droga de vida, viagem sem volta...

 

03.02.2009

 


 

SOCIAL

 

Sexo, Droga e Rock’n Roll

(Caderno Literário Pragmatha)

(ArtPoesia)

 

Suruba, Orgia,

Energia, Aruba (*),

Desgaste, Emoção...

 

Virei pedra, sem coração.

Amor? Pra quê?

Sou Carne, Firme, Imortal

E não envelheço nunca!

 

03.02.2009

 

(*) Praia GLS de Salvador

 

 


 

POEMA DE LÉO – AMOR

 

08/02/2009                                                                                                    Autor:

Às 21:03 HS                                                                                                 Léo 

 

 

“O AMOR” (Concorre a uma vaga no Prêmio Literário Valdeck Almeida de Jesus de Poesia 2009)

 

Que sentimento complicado que nem a poderosa ciência é capaz de entender.

Um sentimento que nos faz sorrir... e nos faz chorar.

Nos faz esquecer e às vezes relembrar.

Como é possível você ver uma pessoa e sentir o coração acelerar, o corpo arrepiar, e as pernas balançar?

Como é possível o mesmo sentimento te causar ciúmes, raiva e vontade de matar?

Vai tentar decifrar o amor!

Melhor não. Mas de uma coisa eu sei. Todos nós, vivos e mortos, jovens e velhos, se não sentimos, um dia haveremos de sentir. Não é como a alegria, que nos deixa um sorriso estampado no rosto.

Nem como a tristeza, que nos arranca a alegria sem o mínimo esforço.

Mas sim sensações diversas que é bom nem citar mas que, juntas por uma só força, te faz sentir o prazer inexplicável de amar.

 

Fiz esse

Poema baseado

no que sinto por você!

Te Amo.

De: Seu eterno namorado.

Léo

 

Para: Val

 

 

 


 

SOCIAL ECOLÓGICA

 

Eu, navegante

 (Antologia quatro poetas Brasil, Portugal e África)


O mar me chama,

como uma sereia ao pescador

Penso em ficar em terra,

preso aos amores daqui.

Ao mesmo tempo,

o canto das águas me seduz:

Maresia,

balanço,

meu coração balança também,

pende para dentro da embarcação.

Essa rotina,

esse ir e vir já faz parte de mim;

Já me habituei a não ter porto,

a não ter pátria,

Buscando, sempre,

um ponto de apoio no inconstante.

Apoio-me nas ondas,

nas marolas,

no horizonte.

O mesmo horizonte que me chama e fascina,

foge de mim eternamente.

Assim também são meus amores,

minha saudade.

Este aperto no peito se afrouxa quando

o vento,

a brisa

e o assombro da morte me vão.

Nessa hora, a calmaria me deixa nauseabundo,

um homem sem mundo,

sem lar, sem laço,

sem amor.

O vazio profundo da alma me tira a calma

e sofro, de novo, pelo amor que não sei,

pelo abraço e afago da terra natal

que não sei.

A saudade de não ter do que ter saudade

me corrói.

Ela, ele, paixão, sentimento,

me chamam de volta

para um lugar que desconheço,

para onde nunca retorno.

Este retorno eterno me leva a um encontro

entre a terra e o mar,

onde eu quero ouvir o canto da sereia.

O que seria de mim sem esta saudade,

sem a certeza de talvez não voltar?

O que seria de mim,

navegante de mim mesmo sem o mar?

 

Valdeck Almeida de Jesus

Faculdade Social, 11 de fevereiro de 2009


 

AMOR

 

A vida é rascunho

(Antologia Pragmatha 2011)

(CAPPAZ)

 

Acordei, planejei meu dia

Tudo foi diferente

Certo ou errado, ao certo

Tudo foi tão incerto...

 

Atrás da coxia era diferente

Não pude mudar a cena

Foi tudo tão de repente

Meu texto era outro. Pena!

 

Amanhã vou refazer

Mudar o plano

Ledo engano.

 

Viver não tem receita

Cada dia vira um sonho

Nesse rascunho medonho.

