sábado, 22 de agosto de 2020

Livro Todos os Poemas da página 208 até página 324

ECOLÓGICO -SOCIAL
Rio de Contas
(corrigido – concurso)
(Projeto Ewerton Matos)

És o Rei da região
Pois a ela inteira rasgas
Dando a todos pão e vida
Que a enchente carrega.

Das Contas, teu nome é rio
E também Rio da Sereia
Mas agora, sem beleza,
És somente o Rio da Areia.

Teus peixes aos poucos se vão
Tuas águas te abandonam
Só ficam da ponte os vãos.

E agora Rio das Contas?
O que haverás fazer
Com tuas piabas tontas?

(11 de junho de 1987).

REFLEXÃO
Angústia
(corrigido – concurso)

Noite de quarta-feira
Dezessete de junho
Belvedere Geminiano Saback
Praça Ruy Barbosa
21 horas e 50 minutos...
Eu sofro e sofro
Assolado por uma enorme nostalgia
Dos tempos já idos
Dos choros já chorados
Das tristezas que não se acabam
Uma impiedosa melancolia
Invade meu ser
A se debater
Como bicho morrendo...
Mas não morro
Continuo a viver e sofrer
Perdendo amor
Perdendo coragem
Perdendo o tesão de viver
Caio sobre meu esqueleto
E fico a repugnar o mau cheiro
O mau cheiro da amargura
O mau cheiro da tristeza
Da paixão recolhida
Da massa falida
Falida emoção
Falida razão
Razão de viver
E o mundo se acaba
Quando pressiono o botão
De uma Bomba Atômica
Que explode em meu peito
E me mata de amor...

(17 de junho de 1987).


                   
SOCIAL
Máscara
(corrigido – concurso)
(Livro cinco línguas)

Vejo as mulheres que passam por mim
Tantas pinturas, belezas artificiais
Azuis, vermelhos, pretos e carmins
A ferir-lhes a verdade dos traços faciais.

Cores sintéticas que deturpam o singelo
Que mascaram a pura beleza feminina
Profanam o amor, profanam o erotismo
Que tanto atrai a fauna masculina.

Enfeiam a pureza do universo
Apagam o brilho de mil estrelas
E eu fico apavorado, confesso.

Espantam o calor do amor a dois
Atiram o sublime a famintos leões
Adiando todo o desejo pra depois.

(17 de junho de 1987).



REFLEXÃO
Aparência
(corrigido – concurso)
(Livro cinco línguas)


Todos olham para o que é belo
Muito belo, belo e meio
Raro é parar pra olhar o feio
Muito feio, meio feio.

Prezam o embrulho externo
Mais que seu conteúdo
Encantam-se com o concreto
Mesmo que não seja tudo.

O abstrato não os agrada
Não valoram a consciência
Não valoram a paciência.

Agarram-se às vestes mais belas
Tão longe de darem por fé
Que todos terão sentinela.

(17 de junho de 1987).



AMOR
Que bom seria
(corrigida – concurso)(Para Maria Meire dos Santos)

Que bom seria se eu
Pudesse te apaixonar
Colocar-te na cabeça
Que vivesse pra me amar

Dar a ti muito desejo
E fazer-te adormecer
Sobre meu peito deitada
Alegrando o meu viver

Que bom seria se eu
Pudesse te apaixonar
E fazer-te feliz

Que bom seria se eu
Pudesse te abraçar
E não mais ser infeliz.

(03 de abril de 1987).











SOCIAL
Armadilha
(corrigida – concurso)
(Livro cinco línguas)

O homem simples chegou à cidade
E não suportou a vida agitada
Voltou então ao aconchego da roça
Onde a vida é menos malvada.

E de seu canto nunca mais saiu
Com medo dos "monstros" da cidade
Só não percebeu que o progresso
Expandia-se sem piedade.

E o progresso foi se chegando
Por perto, calado, foi se instalando
Motores, fumaças, pra limpar roçados

E o homem foi se acostumando
Na perversa armadilha caiu
E o progresso acabou lhe matando.

(08 de junho de 1987).

                   




SOCIAL
Sofrimento
(corrigida – concurso)
Eu vi uma mulher com um facão
Além dela havia outras mulheres
Todas elas também de facão
E trajadas com roupas velhas.

Rumavam juntas pro mato roçado
Com cordas nas mãos e água nos vasos
Pra cortar madeira que servia de lenha
E comer cozido em seus rudes vasos.

Lá estavam todas a ganhar a vida
A garantir o seu comer cozido
Com sangue, suor, mãos feridas.

Fiquei a criticar este mundo cruel
Que faz as belas e vermelhas rosas
Viver na terra a amargar-lhe o fel.

(08 de junho de 1987).


REFLEXÃO
Cristaleira
(corrigida – concurso)
Quieta em seu cômodo
Ela observa o que se passa
E, cômoda, não se incomoda
Com o que ao seu redor se faça.

