sábado, 22 de agosto de 2020

Livro Todos os Poemas da página 796 até página 934

 

LOUCA

ORAÇÃO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO

(PUBLICADO NO BLOG SUEDDEUS)

 

 

 

Copie em três vias e distribua para três cristãos. Faça três pedidos e você receberá TODAS. Confie em Deus

 

 

 

 

 

 

 

 


 

ERÓTICA

Pequeno Pensamento Sacro Jequié, 28 de janeiro de 1991, 22:04 horas

(PUBLICADO NO BLOG SUEDDEUS)

 

Pensando no furor de tua boca, me excito

Suspiro fundo, meu pau levanta.

Imagino eu penetrando tuas ancas

Te segurando pra te dar meu nervo duro.

 

Percebo que quero teu bumbum

Quero me sentir todo em teu traseiro

Te enlouquecendo com meu talo duro

Enchendo teu íntimo com meu líquido quente.

 

Fantasio você gemendo em meu colo

Engolindo-me inteiro e pedindo mais

E eu louco pra jorrar em tua boca

Te dar meu mel, meu ser, meu sêmen.

 

Esfrego meu cacete duro em tuas costas

Pincelo o teu ânus com meu pau

Te fazendo delirar e pedir mais

Então eu te penetro com tesão.

 

Te sinto: teu bumbum engolindo meu cacete

Apertando meu caralho dentro de ti

Me deixando louco e delirante

Pronto pra explodir no teu vulcão.

 

Já exausto e sem força pra resistir

Deixo-me levar pela loucura

Explodindo com meu fogo no teu rabo

Enchendo teu bumbum com meu prazer.

 

 

 

 

 

 

 

 


 

LOUCA

sem data 1994

 

 

Marreta ooo

(PUBLICADO NO BLOG SUEDDEUS)

 

 

 

 

 


 

AMOR JEAN CARLOS

Para Jean

 

 

 

Salvador, 19 de fevereiro de 1996

 

Meus Bons Espíritos, Meu Deus, Meu Anjo Guardião, Meu Jesus, André Luiz, Bezerra de Menezes, Petitinga, Todos os Espíritos Evoluídos e todos aqueles Espíritos que monitoram o planeta Terra, o Brasil, A Bahia, Salvador, Ilhéus.

 

Ajudem-me, neste momento de dor, a encontrar a chave para esta minha vida. Clareai-me o espírito e a razão, para que eu possa ser guiado ao caminho mais acertado. Intercedeis sobre nossa vida e sobre nossa relação para que possamos ver e corrigir eventuais erros de percurso. Coloqueis na boca de todos nós os verbos, os pronomes, os substantivos, os adjetivos, os artigos, etc, a fim de que não cheguemos a ferir ao ser carne/espírito que cada um de nós somos. Guiem-me nesta viagem para que eu perceba todas as vantagens e desvantagens que possam ocorrer conosco (eu, família, etc) nesta mudança. Acalmem, anestesiem, etc os nossos corações, para não ferirmos a nós e aos outros, antes que alguma decisão não esteja tomada e acabada. Orientem nossos Espíritos para que enxerguemos, façamos, ajamos, vivamos, felizes ou não, rumo ao crescimento espiritual.

Se a solução for ficarmos juntos, que tenhamos mais tolerância, amor, carinho, compreensão, paciência, paz, felicidade, que ele deixe as drogas, os amigos de espírito pequeno e menos evoluído, que deixe esses ladrões e traficantes. Se ele tiver que ir embora, que seja muito feliz, que deixe a vida de crimes e mentiras, que encontre o caminho da paz, que sinta felicidade em ser um homem normal, careta... que encontre Deus em sua vida, que deixe Deus penetrar em sua alma e deixá-lo feliz...

 

Queridos Espíritos, peço-lhes resposta imediata!

 

Peço-lhes, por favor, que, se vocês quiserem, interfiram em nossa vida para consertar o que estiver errado ou caminhando para o erro.