 

Praia do Machado, Angra dos Reis, 20 de fevereiro de 2009

Curtindo o carnaval com Léo


 

SOCIAL – INTERNET

 

Estou na rede

(Publicada no Galinha Pulando, enviado para ANAJUSTRA, Pragmatha)

 

Quando quero amigos

Vou ao Orkut

É tão simples, tão divertido

Como comer iogurte

E se lambuzar todo

 

Na internet busco jogos

É melhor que ir à rua

Em casa, no conforto,

Não tropeço nem levo tombo

 

Comprar música ou um filme

Faço tudo pela net

Um download me ajuda

É melhor que ir à loja

 

Minhas fotos eu não imprimo

Tenho álbum virtual

No Pikasa, no Orkut

É melhor não sair de casa

 

Vejo filmes no Youtube

Mando news pelo Twitter

Converso pelo MSN

Sou global e estou em casa

 

Até namoro pela rede

Sem jamais pegar um vírus

Doença virtual não me pega

Tenho armas contra isso

 

Só não consegui ainda

Beijar e abraçar pela rede

Mas espero que um dia

Os PC’s possam sentir

 

Nesse dia irei amar

Viver, sonhar

Tudo isso sentadinho

Sem sair da internet...

 

Estou patrocinado, busco novas tecnologias, estou no mercado virtual, minha web 2.0 me promove, vou a eventos nas nuvens.

Salvador, 15 de junho de 2009

 

 

 


 

"Alice não é boba" conta a história de um homossexual bem sucedido que busca o amor nas esquinas da vida...

Sofre decepções, desapontamentos, traições, continua na luta até encontrar a felicidade, ou o início de um novo ciclo de dor e lamentações...

 


 

AMOR

 

Meu amor

(antologia do amor)

 

O amor que sinto

É algo maior que eu

Maior que você

Maior que nós

 

Este sentimento

Que me alimenta

Sustenta meu corpo

Anima meu ser

 

Não dá pra medir

Não posso negar

Este sentimento

É tudo o que há.

 

Salvador, 11 de junho de 2009

Para Léo 

 

 

 

 


 

AMOR – DECEPÇÃO

 

Morte e Vida

(Poeart – Jean Carlo/ Revista Cá Entre Nós)

(Para Varal do Brasil)

(Livro Delicatta)

 

Morrer vivo

Aos pedaços

Mutilado aos poucos

Pela alma, pelo coração

É a pior morte.

Sorte tem quem é atropelado

Cai de lage

Toma tiro perdido

Não volta da mesa de cirurgia

Tem ataque cardíaco.

Mas quem morre aos poucos

Sofre todo dia

Amargura o espírito

Envenena a alma

E vai murchando

Perdendo a fé

Se desiludindo com a vida

Aumentando a ferida

Tentando suportar a dor

Que massacra o peito

Não tem jeito

Se não se conformar

A dor piora

E se aceita a dor

Antecipa sua hora.

 

26 de julho de 2009

 

Para Léo

 

 


 

AMOR – DECEPÇÃO

Caí do meu sonho!

(Publicado na Magriça)

 

Pensei em morrer, desistir da faculdade

Desistir de tudo

 

Lembro que você falou “estou sentindo uma agonia no peito”, quando a gente discutiu sexta-feira passada;

 

Lembro que você me disse que estava com medo de eu terminar contigo.

 

Eu não tenho músculos, peito, perna, rosto, mas tenho alma.

 

Nunca vou ser um príncipe encantado, nunca vou me transformar de SAPO em outra coisa.

 

“Beijei aquele pescoço, aquele peito. Ele me touxe de carro até o Fórum”.

 

“O viado vai passar uma semana no Rio e eu vou chamar todo mundo pra fazer um surubão aqui... Eu ligo pra saber onde ele está”.

 

Eu quis achar que você tinha me visto e que tudo o que falava era apenas uma pegadinha...

 

Salvador, 26 de julho de 2009


 

AMOR

 

Tudo pelo seu amor

(publicado na Magriça)

 

Abro mão de minha família, de meu filho, de minha sobrinha, amigos

Abro mão de mim mesmo...

 

Não passo de um velho que pensa que sabe tudo...

Sou apenas um leão cansado de guerra

Cujo urro não assusta mais ninguém...

 

Meus sentimentos não importam

Não posso contra o mar

Não tenho força contra a tempestade

Vou sentar e deixar o vento soprar

E aos poucos ir levando pedaços de mim...

 

Pensei que eu existia

Achei que eu tinha uma presença

Descobri que sou apenas um fantasma

Uma lembrança de um vulto do passado.