Sem personalidade própria
Reflete tudo o que vê
Sabe o que é bom ou ruim
Mas não sabe quem é ela própria.

Vive de reluzir beleza
De refletir cor e brilho
Conhece a pompa e a realeza

Mas se dela tiramos os cristais
Que lhe dão toda a grandeza
Morre a cristaleira de tristeza.

(02 de maio de 1987).

                   
                   

REFLEXÃO
Correr
(corrigida – concurso)
Para que correr,
Se a morte te espera
Na primeira esquina?

Para que lutar
Se o teu produto
É carnificina?

Canse de correr
Canse de lutar
Você vai lucrar.

Ande pela vida
Viva pelos Andes
Não corra, ande.

(04 de maio de 1987).





AMOR
Amor
(corrigida – concurso)
Vago sentimento
Que me faz sofrer
Choro e lamento
Por não ter você.

Sei que não me quer
Mas amo você
E tudo daria
Para aqui te ter.

Sofro todo dia
Choro com a lua
As lágrimas frias.

Para te ver nua
Tudo eu daria
Para te ver nua.

(04 de maio de 1987).




AMOR
Solidão
(corrigida – concurso)(Para Maria Meire dos Santos)

Jogado como me encontro
E por todos relegado
Sinto-me tão imprestável
Um saco de lixo usado.

Por todos abandonado
Por todos sou rejeitado
Vejo em mim o Nada
Sou um nada desgraçado.

E maior fica a tua falta
Cada vez que penso em ti
Ah, saudade que me mata!

Sofrendo por tua causa
Morrendo por não te ter
Eu só queria poder te ver.

(05 de maio de 1987).

AMOR
Nostalgia
(corrigida – concurso)(Para Maria Meire dos Santos)

Ontem saí com outro alguém
Só pra tentar te esquecer
Bateu uma louca saudade
A me inundar de você.

Aproximei-me deste alguém
Com o pensamento em você
Senti nele os teus carinhos
E teu cheiro a recender.

Teu calor também senti
Teu sabor e tentação
Só consegui lembrar de ti.

Em toda aquela emoção
Que ontem com outra senti
Batia por ti o meu coração.

(18 de maio de 1987).





REFLEXÃO
Soneto da Morte
(corrigida – concurso)
(Livro cinco línguas)

Passam-se os dias
Passam-se as horas
E eu vejo o tempo
Partir sem demoras.

Meu relógio avança
Correm os segundos
Minhas vidas se vão
Viver noutros mundos.

Morro aos pedaços
E assim se desfazem
Meus pequenos laços.

Corda terminando
Tempo escapando
Morte me matando.

(27 de fevereiro de 1987).

ECOLÓGICO - SOCIAL
Pescadores
(corrigida – concurso)
(Livro cinco línguas)

Pacientes pescadores
Aguardam que a sorte
Fisgue seus anzóis
Com o seloda morte...

Pegam tilápias mortas
Piabas com tuberculose
Schystosoma mansoni
Áscaris lumbricóides.

Juntamente com os peixes
Que lhes garantem a lida
Chegam também as doenças
Para roubar-lhes a vida...

Os peixes não se multiplicam
O que de fato se multiplica
São apenas suas feridas.

(28 de maio de 1987).


 SOCIAL
Vida do povo
(corrigida – concurso)
Na ânsia pela sobrevivência
O homem luta constantemente
E o seu produto é carência
Que o empobrece lentamente.

Sua miséria tem origem
Na luta desigual pela vida
Morrer, dar seu sangue, é sina
Para ter um pouco de comida.

Crescimento não há de ter
Como a cultura alcançar
Se vive só para comer?

A instrução qualifica o ser
Ele a quer, a vida diz ‘não’.
Como estudar sem alimentação?

(24 de abril de 1987).

ERÓTICO
Desejo
Quando eu te vejo te desejo
Dá uma vontade de foder
Sinto um fogo me queimando
Fico arrepiado de prazer.

Fico arrepiado de tesão
Logo meu cacete fica duro
E desejo que aconteça logo
Nosso encontro em um quarto escuro.

Para eu penetrar eu tua gruta
Todo o meu ser bem quente e duro
Dar para você o que dou a puta.

Delirar em ti com emoção
Possuir teu corpo num segundo
E jorrar em ti meu espermão.
(08 de março de 1987).


REFLEXÃO
Tempo
(corrigida – Pragmatha)
O tempo tudo vence
O tempo tudo mata
O tempo tudo estraga
Sádico, tudo maltrata.

O tempo tudo cura
O tempo tudo sara
O tempo tudo esquece
Sábio, tudo repara.

O tempo é perverso
E também mal educado
Cruel, destrói meu verso.

O tempo limpa tudo
Mas tem seu outro lado
Infame, suja tudo.

(08 de maio de 1987).