 

Valdeck Almeida de Jesus,

19 de fevereiro de 1996, às 18:51 horas

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

(for JCSS)

 

Meu coração

ainda bate por você.

Ainda fico nervoso

quando te vejo.

Ainda choro

quando recordo de ti.

 

Camafeu, cadê Jean.

Foi pro mar.

Dorme aqui, dorme acolá...

Ama a todos e não ama a ninguém.

Ficará só, ou com todos?

 

HOT BEER? NO.

Ano de 1994/95

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

ANJO NEGRO

 

(Projeto Madio Editora)

 

 

dos olhos da cor de mel

não sei a quem pertence teu coração

mas tenho teu corpo por inteiro

 

anjo negro

de poucas palavras que dizem tudo

de carinhos e afagos que me enlouquecem

de boca ardente que me leva às nuvens

 

anjo negro

que me leva às nuvens

único dos únicos que me faz voar

anjo negro que me faz sonhar.

 

 

Salvador, 22 de maio DE 1995, 23:28 horas

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Bar do Reggae

Cravinho

Bob Marley

Morfina

Feira do Pau

Walk man (um para mim e outro para você).

You are the light of my life.

- Do want to be?

- Yes.

Escudo

Armadura

Capa

Um erro não justifica o outro

Erro/engano

Dinheiro

5.000.000.000 de habitantes no Living Planet

Jamaica

Guetos podres da Jamaica

Eu e Fonsico, quando bebemos, choramos...

“O negro seguro a cabeça com mão e chora, e chora, sentindo a falta do rei...”

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

BRILHO  (Publicada no livro “Transcendental”)

(Projeto Madio Editora)

 

Não sei que brilho é este

que ofusca minha alma

só sei que quero estar

sempre ao lado de ti

Não sei que brilho é este

que me embala e me acalenta

só sei que não posso perder-te

Não sei que brilho é este

que me consola e me anima

só sei que não vivo mais sem você

 

Ao primeiro e único.

Ao passado, presente e futuro amor

 

Salvador, 03 de novembro de 1993 (dia que te vi)

e 15 de novembro de 1993 (hoje).

 

 

 

 

 

AMOR JEAN 

 

CIRCUNSTÂNCIAS ADVERSAS

OCASIONAM RUPTURA

COLOCA  EM CAMPOS OPOSTOS

FORÇAS QUE ANDAVAM JUNTAS.

E O QUE POSSO FAZER

PARA MUDAR O RUMO DISTO ?

 

SALVADOR, 09 DE SETEMBRO DE 1994.

 

 

 

 

 

AMOR JEAN 

 

DEPRESSÃO PROFUNDA

 

BLUE LIFE ??

 

Eu ando sozinho, ando e paro.

Vejo o povo andar e parar.

Você está aqui comigo, mas eu continuo sozinho.

 

Que pena que você queira que seja assim.

 

LIPÍDIOS + LIPÍDIOS: NÃO AGUENTO MAIS!

Tenho um corpo de bailarino espanhol. Sou forte, mas não sou idiota. Morra!

Não quero lutar para que você deixe as drogas. Não quero morrer para você viver.

Estou cheio de ti.

 

Jequié, 28 de dezembro de 1994.

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Despertar

(Projeto Madio Editora)

 

Levantar-se, de cara suja

Lavar a cara, olhar-se no espelho

Abrir a janela, ver o mundo

Sem medo, sem mágoa, sem magoar.

 

Olhar de frente, do alto, para o alto

Sem máscara, sem medo, sem ódio

Subir, descer, aprender, subir de novo.

 

Olhar de frente, como gente, que és

Encarar, cara a cara, sem pestanejar

Sem esconder o olhar, sem se abaixar

Sem máscara, sem capuz, com coragem.