 

26 de julho de 2009, 07:30 horas

 


 

SOCIAL

 

Sou África

 (Antologia quatro poetas Brasil, Portugal e África)

 

Sou bela, sou negra

Tenho cabelo duro

Apesar do passado

De dor e grilhões

Eu me orgulho

 

Altiva, nativa

Mulata ou mestiça

Sou pele, sou alma

Tenho pé chato

Quadril largo

Nariz achatado

Tenho raiz

E ela me diz

Que sou Deusa

Rainha e Princesa

 

Sou plena e total

E também sou mito

Sou gente, real

Eu luto e grito:

Nem menos, nem mais

O que eu exijo

São direitos iguais!

 

Salvador, 01 de agosto de 2009

 


 

REFLEXÃO

 

Para antologia que será publicada na Itália

 

Vinho, vinha...

(Valdeck Almeida de Jesus)

(Publicado na Magriça)

(Livro Delicatta)

 

O que me liga à Itália?

O vinho?

Este néctar dos deuses

Me “liga”, me desliga...

Estou em minutos

Não estou mais,

No Velho Mundo,

Mas estou imundo,

Bebi demais!

Ah! Já sei, limitarei

Minha dose!

Mas com limites, não posso voar...

Que fazer para viajar nas vinhas,

Nos parreirais?

Já sei, vou beber mais!

 


 

REFLEXÃO

 

Anjo Pecador

(Publicado na Magriça)

(Livro Delicatta)

 

Sou capeta o dia todo

Sou Deus de vez em quando

Fumo, bebo, roubo e mato

Finjo ser santo, por trás do manto.

 

Sou puto, confuso, mentiroso

Desafio às leis e regulamentos

Desobedeço, sempre, a tudo

Iludo, engano, sou um jumento.

 

Uso drogas, me masturbo

Faço tudo o que é proibido

Uivo louco na libido.

 

Não tenho medo do inferno

Só não quero viver no inverno

De uma vida sem poesia.

 

14 de novembro de 2009, evento Fala Escritor

 

 


 

AMOR

 

Amor errante

(Para concurso LABECA)

(Concurso Suzano)

(Livro Delicatta)

(Antologia Alma Brasileira)

 

Vivo em busca da paixão

Do fogo, do calor que arrepia

Corro feito louco, todo dia

Atrás de uma forte sensação.

 

Planejo, minuto a minuto

O encontro com meu amor

Suspiro, respiro forte

Quero muita sorte.

 

O amor é fugidio

Se esquiva de mim

Me deixa no vazio

 

Não quero viver assim

A tremer de frio

Sem você perto de mim...


 

SOCIAL

Mês do Natal

 

Sou louco

(publicado em vários sites)

(Antologia da Paz – Pragmatha, antologia do amor)

(Concurso Nosside)

(Concurso Bancários)

(Livro Delicatta)

(Antologia Lusófona)

(CAPPAZ)

 

Quero transformar:

A mentira e a traição em confiança;

Louco para fazer da fome, mesa farta;

Da indiferença, atenção;

Sou louco para fazer da roubalheira,

Divisão igualitária de riquezas;

Da corrupção, compaixão;

Sou louco para fazer da violência,

Equilíbrio social;

Sonho em fazer do frio, abrigo;

Do aborto, um abraço afetivo;

Sou louco para fazer do desamor,

Carícia;

E da ganância, solidariedade.

Só assim teremos paz!


 

REFLEXÃO

 

Tenho medo da solidão (?)

 

Não sei, pois gosto de ficar só, ter o controle de minha vida, sensações...

Ao mesmo tempo sinto vontade de presença, de amigos, de namorado.

Mas estar com pessoas me torna um não-eu. Tenho que ser outro, um ator, um ser que não conheço, e que me incomoda.

Não estou adulto, se adulto é não mais se incomodar com a presença de outros. Ainda sou aquele que se esconde atrás da porta quando chega alguém estranho. Escondo-me por conveniência, medo ou insegurança.

Estar com outras pessoas me tortura, me tira a liberdade de ser eu, completamente eu.

Fico pensando que sou misantropo, mas logo revejo isso e afirmo que sou o verdadeiro eu somente quando estou sozinho ou com meu parceiro.

Não sei mostrar nem quero ser o verdadeiro eu quando estou no meio de pessoas. Não sei ser completamente eu quando há olhares e ouvidos atentos aos meus movimentos e ações.

A ideia de ser refém de mim, dentro de minha casa, não me agrada. Ser gay, ter um namorado gay e ao mesmo tempo ter que me policiar na rua, no trabalho, na praia, no show, no mercado e, ainda por cima, dentro de minha própria casa – quando tenho visitas -, me dá a sensação de prisão,claustrofobia e sufocamento.

Gosto de ficar no meu mundo, seguro.