ECOLÓGICO - SOCIAL
Terra, fonte da vida
(corrigida – concurso)
Da terra vem a vida
E vem também a morte
É filho dela o azar
E também a sorte.

Matéria dela vem
E dela não se vai
E quando chega a hora
É nela que tudo cai.

É dela que se vive
É dela que se vai
E dela se sobrevive.

A ela todos vamos
A ela você vai
É só passarem os anos.

(08 de maio de 1987).


ERÓTICO
Tesão

Quando vejo o teu corpo
Fico louco de paixão
Fico com calor no corpo
Fico doido de tesão.

O meu pau logo levanta
Dá vontade de fuder
Fico louco de desejo
Desejando ter você.

O meu sangue ferve todo
Minhas veias se alteram
Só sossego se te fodo.

Te agarro pelas pernas
E te como com loucura
Nestas fodas mais que eternas.
(08 de março de 1987).




HOMENAGEM
Leve impressão sobre Itabuna
(corrigida – concurso)
Gostei muito da cidade
Da cidade de Itabuna
Esta marca do cacau
A Cidade Grapiúna.

Parece até capital
De tão grande e formosa
Cidade, linda menina
Feita de amor, verso e prosa.

Vou contigo namorar
Pra te ter aqui no peito
E contigo fecundar.

Vai nascer outra cidade
Para ser meu belo leito
E a minha majestade.

(10 de março de 1987).


AMOR
Geane Souza Santos
(corrigida – concurso)
Tudo em ti me cativa
Desde o singelo olhar
A esse jeito faceiro
E o relampejo ao andar.

Quem me dera poder
Quem me dera ganhar
De teus lábios rosáceos
Teu calor no beijar...

Mas se meu desejo ardente
Atendido não pode ser
Sento e espero calmamente.

Quem sabe talvez o destino
Quando traçou nossas linhas
Deu um ponto e ligou nossas vidas?

(12 de maio de 1987).


HOMENAGEM
Bahia de Todos os Santos
Baía de Todos os Santos
(corrigida – concurso)
(Livro cinco línguas)

Bahia de Todos os Santos
Bahia de Tantos Encantos
Bahia das Religiões
Bahia das Mil Devoções.

Baía de Todos os Santos
Bahia de Tantos Encantos
Baía de Tantas Nações
Baía: Navios, Corações.

Bahia de Todos os Povos
Bahia de Brancos e Negros
Bahia de Velhos e Novos.

Baía de Verde Esmeralda
Baía de Portos Traiçoeiros
Baía de Água Azulada.

(01 de março de 1987).


AMOR
Vida
(corrigida – concurso)
A poesia começa
Quando o beijo estala
Quando o peito vibra
E se perde a fala.

E uma estranha energia
Vem unir dois em um
E transformar o que é dois
Em dois mais um.

A vida cresce
E tempos depois
Feliz aparece.

E uma nova vida vem
Chega a humana poesia
Ao mundo trazendo o bem.

(03 de agosto de 1987).

HOMENAGEM
Carnaval
(corrigida – concurso, pragmatha)
(Livro cinco línguas)

Festa de muita alegria
De grande repercussão
Variadas fantasias
De amores e paixões.

Berço pra todos os povos
Pátria pra vários artistas
Sambistas, puxadores
Batedores e passistas.

Sonho para os sonhadores
Suor para os foliões
Na festa de vivas cores.

De cintilantes alegorias
Muito amor e mil canções
De douradas "fantasias".

(01 de março de 1987).










AMOR
AmorI(corrigida – concurso)

Venha
Volte
Cá.

Fique
Ame
Morra
Game.

Goste
Ame
Game.

Fique
Morra
Em mim.

(01 de março de 1987).


AMOR
Amor II
(corrigida – concurso)
Amor é paz
Amor é luz
Amor é tudo
E é Jesus.

Amor/tristeza
Amor/traição
Amor/angústia
Amor/paixão.

Amor é ódio
É coração
E devoção.

É morte e vida
Loucu (RA) zão
Da emoção.

(01 de março de 1987).


                   















AMOR
Anderson dos Santos
(filho de Maria Meire dos Santos)
(corrigida – concurso)
Tua pureza de anjo me cativou
Teu semblante singelo me prendeu
E agora sinto tua falta aqui
Para amar-te como a um filho meu.

Por ti sinto imenso carinho
Carinho de pai para filho
Lembro-te pequeno, filhinho
Boca, riso, olho e brilho.

Os passos primeiros deste comigo
As vozes primeiras também ouvi eu
Depois me abandonaste. Que castigo!

Separaram-te de mim e eu sofri
Transformaram-me num grande ninguém
Esmagaram este amor e eu morri.

(01 de março de 1987).


SOCIAL - PROTESTO
Ilusão do Cruzado
(corrigida – concurso)
A vida continuava
Sempre a piorar
Os preços a subirem
O povo a clamar
Por uma pequena chance
De a vida melhorar.