 

Olhar, de frente, de cima, de cara

Sem medo, sem ódio, sem mágoa

Sem pestanejar, sem fraquejar

Sendo você mesmo, de cara, com coragem.

 

Salvador, 04 de janeiro de 1996, às 22:30 horas

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Fui um grande idiota

Enquanto abria meu coração para você, outra pessoa estava em teus sentimentos. Abandonei quem estava comigo há mais de dois anos, para apostar tudo em você. E o que recebi em troca: indiferença e apatia.

Procurei me acostumar contigo, tentei te agradar. E o que ganhei em troca? Nada! Confiei em você. Acreditei que tinha encontrado a pessoa certa. Foram tantos abraços. Foram tantos beijos... Pensei mesmo que fosse um caso de história infantil com princesa/príncipe encantado. Mas você me trocou por outra pessoa. Enquanto eu ficava triste, em casa a te esperar, você se apaixonava por outra pessoa; enquanto eu sofria a tua falta, alguém tinha teu corpo por inteiro; enquanto que para mim você dizia que nunca se entregava a ninguém, seu outro amor te recebeu de corpo e de alma, presente teu.

Salvador, 07 de março de 1994.

 

 

 

 

Hoje nasceu um homem em Jequié.

O homem mais importante do planeta.

This man are JCSS

21.12.95, Jequié, Belvedere.

 

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

 

HOMEM + MULHER = SE COMPLETAM

HOMEM + HOMEM  =  SE COMPLETAM

EU + ELE + ELA

         ELE + ELA

EU +

         ELA + ELE

 

EU - O AMOR NÃO É MAIS O MESMO

ELE/ELA - O CARINHO É CADA VEZ MAIOR

JOVENS/LOUCOS/IRRESPONSÁVEIS

SE QUEREM/ SE AMAM/ SE GOSTAM

ME REPELEM// ME REFUTAM

ME CONTESTAM// ME AFASTAM

 

QUE FIQUEM JUNTOS

ME DEIXEM SÓ...

 

SALVADOR, 11.11.1994

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

JCSS,

Poesia alguma

pode exprimir

qualquer

fragmento

do que sinto

por ti.

Barraca “As três Marias”, festa da Conceição da Praia, 09 de dezembro de 1995

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

Jequié/BA, 26 de dezembro de 1994, às 22:44 horas

 

Acabo de ter certeza de que, realmente, sou um grande cretino, um completo idiota, um enorme imbecil, um imenso abobalhado. Pois, apesar das mil e uma razões e provas incontestes de que JCSS não me ama, não sente sequer desprezo por mim, não me respeita, nem nutre qualquer tipo de sentimento em relação ao verme que represento para ele, continuo batendo na mesma tecla, insistindo em sustentar uma farsa ou que só existe em minha cabeça DOENTE. Continuo a sonhar com o impossível fato de ele resolver se dar uma chance e outra a mim, aceitando este amor gratuito e desinteressado (mesmo porque, ele só tem seu próprio corpo para me oferecer - sequer tem uma cultura, um exemplo de vida, uma palavra de conforto...).

Chega de lágrimas derramadas, chega de mal-estar ao vêlo com outras pessoas, chega de tudo. Como posso continuar amando alguém que, viajando comigo para passar um natal juntos, tem o cinismo de ficar trocando palavras com outro, dentro do mesmo ônibus, ao lado de minha poltrona, até pegando fone para ligar, enquanto eu dormia ? Como ficar sofrendo por alguém que finge não estar a fim de sexo, finge cansaço, finge estar sem tesão, simplesmente para sair com uma ilustre e desconhecida vizinha, GORDA, empregada doméstica, para uma trepada no mato ou sabe-se lá onde ?

O que de melhor se pode dar a uma pessoa que não respeita o sentimento alheio e sequer respeita a si próprio é o desprezo, é o menosprezo, é o abandono e deixar que esta pessoa tropece nas próprias ações, caia e não encontre ninguém para aparar sua queda.