 

Salvador, 17 de janeiro de 2010, às 12:26 horas


 

HOMENAGEM

 

A biblioteca

(VIII Concurso Literário de Bento Gonçalves)

(Banco Capital)

(Concurso DRACA)

(CAPPAZ)

 

Uma casa cheia de livros

Nas mesas e estantes

Para que serve

Se não tem visitantes?

 

Para estudo, pesquisa

Para guardar informação?

Para leitura, descanso

Empréstimo ou doação?

 

É um lugar de silêncio

Com funcionários e leitores

Em uma grande harmonia?

 

É isso tudo e também

Lugar de aprendizado

Biblioteca é alegria!

 

 


 

REFLEXÃO – PROTESTO

Hoje é meu último dia de vida

 

 

Vou xingar o guarda

Jogar pedra na igreja

Quebrar o carro da polícia

Mandar meu chefe tomar no cu

Comer tudo que não posso

Incomodar os vizinhos

Cuspir na cara do juiz

Fazer sexo sem camisinha

E tocar fogo na bíblia

 


 

HOMENAGEM

 

Casa das Rosas

(concurso Casa das Rosas)

Autor: Poeta do Amor

(Banco Capital)

(Concurso DRACA)

(CAPPAZ)

 

Paulista, paulistana, rosa e sublime

O Espaço Haroldo de Campos é assim:

Briga com a arquitetura da Paulista

Insiste em ser rosa, no meio do cinza…

 

E mais: canta e encanta, com ou sem garoa

Espalha poesia na cidade de cimento armado

Acolhe poetas, escritores, sonhadores…

Pulsa firme e injeta vida-poema nas veias de Sampa…

 

 

 


 

REFLEXÃO

 

Esperança

 

(Agenda Literis 2011) (Galinha Pulando)

 

Enquanto há vida há espaço para lutar

Lutar por melhorias, brigar por amor

Enquanto há vida há tempo para mudar

Mudar de vida ou mudar de atitude

Experimentar novidades e evoluir

Enquanto há vida há tempo de dialogar

Falar de paz, falar de solidariedade

Falar e agir, com responsabilidade

Mude de atitude, enquanto há vida

 

 


 

AMOR – TRISTEZA

 

 

Tu e eu…

(Concurso Sindjufe)

(Livro Delicatta)

 

Saudade…

Sinto vontade de ter 20 anos…

Quero voltar no tempo

Ser, de novo, um adolescente,

Sorrir, brincar, descompromissado,

Sonhador, esperançoso,

Motivado a "correr atrás",

E acordar, todo dia, disposto…

Tento estar em todos os lugares,

Fazer todos os gostos,

Brigar, amar, abraçar, pedir desculpas,

Mas o peso dos anos não me permite mais

Estar, estar, estar…

O cansaço, a responsabilidade,

Tudo me demanda tempo, me demanda atenção…

Fico somente com o abraço na hora de dormir

E isso é tudo.

E isso, que é tudo, é tudo mesmo.

E mesmo que eu queira acordar meio dia,

Dormir de tarde, não consigo…

A velhice do tempo me levou o ar…

Tento viver, cada segundo, cada milésimo,

Para não perder o que já perdi sem ti…

Mas nem sempre a agenda nos favorece…

Então, libero, finjo que não ligo,

Mas sinto a falta, numa noite, noutra noite…

Até que o último suspiro me leve…

 

(Para Leo)

Salvador, 01 de abril de 2010

 

 


 

REFLEXÃO

 

Libertar-me

(Antologia Antoniela) (Galinha Pulando)

(Livro Delicatta)

 

Do medo da perda

Do medo da solidão

Da dependência do outro

De sonhar o sonho do outro

De angustiar-me com a angústia do outro;

Preciso me sentir completo

Quando sozinho ou acompanhado;

Preciso me valorizar

Me amar, me sentir inteiro.

 

Salvador, 19 de abril de 2010

 


 

HOMENAGEM

 

A morte e a vida de um poeta

(Antologia Antoniela, Varal do Brasil) (Galinha Pulando)

(Livro Delicatta)

(Congresso da União Brasileira de Escritores)

(Antologia Bar do Escritor)

(CAPPAZ)

 

Um poeta morre todo dia,

E não apenas no dia da sua morte.

Sorte, má sorte, é para quem vive

A ilusão da vida eterna

Eternamente no corpo.

 

Para o poeta, o que importa,

De verdade, é o passado, o futuro,

Algo que não se toca, não se pega.