Então veio o Cruzado
Com força e valentia
A tudo congelando
Pra ter mercadoria
A preços populares
Nas cestas das Marias.

Foi gente com tabela
Foi gente com endereço
Fazendo um alvoroço
Fiscalizando os preços
De todos os produtos
De trechos e apetrechos.

Fiscal do Presidente
Fiscal do seu Sarney
Tentando a todo custo
Impor respeito à Lei
Lei do Congelamento
Decreto oitenta e três.

Mas o dia amanheceu
E o povo despertou
Muito decepcionado
Com o sonho que sonhou
Sonhou tabelamento
Mas tudo se acabou.

Os preços dispararam
Subiram sem parar
E continuam a subir
Tentando estilhaçar
O sonho mal sonhado
Que o povo quis sonhar...

(08 de maio de 1987).

SOCIAL - PROTESTO
Dívida Externa
(corrigida – concurso)
A Dívida Externa Brasileira
Tem causado confusão
Preços sobem enlouquecidos
Mas salários não sobem não.

Muitos grãos de soja, trigo
Milho, arroz e até feijão
São colhidos anualmente
Mas é pra exportação.

Enquanto o país padece
Recursos são enviados
A partir dos nossos bolsos
A sustentar desocupados.

Todo dia vai dinheiro
Enriquecer bancos credores
Enquanto o país se contorce
De angústia e muitas dores.

E mesmo pagando tanto
A dívida cresce e cresce
Oprime povo brasileiro
Que tal dita não merece.

Será que devemos tanto,
Tanto quanto o que eles falam?
Ou será que já não pagamos
E todos eles se calam?

O Brasil pagou demais
E ainda paga a este mundo
O preço de um povo sofrido
A sustentar vagabundo.

(14 de maio de 1987).







SOCIAL - SAÚDE
AIDS
(corrigida – concurso)
Doença malfadada
Revoltante ela é
Devora as suas vítimas
Seja homem ou mulher

É moléstia perigosa
Dá até em criancinhas
Transmitida pelo esperma
Ao óvulo, coitadinhas.

Não se pode mais fazer
Sexo como antigamente
Pois o risco da tal Aids
É pra todo tipo de gente.

Perigo que ronda a todos
Venham de onde vier
Não escolhe cara ou cor
Ameaça quem sexo fizer.

É mal mui perigoso
Perigo mais que cruel
Mata sem piedade
Faz do sexo doce fel.

Pobres doentes aidéticos
Que têm de viver com ela
Com este vírus perigoso
Que faz deles sentinelas.

Mata aos poucos, sem piedade
Leva a vítima à loucura
E a maldita até agora
Continua sem sua cura.

Deixo aqui o meu conselho
Cuidado com seu parceiro
Não deixe que façam você
Sumir nas mãos de um coveiro.

Não pratique o bom da vida
Com qualquer pessoa não
O perigo é muito grande
E é pouca a solução.

Use sempre camisinha
Quando for fazer amor
Ver cara sem ver coração
É caminhar para o horror.

(10 de março de 1987).



SOCIAL - EDUCAÇÃO
Diploma
(corrigida – concurso)
Quando criança esperamos
Que chegue o tempo do estudo
Esta coisa que será
Em nossa vida tudo.

Na idade certa vamos
De caderno e ABC
Lápis, borracha, merendeira
Pra escola aprender a ler.

Estudamos o dia inteiro
Mas nos intervalos paramos
Vamos para casa almoçar
E logo em seguida voltamos.

À noite podemos dormir
Após terminar os deveres
Para outra vez levantarmos
E voltarmos aos afazeres.

E assim se passam os anos
E finda o Ensino Básico
Depois de anos de estudo
E de exercícios práticos.

Nesta caminhada toda
De estudo e prejuízo
Não ganhamos muita coisa
E quase perdemos o juízo.

Gozamos os dias de férias
Estudamos o ano inteiro
Fazemos tudo pra passar
Pra não perder o dinheiro.

Ao passar vamos direto
Do Básico para o Médio
Mais uma vez estudar
Agora no Curso Médio.

Quatro anos de penar
De fome e perda de sono
Cansado de trabalhar
E estudar morto de sono.

Se não perdermos um ano
Em pouco tempo se finda
Mas ainda temos tempo
E temos que estudar ainda.

Durante o Ensino Médio
Mais uma etapa a trilhar
São três longos anos longos
Para acabar de estudar.

Aí então finda-se um ciclo
E um Diploma recebemos
Papel que não nos serve
Se "pistolão" não temos.

De nada serviram onze anos
De estudo e sacrifício
Porque quase nunca podemos
Desempenhar nosso ofício.

Se não tivermos revólver
Ou mesmo um grande bombão
Pra conseguir um trabalho
Ficamos todos "na mão".

Para termos colocação
Diploma não vale não
Só teremos se pudermos
Dispor do tal "pistolão".