Adeus, seu ingrato. Não me procure mais.

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Meus bons espíritos,

 

Espero que não imaginem que sou um mal-agradecido ou um cara que desvaloriza a energia que vocês me transmitem. É que, por egoísmo ou por sei lá o que, nem sempre eu me disponho ou me predisponho a estar em sintonia verdadeira com vocês. E, na maioria das vezes em que contato vocês, é à procura de suprirme de energia; é para pedir-lhes algo para mim ou para quem gosto muito.

E, como que para não fugir à regra, venho mais um a vez ao encontro de vocês, para conseguir bons fluídos...

Peço, agora, por mim mesmo e por JCSS. Peço que energizem a vida deste jovem, com todos os calços e percalços, emoções boas ou más, alegrias ou desprazer, com tal intensidade que possa ele, inteligentemente, deduzir, optar, buscar, adquirir e manter viva (através de luta consciente e incessantemente - com prazer, inclusive) tudo o que for permitido a um ser, no grau em que ele se encontra. Não permitais que os corvos da vida possam influir negativamente em seu crescimento. Sei que há sofrer, provas, expiações que não a de ser envolver  com o lado pesado-carregado do cosmo. Então, usem da boa vontade e da astúcia, perspicácia que possuem, a fim de fazer eclodir dali um fruto digno de ser admirado pela positividade.

Sei que sou pequeno o bastante para entender/aceitar certas coisas; pedir/intermediar por outra energias; mas sei que outras possibilidades de desenvolvimento existem e que, se vocês quiserem, poderão - não transformar a água em vinho - mas levar a água a entender, crer que pode, querer ir e ir de encontro a um caminho fácil.

Por favor, QUEIRAM E TRANSFORMEM esta vida num manancial de paz e de felicidade...

Salvador, 04 de abril de 1994, às 22:00 horas.

 

AMOR JEAN CARLOS

 

O Sol

 

O sol brilha para mim.

Sua luz se apagou e eu não quero acreditar...

Quisera eu poder voltar no tempo

e não pediria aos Espíritos pra me salvar do mar de Itapuã;

Quisera eu aquele fosse o último mês de abril de minha vida.

O sol brilhava para mim.

Sua luz se apagou

e eu não quero acreditar...

 

Salvador, 07 de novembro de 1994.

for JCSS.

 

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Pensei que não gostava de você

Quis que fosse para longe de mim

Agora percebo claramente que gosto

E que não quero viver sem você

Quis me enganar que não te queria

Quis fugir de amar você

E acabei entrelaçado no teu amor

Acabei apaixonando-me por tua presença

Agora não sei se já é tarde ou cedo

Sei apenas que quero um recomeço.

 

for JCSS

Salvador, 18.06.1994

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Perdido na noite

(Projeto Madio Editora)

 

Quisera eu, perder-me nesta noite

Não achar mais o caminho de volta

Ficar desnorteado, baratinado, louco

Indeciso sobre que rumo tomar

 

Quisera eu não acordar jamais

Ficar sonâmbulo, girando em vão

Correr, gritar, pular e não encontrar a saída

Jamais acordar deste sonho e desta ilusão

 

Quisera eu adormecer, para sempre

Nesta cama, perdido, com você

Não acertar, jamais, o caminho para o dia

Perder-me na noite, para sempre, com você.

 

Salvador, 13 de outubro de 1994.

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

POR QUÊ?

 

Preciso definir tudo. Por um ponto final, dar as coordenadas.

Não consigo dividir, então prefiro ficar sem nada.

Você precisa se decidir: ou fica com homem, ou fica com mulher. Amar aos dois não dá. Você não precisa ficar com um homem só por causa da cama e da comida. Encontre uma mulher que te queira de verdade e que possa te dar o que precisas. Tenho certeza que encontrarás uma centena delas; Ou então procure um homem que aceite e que goste de ser corneado de todo jeito: abertamente e/ou escondido. Não quero que você acredite no meu amor, tampouco farei qualquer coisa pra provar meu sentimento.