 

O poeta vive o invisível, o não vivido.

O dia a dia do poeta é sofrido,

Não medido, não visto, não visitado.

 

A morte, com sorte, é apenas uma passagem

A uma nova vida, sonhada, não vivida

Sofrida, impossível, etérea.

 

Vai poeta, abraça teu futuro e teu passado

Voa, poeta. O infinito te espera,

Colossal, improvável, invisível...

 

Vai poeta, recita, declama,

Faz parte do universo,

Faz da vida um verso...

 

Valdeck Almeida de Jesus

Para Damário da Cruz

22 de maio de 2010

São Paulo-SP - Jardim Ângela

www.galinhapulando.com

 

 

 


 

HOMENAGEM

 

Pablo Neruda

 (ArtPoesia)

 

Nascido Ricardo Basoalto

Viveu e morreu Pablo Neruda

Poeta da Paz, da Vida

Vanguardista, Modernista

Que emblema, que rótulo

Poderia limitar um poeta?

 

Neruda, Reyes, não importa

O homem, o mito, se fundem

Confundem-se, também,

A obra com seu criador

Filho de operário

Neruda foi doutor

Homem de três casas

Amante em “La Chascona”,

O poeta virou carteiro

Ou o carteiro, poeta...

 

Não importam as etiquetas

As marcas, os títulos

Neruda é o que é

 

Salvador, 07 de junho de 2010


 

AMOR – REFLEXÃO

 

Um corpo

 (Antologia Lusófona)

(Antologia Alma Brasileira)

(Celeiro)

 

Quero mais que um par de olhos,

Quero um olhar de carinho;

Mais que um par de mãos,

Quero um afago;

Mais que uma boca,

Uma palavra amiga;

Mais que um par de ouvidos,

Alguém que me escute;

Quero mais que presença,

Quero companhia;

Mais que duas pernas

Mais que um corpo

Muito mais que um nariz.

Quero alguém que me entenda

Saiba da minha carência

Preencha minha solidão

Afague meu ego

Proteja-me na escuridão da noite

E me ame.

 

Salvador, 15 de junho de 2010


 

PENSAMENTOS

 

Mentiras são metáforas da vida;

Verdades são meias mentiras;

Sinceridade é não dizer tudo que se sente.

16 de maio de 2010

 

 

As lágrimas queimam meus olhos…

Querem me cegar.

Não sei se choro ou se furo cada olho.

16 de maio de 2010

 

 

Não quero me acostumar com isso: já são TRÊS FINAIS DE SEMANA como este. Os dois anteriores começaram na quinta. E este já começa na QUARTA.

Você sai e não volta e vai beber e fumar.

Domingo você me disse que não queria me perder e que as coisas iriam mudar…

21 de maio de 2010

 

 

Deus, jogue um raio sobre minha cabeça; contamine-me com uma doença incurável; me mate com um enfarte fulminante…

Mas não me deixe viver uma mentira.

13 de junho de 2010


 

HOMENAGEM

 

Minha Mãe

(Varal do Brasil) (Galinha Pulando)

(Livro Delicatta)

(Celeiro)

 

Onde quer que estejas

Sinto-te presente

Pois tua imagem

Não sai de minha mente

 

Horizonte, esteio, escora

Mão e ombro amigos

Apoio pra toda hora

Sempre esteve comigo

 

Ontem te conheci aqui

Hoje já não mais existes

Só a lembrança persiste

 

Sentir tua existência

Esperar tua presença

Não me deixa triste

 

Salvador, 07 de maio de 2010


 

REFLEXÃO – CONSELHO

 

Um sonho

(Concurso Academia de Belo Jardim)

(Livro Delicatta)

(Varal do Brasil)

(Celeiro)

(Um poema em cada árvore)

 

Quando se sonha só

Nada acontece

A não ser sonhos

Como disse o poeta

 

Pra realizar um sonho

Várias mãos são necessárias

Força, vontade, movimento

Construção demanda tempo

 

Querer e caminhar

Pé firme na estrada

E aí a coisa anda

 

Firmeza, insistência

Boa dose de paciência

São as bases da existência.

 

 

De Val para Léo 

06.07.2010

Amarga e ensolarada manhã de julho

 

 

 

 


 

AMOR – TRISTEZA

 

Nego,

(Banco Capital)

 

Tenho saudade de tudo:

De ver você dormindo…

Te ver sentado comendo aipim e vendo os clips

Brincando na Fazenda Feliz

Falando dos trechos dos livros

Chegando do teatro, cansado…

 

Não sei se é paixão ou loucura, se estou certo ou errado… mas o que é a vida senão uma sucessão de dias sem sentido e outros com muitos significados?