São longos anos sofridos
Que de nada valem não
A menos que tenhamos certo
E perto um bom "pistolão".

O que temos na cabeça
Pra viver não tem valor
Só vale com pistolão
Com palavra de Doutor.

Ninguém mede o teu QI
Para te dar algum valor
Você vale o que disser
O pistolão, que é doutor.

Hoje em dia é besteira
Um indivíduo estudar
Porque estudo não serve
Nem pra se trabalhar.

Não se preza a cultura
Não se preza o saber
Só se preza os conchavos
E as chaves do poder.

O estudo anda esquecido
E por todos relegado
Hoje em dia é só "pistola"
Pra se tornar empregado.

Por isto temos os burros
Que chamamos ‘pistolão’
E mais tantos outros burros
Que comandam a nação.

(16 de junho de 1987).


                                                                                                           

SOCIAL
PROJETO 30 ANOS DE POESIA
Mulher da vida (corrigida – concurso) (Publicada no livro “Amor, Sublime Amor”)

Foste tu que me ensinaste a viver
Levaste-me a conhecer o mundo
Deste amor de aprender, de prender
Louco deixaste-me no caos profundo.

Esta vida não é nada, nada boa
Mas transforma cada pedacinho
Mostra ao homem a beleza toda
De viver como um passarinho.

Vive a vida bela – tua vida
Vive a vida feia – minha vida
Transforma meu sofrer em tua ferida.

Perfuma-me, enfeita-me para o mundo
Deixar-te-ei só, partirei pra viver
Devo-te tudo, e vou me esquecer.

(25 de agosto de 1989).


SOCIAL - IRÔNICA
Amor Incondicional (corrigido – concurso)
A esta mulher que gosto
Dou o beijo único que beijei
O beijo que beijei milhares
O amor que para outras dei.

Dou o calor que é único
Único no abraço a inúmeras
O amor já amado e gasto
Que revive novamente casto.

Repetição de atos passados
De vidas tantas vezes vividas
Engano que engana feridas.

Iludo-me na origem e confundo
Esse amor que penso ser único
Que amou e amará o mundo.

(25 de agosto de 1989).











SOCIAL
A você, sociedade capitalista
Que só preza o dinheiro, que almeja cifra, que dá glórias ao Poder Econômico, que repudia ao Ser Humano como gente, que é e que dá aplausos, beijos, abraços (mesmo fingidos) àqueles que possuem bens materiais, deixo aqui, não o meu grito, pois você não é digna dele, mas o meu gemido de desprezo, meu olhar de escárnio, meu gesto de repúdio, meu desprezo total.
Fique com teus bens materiais e com teus bens "duráveis" que só são permanentes na tua ganância de ajuntar mais e mais; fique com o teu aroma que só não fede enquanto houver dinheiro por perto; fique com tua beleza e singeleza que só existem aparentemente, com tuas cifras; fique, mas não conte comigo para o aplauso nem para reforçar teu poder.
Se me quiser, valorize mais o ser humano, o sentimento, o bem precioso que é a amizade.
(09 de outubro de 1986).




AMOR
Amor
É um sentimento que nos deixa louco ante às várias facetas que apresenta. Ora é bom, ora legal, ora ruim, ora antipática.
Muitas vezes vemos as duas faces do amor, ao mesmo tempo e amamos e odiamos a pessoa sem entender a dualidade e o contraste existente entre dois sentimentos tão distintos.
(07 de setembro de 1986).




Tudo o que é feito no Brasil para minorar os problemas que asfixiam aos humildes, é feito de forma paliativa, e não de forma contundente. Não querem melhorar as condições de vida da população, apenas anestesiar ao sofrimento e abafar as reclamações.
Aos fortes, doçura;
Aos fracos, loucura.
(22 de fevereiro de 1987).



SOCIAL
PROJETO 30 ANOS DE POESIA
Ando alguns metros e vejo o brasil:

De cadeira-de-rodas, surdo, mudo, cego, raquítico, aleijado, faminto, frágil, subnutrido, sem esperanças, abandonado, marginalizado, despido, rejeitado, cansado, suado, preocupado, mal informado, sem cultura, sem educação, sem instrução, de pernas tortas, atropelado, sofredor, fustigado, devedor, desvalorizado, desajeitado, destituído de direitos, sobrecarregado de deveres, quase morto...


Ando mais alguns metros e vejo outro BRASIL?

Com as pernas fortes, boa audição, falante, olhos bons, gordo, atlético, farto de comida, forte, bem alimentado, esperançoso, bem guardado, no centro das atenções, bem vestido, procurado, perfumado, descansado, despreocupado, bem informado, aculturado, bem educado, com pernas bem feitas, atropelando, feliz, fustigando, credor, valorizado, ajeitado, destituído de deveres, com mais direitos que os demais, muito vivo e radiante de saúde.
brasil: eu, tu, nós
BRASIL: os todo poderosos, políticos, elite.
(25 de outubro de 1986).