Nula relação tem que haver tolerância e renúncias mútuas. Mas você só aceita se for da sua maneira, não importando o que o outro sinta. Não aceito ser castrado nem cassado dos meus anseios e sonhos. Sou e quero continuar inteiro. Quando você enxergar que o outro tem espaços e que esses espaços não podem ser invadidos, então estarás pronto para a vida a dois, para a convivência em uma sociedade democrática e interativa. Mas antes disto, antes de você ter a consciência do todo e das partes que o formam, todas as suas atitudes serão arbitrárias, arrogantes, subjugantes, repressoras, dominadoras, sufocantes, estrangulantes, e o amor do outro será um mero instrumento de manipulação, isto se este outro aceitar. Caso não aceite, não terá condições de haver uma troca justa de experiências e de emoções.

Salvador, 31.10.1994, às 02:10 horas.

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

QUALIDADES:

 

INCOERÊNCIA, INCONSEQUÊNCIA, INDECÊNCIA, INCOMPETÊNCIA, IRRESPONSABILIDADE, IMBECILIDADE, IMATURIDADE, IDIOTIA, IMPACIÊNCIA, INTOLERÂNCIA, INSENSIBILIDADE, FALSIDADE, DESLEALDADE, IMORALIDADE, INSANIDADE, INFIDELIDADE, INSCONSTÂNCIA, MENTIRA, ENROLAÇÃO, EMBROMAÇÃO, TAPEAÇÃO, IRRESIGNAÇÃO, INSTINTIVIDADE, CINISMO, DESCARAÇÃO, FRIEZA, CRUELDADE, INCREDULIDADE.

 

DEFEITOS:

 

BELEZA, SAÚDE.

 

TUAS QUALIDADES SUPERAM TUDO (?)

NÃO HÁ RAZÃO QUE ME FAÇA LOUCO.

 

SALVADOR, 28.12.1994

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Quisera (Publicada no livro “Transcendental”)

 

Quisera eu ter você só para mim

Quisera eu fosse tudo para você

Quisera eu estar no teu pensamento, sempre

Quisera eu representar a vida para você

 

Quisera eu não te dividir com mais ninguém

Quisera eu não te ver com outro alguém

Quisera eu que você só amasse a mim

Quisera eu que este amor fosse eterno

 

Quisera eu não sentir-me enciumado

Quando te visse nos braços de outra pessoa

Quisera eu que tudo fosse mágico e fantástico

E que você jamais se esquecesse de mim.

 

 

 

 Salvador, 02 de novembro de 1994, 18 horas

 

Cabeça-dura, pirracento, preguiçoso, não é camarada, não me faz companhia em casa, não dialoga comigo, não sai comigo e quando sai quer ir e só vai aos lugares que escolher, não vai à praia comigo, não vai ao clube comigo, não transa comigo quando estou a fim, quando vai à boate comigo quer voltar cedo para casa e quando vai ‘sozinho’ dorme por lá, quando vai à seresta ou ao pagode fica querendo voltar cedo e procurando pretexto para brigar, não quer que meus amigos me visitem mas fica chateado quando proíbo que seus colegas venham PASSAR O DIA aqui em casa, a pretexto de “NÃO FICAR SOZINHO”, SEM SE PREOCUPAR COM A MINHA COMPANHIA  NÃO SOU NINGUÉM  E SEM SE IMPORTAR QUANDO FICO sozinho, esperando que ele volte das farras. Não quer ir ao cinema comigo e quando marca para ir, desiste em cima da hora, quer ouvir as suas músicas sossegado e quando estou ouvindo minhas músicas fica irritado e com raiva. Quer ficar o dia todo dormindo e com todo o silêncio do mundo, mas quando quero dormir, à noite, fica com o som ligado até altas horas e se eu pedir para desligar, vira um bicho. Pela manhã, se enrosca todo na cama e vira o diabo se o som for ligado ou a janela aberta, para não atrapalhar seu sono, mas não tá nem aí se, À NOITE, na minha vez de dormir, eu pedir para deixar as lâmpadas apagadas e o som desligado. Me disse que quando estivesse gostando somente de homem, me procuraria. Me procurou, mas, não só ainda gosta de mulher, como quer que eu suporte/ature seus namoricos dentro de minha casa, na minha frente, na minha cama e, ainda por cima, com a mesma pessoa que causou toda a minha infelicidade. Esta pessoa é a qual ele me disse que não queria mais ver nem pintada de ouro, mas não perde a oportunidade de estar sempre aos amassos  inclusive indo dormir na casa dela, quando sua mãe viaja para a Ilha de Itaparica. E o pior: a mesma história se repete. Quando passa UM MINUTO ao lado dela, me joga às traças, me abandona, nem sequer fala comigo, fica irritado com tudo o que faço ou falo, não me namora,. não me abraça nem beija, até dorme com a cabeça virada para meus pés, quando não sai da cama e vai dormir no chão, bem longe de mim.