Anteontem eu estava morto

Ontem eu nasci

Hoje estou num pesadelo

Amanhã vou renascer

E, assim, num universo diferente a cada dia, vamos aprendendo e desaprendendo a viver…

Planejando o futuro e todo dia fazendo um novo futuro…

É a vida, sempre fascinante.

Salvador, 05 de julho de 2010

De Val para Leo

 

 


 

AMOR – TRISTEZA

 

 

Devolve minha metade

 (Um poema em cada árvore)

 

Eu era só, inteiro

Você me despertou

Me fez me sentir metade

Me completou, preencheu

Me fez sentir felicidade

 

Pra você eu era único, eterno

Te alegrava, te fazia sorrir

Minha presença te fortalecia

Você, que era só, agora tinha eu

E, juntos, éramos dois em um

 

Daí você cresceu, ficou forte

Perdeu o medo da solidão

No meu lugar colocou muitos

Sair comigo virou tormento, aflição

E eu, que era inteiro, virei metade

 

Metade riso, metade lágrima

Busquei, em vão, tua presença

Pra você eu não era mais eterno

Pois outras novidades te faziam rir

E tuas asas fortes te levaram longe.

 

24 de julho de 2010, 06:30 hs

Quarto frio e solitário

 

 

 

 


 

AMOR – TRISTEZA

 

Transação ou Estou Morrendo

(Antologia Lusófona)

(Celeiro)

 

Ele sai, faz amor com outros

Troca meu amor eterno por uns momentos de tesão

Satisfaz um desejo carnal

E me esvazia

Me seca a fonte de fantasia.

 

Pago um preço alto

Por sentir amor verdadeiro

Sofro uma dor lancinante

Por querer ele por inteiro

 

Aos poucos perco tudo

Corpo, alma, coração

Viro um ser fantasmagórico

Oco, vazio, sem emoção

 

Tenho medo de virar inexistência

Perder minha alma, essência

E a capacidade de amar por inteiro.

 

Salvador, 01 de agosto de 2010


 

AMOR – TRISTEZA

 

Vai amanhecer

(Banco Capital)

 

E o sol vai trazer mudanças,

Energia e vida.

 

06 de agosto de 2010, 2hs

 

 

Não devo correr atrás de ninguém, nem me rebaixar.

Não devo pedir abraço, beijos, carinhos...

Tenho meus valores.

12 de julho de 2010, às 09:53hs

 


 

AMOR – TRISTEZA

 

Tenho repetido,

(Banco Capital)

 

Esqueço amigos, família,

A mim mesmo...

Invisto tempo,

Dinheiro, sentimentos

Nas pessoas.

Elas ficam boas e vão embora.

E eu fico sozinho...

18 de julho de 2010, 13:13hs

 

 

 

 


 

AMOR – TRISTEZA

 

Quem sou eu

 (Um poema em cada árvore)

 

Sou quase invisível...

Quase sem corpo...

Quase sem alma...

Não preciso conversar nem ouvir...

Não preciso ser tocado nem acariciado...

Não preciso de diversão nem de companhia...

Não preciso de sexo nem de amor...

Não preciso ser visto nem mostrado...

Afinal, não sou marido, amante, “ficante” ou namorado...

Eu sou “o cão” e “a desgraça”...

Sou o indesejado e o que incomoda...

Sou “o certinho” e o inconveniente...

Não sirvo pra companhia por ser careta e inoportuno...

Sou supérfluo e dispensável,

Perfeitamente descartável...

Não sirvo pra praia, bape-papo,

Academia ou mercado...

Sirvo pra ficar em casa, fazer mandado

Ou dar recado...

Enfim, sou inexistente...

 

Salvador, 11 de agosto de 2010, 23:24hs


 

REFLEXÃO

 

Para onde fugir?

(Concurso Academia de Belo Jardim)

(Celeiro)

(CAPPAZ)

 

Há quem minta, invente uma vida paralela…

Há quem viva uma vida paralela e invente que não vive…

Mas… paralela, real, imaginária…

A vida é mágica… e nada escapa a quem tudo vê…

 

Paralelamente a tudo

Deus está nos observando:

Drogado, viciado, mentiroso

Fingido, traidor, traído…

 

Tudo é observado…

Nada escapa…

E ninguém se livra…

 

Vida, morte, pós-morte…

Não existe sorte.