SOCIAL
Movimento matinal
Praça Rui Barbosa, Jequié/Ba, 07:50 hs

Pessoas apressadas
Correm para a lida
Será que isto transformará
A morte deste mundo em vida?

Ônibus lotados
Policiais fardados
Estudantes rumo às escolas
Pedintes a implorar esmolas...

Tudo se movimenta:
Lojas são abertas aos poucos
Como se não quisessem
Atrair fregueses.

As farmácias vão se abrindo
Consultórios médicos também
Hospitais, clínicas
Motoristas de ambulâncias, todos
Fingindo procurar a saúde para o povo.

Apenas as formigas fazem a vida
Sem plantar, nem correr
Apenas colhem gramas dos jardins
E a reproduzir o mesmo ritual
Anos e anos a fio.

Taxistas em seus pontos
Vendedores espertalhões
Vitrines bem arrumadas
Para atrair atenções.

Tudo corre, como louco
Mas para onde irão?
Que futuro nos espera,
Para que tanta ilusão?

O povo se ilude
E sabe que é iludido
Mas fingem não saber
E ficam quietos
A sofrer no mundo cão
Esperando o amor e a paz
Que jamais chegarão.

Anseiam boas melhoras
Pedem a todos que não chorem
Alegram-se com as vitórias
Mas não têm a moratória
Da peste que causa dor.
(24 de novembro de 1986).



AMOR
Maria Meire dos Santos

Vou contar para você
O que quero agora e já
Quero pegar uma doença
Para nunca mais curar.

Quero uma tuberculose
Para nunca mais curar
E também um grande câncer
Para logo me matar.

Quero uma pedra no rim
Mas uma pedra bem grande
Uma que tenha dois quilos
Quero que você me mande.

Quero uma catarata
Com um metro de grossura
Pra ficar cego pra sempre
Sem ver mais a formosura.

Quero uma perna aleijada
Para andar de muleta
E de cadeira-de-rodas
E andar como perneta.
Só não quero é ficar
Longe de ti, meu amor.
(23 de novembro de 1986).


IRÔNICA
Dona Marcelina Basila Cruz

Dona Marcela Galega
Cuidado com a tua vida
Porque senão dona Marcela
Vou quebrar tua cancela.

Vou quebrar tua canela
Vou te dar um bofetão
Vou te dar uma paulada
Vou quebrar teu narigão.

Se tu não quiser correr
Vou te dar um pontapé
Vou quebrar tua cabeça
E vou partir o teu pé.

Te darei uma paulada
Bem em cima da cabeça
Vou quebrar o teu nariz
Mesmo que tu não mereça.
(23 de novembro de 1986).


SOCIAL
PROJETO 30 ANOS DE POESIA
1986 - Ano Internacional da Paz

Paz Mundial
(Pragmatha)

Abalou-se toda a terra
Muitos temem nova guerra
Muitos fogem para serras
Procurando a paz mundial.

Muitos gritam de alegria
Para esconder tristezas
Outros lutam pela vida
Para esconder suas fraquezas.

Todos temem os abalos
Que por certo aqui virão
E procuram melhorar
A nossa imensa ilusão.

Todos anseiam a paz
Uma paz pra toda gente
Alguns choram pela mesma
Outros ficam até contentes.

Esperando a sua chegada
Todos ficam a brigar
Para conseguir um pedaço
Desta paz que não virá.
(24 de novembro de 1986).


REFLEXÃO
Vida
Me fascina
Me alucina
Me ensina que a experiência
Não torna uma pessoa mais vivida
Nunca a primeira experiência é a única
Ou a última
Nunca se chega ao fim deste processo
Evolução, mutação, transformação
Nunca um fim estático?
Nunca um ponto final?
Não, nunca. E por isto a vida é linda
Fascinante, maravilhosa, vida.
(30 de novembro de 1986).



Crianças
Alegres, sorridentes, falantes, descontraídas, ariscas,sapecas, olhares brilhantes, gestos de paz, sinceras palavras, corridas de amor, rostos felizes...
(23 de novembro de 1986).



AMOR
Minha doce perdição
(Maria Meire dos Santos)

Por ti sofro males incuráveis
Passo por momentos impensáveis
Tenho minha vida encurtada
Pra te dar um pouco do meu ser.

Jogo fora tudo o que possuo
Pra ficar somente com o que presta
Para te agradar com o meu nada
E te conquistar minha grande destra.

Musa inspiradora da verdade
Da verdade que por ti eu sinto
Da verdade que pra ti não minto.

Sentimento este que atormenta
Que me rasga e me mata de paixão
Dando me loucura e razão.
(16 de fevereiro de 1987).


AMOR
Meu amor Maria

Na fraqueza do meu ser
Procuro me confortar
Procuro não perceber
Que vivo só pra te amar.