Estou ficando CHEIO com tudo isto. Não preciso ficar me humilhando e me rebaixando deste jeito. Melhor ficar sozinho do que ficar sentindo raiva o tempo todo.

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Salvador, 02 de novembro de 1994.

Hoje fui ao cine Tamoio, à tarde, assistir ao filme “Rapa-Nue”, sozinho. Assisti a duas sessões: das 13 às 15, e das 15 às 17 horas. O filme foi ótimo. Pena que eu estava sozinho. Aliás, foi até bom eu estar sozinho. Pelo menos pude assistir ao filme sossegado, sem ninguém me enchendo o saco, me dando pressa para ir logo para casa, me falando que não quer assistir ao mesmo filme duas vezes...

Agora à noite, às 20 horas, fui ao Pelourinho. Me confundi, achei que era quinta-feira e que o programa “Você Decide”, da Rede Globo, seria transmitido da Praça Anchieta, hoje. Só me lembrei que hoje é quarta-feira, dia 02.11.94, Dia de Finados, quando cheguei ao Pelô. Estava tudo parado. Todos os bares fechados. Na Praça Anchieta, tinha carros da Rede Globo e da TV Bahia, além de carros da Coelba, preparando a iluminação. O único lugar onde tinha movimento foi na Tenda de Oxumaré, com o tradicional pagode, na Praça da Sé, e na Cantina da Lua, no Terreiro de Jesus. Fiquei no pagode do Edifício Themis, por mais ou menos meia hora, olhando o pessoal dançar. Fiquei com saudade de Elias, pois ele é super animado, entra na folia, dança, faz a gente se descontrair, não fica com a cara emburrada, está sempre com um sorriso no rosto, sempre disposto e de bom humor. Ao contrário de UNS E OUTROS, que está sempre de mau com a vida e dando patadas para todo lado. Fiquei com saudade, também, de Grey Jacobina. Ele sempre me tirava do baixo astral, estava sempre CONVERSANDO comigo, me fazendo me sentir importante, me fazendo me sentir útil, me fazendo me sentir um ser humano amado. Ele SEMPRE fazia questão de estar ao meu lado, nunca queria sair sem mim e sempre me dava a maior força, me incentivando e me deixando com o astral bem alto. Mas a gente só reconhece que errou depois que perde a pessoa. Só aí é que sentimos quanto éramos felizes e não sabíamos. Mas, quem sabe se não serei feliz, novamente, como o fui com Grei, com Fábio, com Edvaldo, com Ricardo, com Rodolfo, etc.

 

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Salvador, 04 de novembro de 1994.

 

Ontem fez um ano que a gente se conheceu e hoje ele vai embora, procurar outra pessoa com quem morar. Não estou conseguindo encarar isto com frieza e sem sofrer. Desde ontem que estou me preparando para este momento fatal.