Destino é o que se faz…

 

Salvador, 08 de dezembro de 2010


 

HOMENAGEM

Escritor Valdeck Almeida

 

Vou lhe contar a história
De um homem lutador,
Essa eu posso confirmar
Pois é homem de muito valor,
Conheço sua história e tudo 
que ele passou.
Valdeck é um poeta espetacular,
Quem duvida tem que vê-lo 
Suas poesias declamar,
Ler suas Antologias 
Pelas letras viajar.
Leiam suas colunas em jornais, 
Revistas, em todo lugar
Delas aprenderá que todos podem
escrever e sonhar,
Valdeck abre portas no FALA ESCRITOR
Para você falar 
E junto com o seu fundador
Leandro de Assis oportunidade lhe dar.

Esse Projeto todo mundo expia,
Grande é sua euforia
Homem de fé, sonhador,
Por muito tempo seu sucesso sonhou
Por seus méritos Deus lhe abençoou,
Hoje ele é conhecido seja onde for,
Tudo isso ele conseguiu
Com honestidade profissionalismo e amor!
Amigo siga em frente,
Seja um historiador,
Não se deixe derrotar
Pois você é grande escritor.
Ninguém nesse mundo tem poder para mudar
As páginas escritas do seu livro
Que lá no Céu escrito está.
Sandra L. Stabile
26/11/2009


 

CRÔNICA

 

Fim de Ano

(Pragmatha)

 

É hora de a gente tentar ser "politicamente correto" e sair abraçando todo mundo, dando beijinhos e desejando Boas Festas!!! Sempre achei isso meio mecânico e ultrapassado, mas, devido à correria da vida dita "moderna", é quase impossível falar diretamente com cada amigo, cada pessoa em especial, de forma individual.

Por favor, não entendam esta mensagem como direcionada a vocês, individualmente. Eu a escrevi, apenas, como uma forma de desabafo, um quase-protesto...

O que eu gostaria, mesmo, era poder reunir todos os meus contatos (amigos, irmãos, colegas de trabalho, de faculdade, leitores, fãs) num grande salão, onde pudéssemos nos olhar, nos tocar, sentir a emoção das palavras, o clima do lugar... Como isso não dá para fazer, desejo a cada um, virtualmente, que 2011 seja um ano repleto de sucesso profissional, cheio de luz positiva e que Deus possa acompanhar os passos de cada um de vocês...

Beijos no coração!

 

Valdeck Almeida de Jesus

Jornalista, Escritor e Poeta

www.galinhapulando.com

 

 

 

 


 

CRÔNICA

 

Natal do Ataque de Nervos

(Antologia Bar do Escritor)

 

Meu dia estava indo tranquilo, até a hora que resolvi sair de carro, às 19 horas do dia 23.12.2010, para pegar uma pessoa. Foram duas terríveis horas num trânsito desgraçado, a porra do telefone saindo e entrando de área, como se todos os diabos estivessem soltos para infernizar a minha cabeça.

 

Rodei feito um louco, estacionei no shopping Iguatemi, para ficar em segurança, enquanto aguardava que a pessoa me ligasse de volta de um telefone público ou de um outro número qualquer. Esperei por mais de duas horas e nenhuma ligação veio… Eu estava com pouco crédito e, por isso, liguei para uma anta para que ela fizesse ligações de casa para a pessoa que eu estava procurando no meio do inferno que é esta cidade de Salvador em época de Natal.

 

A anta, ao invés de ligar pra mim do meu fixo, ficava dando “toque” de uma porra de um fone CLARO ou TIM. Como eu ia atender aquelas porras, sendo que a porra do meu fone é OI e eu tava com pouco crédito? Além do pouco crédito, a todo instante aparecia a mensagem no visor “somente chamada de emergência”. Era o reflexo do incêndio que consumiu o prédio-cérebro da OI em Salvador. Tive que gastar quase tudo para explicar para a anta me ligar do fixo.

 

Pra completar, as desgraças dos consumidores, frequentadores do shopping, ficavam falando alto, se tombando em mim, cheios de sacos e sacolas, parando em minha frente, olhando vitrines, como lobos famintos ao ver uma presa fácil. Ai que vontade de metralhar todas aquelas desgraças… Por isso que acontecem tantas mortes em locais públicos nos Estados Unidos e nunca se levanta a hipótese de o assassino-louco estar sob forte pressão decorrente da vida “moderna” imposta a todos.