Sinto o peito apertando
Sinto lágrimas nos olhos
Mas me seguro com força
Não deixo molhar meus olhos.

Com a minha poesia
Procuro me aconchegar
Para que o sofrimento
Não venha me machucar.

Mas nem palavras me ajudam
Nem a poesia me conforta
Não me calo neste mundo
Mesmo que te veja morta.

Te espero eternamente
Quero muito te amar
Não te deixarei em paz
Nem se você me matar.

Tenho o peito amordaçado
Tenho a boca amarrada
Mas não calo neste mundo
Vivo pra você, amada.

Tenho você no pensamento
Tenho você na ilusão
Tenho você no firmamento
E também no coração.

Meu amor por ti não acaba
Meu ardor por ti não apaga
Meu calor por ti me afaga
Meu desejo não me larga.
(21 de fevereiro de 1987).

HOMENAGEM
Senhor Josué e Família

Cheguei apreensivo
Por causa da surpresa
Mas logo me acalmei
Por causa da fineza
Com a qual fui tratado
Como uma realeza.

Senti-me à vontade
Na casa de vocês
Todos são legais
E cada um é cortês.

Muito grato fico
Porém preocupado
Porque pagar não posso
Ao trato dispensado.
(18 de fevereiro de 1987).


HOMENAGEM
Camacã/BA


És simples e grandiosa
Tens flores e espinhos
Igual às belas rosas.

Curvas sinuosas
Lombadas quase íngremes
Meninas cheirosas.

Singular no tamanho
Imensa no valor
Terra de bons brasileiros
Berço de paz e amor.

Gente simples e acolhedora
Pessoas de estima enorme
Recebam meu afeto fraterno
Para quem vive e para quem dorme...
(18 de fevereiro de 1987).

REFLEXÃO - RELIGIOSA
Onde Deus está?

Há quem diga que meu Deus
Está lá no céu sentado
Mas eu digo pra você
Que ele está em todo lado.

Há quem diga que meu Deus
Está na mão de Seu Pai
Mas eu digo que meu Deus
Está onde você vai.

Há quem diga que meu Deus
Está longe deste mundo
Por considerá-lo porco
E até certo ponto imundo.

Há quem diga que meu Deus
Longe do nosso mundo está
Mas eu digo que meu Deus
Está aqui e em todo lugar.

Há quem diga que meu Deus
Não tem vida e já morreu
Mas eu digo que meu Deus
Já levantou-se e viveu.

Há quem pense que meu Deus
Só existe nos altares
Mas eu digo que meu Deus
Está em todos os lugares.

Muita gente pensa que
Meu Deus não está vivo
Mas eu digo que meu Deus
Vive como eu estou vivo.

Todos os que pensam errado
Vivem sem acreditar
Que Deus vive aqui
E também em acolá.

Eu sei que o meu Deus
Existiu e sempre existe
Sei também que o meu Deus
Nunca me deixará triste.

O meu Deus está aqui
E está em todo lugar
Aonde quer que eu esteja
O meu Deus sempre estará.

Sei que Deus não deixa nada
E ninguém sem proteção
Sei também que Deus nos dá
Sempre e sempre a sua mão.

O meu Deus está aqui
Pois eu sinto a Sua presença
Sinto algo a tocar-me
Sinto em mim Sua presença.

Quando ando tenho Ele
E também quando respiro
Tenho Ele quando durmo
Tenho Ele quando suspiro.

Ao deitar Ele está comigo
E ao levantar também
Tenho Ele ao meu lado
No xingar e no amém.

Tenho Deus em toda parte
Tenho Deus na minha mão
Tenho Deus aqui ao lado
Tenho Deus no coração.

O meu Deus é o meu ar
O meu Deus é minha mão
É a vida que eu vivo
Ele é meu coração.
(16 de setembro de 1985).

SOCIAL
Produção

Ao meu lado, passa correndo, o mundo
E eu aqui, imóvel, semi-parado
Produzindo? Sim, produzindo
Porém, regado a salário mínimo, mirrados frutos.

Mirrados frutos é o produto
Trabalho árduo para progredir
Para dar vida ao meu belo país
E eu ficando aqui, a regredir.

Jamais pensei um dia ser assim
Eu, humildemente trabalhando
Comendo pouco e pouco bebendo
Para dar vida a quem está me matando.

Errado eu sei que isto tudo está
Mas nada posso diante dos mandantes
Se protestar, fico sem minha ração
Não posso ficar sem produzir nem por um instante.

Perco minha saúde em nome de um progresso
Passo necessidade em nome de uma ordem
Porém, com os frutos do meu trabalho
Só vejo eles produzirem desordem.

Se eu morrer a poucos interessa
Porque pra mim, terá substituto
Mão-de-obra farta e barata
Não merece nem um segundo de luto.