 

Rodei Pituba, Orla, Stiep, Costa Azul, Iguatemi, tentando encontrar o local onde a pessoa disse que estava… Sem um ponto de referência, sem um nome de rua, sem uma ligação me dizendo onde estava, como eu ia encontrar??? E, depois que cheguei em casa, já exausto e estressado feito uma porra, a pessoa chegou e nem sequer me atende o chamado para conversar, para que eu explicasse os motivos de nossos desencontros…

 

Esta é a cidade da desgraça, do trânsito dos infernos, do povo grosso, que joga o carro em cima de quem está dirigindo devagar. Ninguém quer saber se a lentidão de alguns motoristas é por medo de dirigir rápido, por estar cansado ou por outro motivo qualquer. Terra de Felicidade da Desgraça! Aqui é o inferno!

 

Dezembro de 2010

 

 

 


 

REFLEXÃO

 

I came from nothing

And became everything

With you

Now I am nothing, again

And you want to gain from me

All I have done these days…

 

·         Where is love?

·         Where is humanity?

·         Where are the promises?

·         Is your heart cold?

·         Is your sol made of stone?

 

My badroom, 17.12.2010 20:30hs


 

CRÔNICA

 

Sobre a insensibilidade generalizada

(Banco Capital)

(Um poema em cada árvore)

 

Nesse corre-corre da vida, todo mundo vira estátua, mesmo. Não tem como ser diferente. Estamos, cada qual, numa ciranda em busca de dinheiro, fama, anonimato, individualidade, o que nos impede de compartilhar, dividir, solidarizar, abrir o coração.

Sentimento e afetividade estão fora de moda. A onda agora é pegar e largar, passar por cima e fingir que não viu.

Só os poetas ainda fingem estar na época em que todo mundo era humano...

 

Valdeck Almeida de Jesus

Poeta, Escritor e Jornalista

www.galinhapulando.com


 

CORDEL

 

Cordel do Picão Encantado

Autor: Valdeck Almeida de Jesus

 

 

Vou te contar a história

De um grande personagem

Que vive todo encolhido

Com medo de sua imagem

Ser espalhada nas ruas

Desta e de outras paragens.

 

Dizem que é grosso e grande

Mas eu mesmo nunca vi

Alguns dizem que é gostoso

Não provei nem vou sentir

Quem pegou se apaixonou

Por isso mesmo eu fugi.

 

Quem pegou se apaixonou

Não consegue mais parar

Vive num mundo encantado

A sorrir e gargalhar

Quem quiser ser mui feliz

Vai correndo procurar.

 

O homem vive pensando

A mulher vive também

Ele porque possui

Ela porque não tem

Os dois só pensam em pica

Máquina de fazer neném.

 

Muito mais do que criança

O picão dá é prazer

Muita gente experimentou

Não parou mais de fazer

Se agarrou com a manjuba

E trepou até morrer.

 

Mas tu acha que somente

Homem e Mulher pensa nela

É porque tu não conhece

O homem que é cravo e canela

Pois ele também gosta disso

Da grande, da feia e da bela.

 

O negócio é encantado

Faz todo mundo querer

Quem não tem a de verdade

Vai na loja pra escolher

Pois o que importa mesmo

É ter carne pra comer.

 

O macho pega lá nele

Com medo de escapulir

Confere o dia inteiro

Para o bicho não sumir

Pois vale mais que dinheiro

Mesmo se o pau não subir.

 

No meio das pernas a trouxa

Que parece volumosa

Deixa a galera encantada

Muita gente curiosa

Esperando uma noite longa

Com beijo, abraço e sem prosa.

 

O problema da aparência

Pode causar confusão

Quando parece que é grande

Mas na hora não é não

Era tudo saco e ovo

Causando uma grande ilusão.

 

E a noite tão esperada

Vira pura frustração

Quem queria levar rola

Fica mesmo é na mão

Olha pra pica pequena

E cai logo em depressão.

 

Tamanho não é documento

Diz aquele sabidão

O melhor é funcionar

Deixar quem gosta, doidão,

Pela frente ou pelas costas

Trabalhar feito um vulcão.

 

Aquele sonho encantado

De achar o teu picão

Pode acabar num segundo

E você ficar na mão

Então segure a rolinha

Até achar um rolão.

 

Se achar um bom roludo

Magro ou gordo na quebrança

Se amarre ao teu pintudo

Caia logo nessa dança

Trepe muito a noite toda

E não se importe com a pança.

 

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