Talvez me digam "deixe de revolta"
Mas sei bem o motivo do conselho
Se não produzo e induzo alguém a isto
Prejuízo eu imponho a algum fedelho.

Então eu fico sem saída pra escapar
Se correr morro sem ao menos ter vivido
Se viver, morro, ainda que vivendo
Então eu fico imóvel neste mundo sofrido.
(21 de fevereiro de 1987).

AMOR
Maria Meire dos Santos
(encontro de 19.09.1986)

Teus beijos foram como mel
A minha boca foi adocicada
Quando você, como eu queria,
Beijou-me com tamanha vontade.

Senti teu calor em meu corpo
Invadindo e me eletrizando todo
Senti teu perfume, teu cheiro
Teu gosto, teu amor...

Fiquei ainda mais louco
Quando pude te abraçar
Encher você de beijos
Afagos, carinhos, carícias, delícias...

Não me contive e você também não
O que nos deixou felizes, loucos um pelo outro
Ansiosos por possuírem-se mutuamente
Loucamente, eternamente, sem barreiras...

Te amei e você me amou grandemente
Fui além do que imaginei realizar-se
Possuí você por poucos minutos
Que ficaram cravados na água e no fogo.

Esquentei-me além do limite do frio
Esfriei-me, depois, como o fogo eterno
Fui ao céu e fui ao inferno
Amando você e te odiando ao mesmo tempo.
(23 de setembro de 1986).


AMOR
Maria Meire dos Santos

Procuro em mim defeitos
Procuro em mim detalhes
Procuro em mim trejeitos
Que me dêem explicação
Para o teu direito
De me rejeitares...

Não encontro nada
Nada significativo
Fico perturbado
Afinal, eu não estou vivo?
Então, por que me rejeitas
Não passo no teu crivo?


Não me respondes bem
Nem me dás explicação
Para a rejeição
Esta coisa ruim
Que tanto mal me faz
Que corta meu coração.

Desejo você demais
Nas noites e nos dias
Só penso em você
Sou o teu vigia
Sei o que tu fazes
Não sei tuas fantasias.

Teu sonho quero ser
Ou mesmo o pesadelo
Ao menos eu teria
Você o tempo inteiro
Chorando ou sorrindo
Conforme o meu zelo.

Animo-me em poesias
Transformo-me em sonhos
Carrego fantasias
Vivo só risonho
Pensando em ter um dia
Teu amor medonho.

Triste estou agora
Alegre estou também
Só quero te agradar
Só quero o teu bem
E mesmo que eu morra
Digo a Deus "amém".

Te quero eternamente
Te amo com doçura
Te tenho todo o tempo
Minha doce loucura
E mesmo o teu desprezo
Para mim não é coisa dura.

Te amo ardentemente
Te quero com ardor
Desejo te dar tudo
Te dar o meu amor
Sofrer teu sofrimento
Clamar o teu clamor.
(16 de fevereiro de 1987).


AMOR
Maria Meire dos Santos

Cada hora que passa sinto que morro um pedaço
Cada minuto transcorrido é para mim um infinito
Cada segundo não tem medida nem tamanho para comparação.

Tento deixar que o vento leve meu sentimento
Tento jogar ao léu tudo o que se passa comigo
Mas, como castigo, cruel, me sinto impotente para aceitar
Sinto-me impotente para aceitar viver sem ter você comigo.

Afasto-me da realidade e mergulho de cabeça em sonhos e fantasias
Penetro cada vez mais num mundo que não conheço
Fico pairando no ar da indecisão de te esquecer
Indeciso se devo ou não continuar insistindo em te querer.

Desejo cada vez mais tua presença e teu coração junto ao meu
Desfiguro-me em lágrimas, ao perceber que teu amor por mim morreu
Não tenho foças para enfrentar nem meu próprio olhar no espelho
Então fico a bailar numa nuvem de dúvidas e incertezas que me deixam louco.

Desdobro-me em vários seres para atrair tua atenção
Viro-me ao avesso para te agradar
Faço o que não gosto para te conquistar
E não recebo nada além de ingratidão.

És ingrata comigo por não me amares
És ingrata contigo por não permitires que me ame
Pagarás pelas dores que por tu eu sinto
Mas pagarei as dores por ti para te livrar do sofrimento.

Por favor, minha amada, não me ames
O amor nos faz perder a razão e a ética
Não, jamais tente me amar nem a ninguém mais
Pois o amor não é fruto do mal nem do bem.

Jamais ame uma pessoa que não goste do você, como eu fiz
Nunca pense em se amarrar em alguém, jamais
Fique solitária para sofrer por não ter um amor
Pois somente assim sofrerás com menos intensidade, a dor.

Ame a si mesma e não deixe o sentimento te dominar
Finja que não gosta de pessoa alguma
Pois só assim terás felicidade e paz na vida
Somente agindo assim, terás a verdadeira paz terrena.
(21 de fevereiro de 1987).









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