Acho que não dou certo com ninguém. Sou muito exigente, mal-humorado, grosseiro, chato, mesquinho, mal agradecido, um BANANA.

Estou tão desolado que não estou conseguindo nem escrever. Me deu um branco total na cabeça.

Talvez meu destino seja ficar sozinho, jogado num canto, sem ninguém para me amar, nem para me dar um carinho.

Melhor que eu não tivesse onde cair morto, não tivesse um bom emprego, não tivesse nada, mas pelo menos pudesse ser feliz com a pessoa que amo.

Por que eu não sou feliz? Por que não sou diferente? Não posso ficar a vida toda lutando contra mim mesmo, contra as minhas vontades, contra os meus desejos.

Se não sou perfeito, por que exijo tanta perfeição nos outros? Qualquer dia eu morro e não vivi nem metade daquilo a que tenho direito.

A vida é feita de pequenas coisas, um sorriso, um aplauso, um gesto, um olhar carinhoso. Se repilo e afasto tudo isto para longe de mim, o que me restará? Só me restará a solidão, o sofrimento, a tristeza, o abandono. Realmente, não sei o que quero da vida. Será que ficarei batendo a cabeça nas paredes para o resto da vida? Ou encontrarei um rumo que me levará à felicidade? Não sei. Sinceramente não sei.

 

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Salvador, 11 de dezembro de 1995, às 18:33 horas

 

Meu Anjo Guardião, Meu Espírito Protetor, Meus Espíritos. Mais uma vez, dirijo-me a vocês, com mais um pedido. Primeiro, gostaria de pedir que me desculpem por ter ficado tanto tempo sem me comunicar com vocês. Segundo, peço que me ajudem a ser mais humilde, menos arrogante, menos presunçoso, mais paciente, menos insistente, mais fervoroso, mais amigo. Peço também, por último, que me ajudem a conquistar Jeff (da Felisberto Caldeira), que o coração dele amoleça e que me ligue, para me dar uma chance. Prometo que farei tudo (TUDO) para ficar com ele, sejam quais forem as consequências. Caso vocês sintam que não será bom para nenhum de nós este amor, localizem e tragam de volta para mim Jean Carlos de Sousa Silva, pois não aguento mais me sentir só, sem amor, sem um ser ao meu lado. Vocês são testemunhas de meu sofrimento. Me ajudem, por favor. Façam com que tudo isto se desenrole em menos de cinco dias.

 

Obs.: Jeff não me ligou. Dia 14.12.1995 JCSS apareceu, como que por encanto, em minha casa, +/- às 23:40/24:00 hs, após seis meses de sumiço total. Estou muito feliz, e hoje, dia 18 de dezembro de 1995, estou digitando este agradecimento aos meus Espíritos Protetores, aos Meus Espíritos do Bem, ao meu Anjo Guardião.

A TODOS VOCÊS, que sempre estiveram ao meu lado, agradeço, profundamente, de todo o meu ser, por tudo o que têm feito por mim, principalmente por terem localizado e trazido para o meu lado, o grande amor de minha vida: JEAN CARLOS DE SOUSA SILVA. Muitas bênçãos e milhões de energias positivas para cada um de vocês...

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Salvador, 19 de junho de 1994.

Para Jean

Meus Espíritos, sei que vocês sempre estarão ao meu lado, para me confortar, guiar-me, orientar-me. Sempre os procuro quando estou atravessando momentos delicados. Espero que nesta hora e que volto a consultá-los e pedir que me guiem para uma decisão sensata vocês possam me acalentar e me assessorar em todos os sentidos. Um dos pontos para o qual procuro uma solução é o de moradia. Gostaria de partir para um outro apartamento, mesmo que menor, mas longe do pessoal deste prédio, onde eu possa recomeçar a minha vida, vivê-la bem e responsavelmente, sem interferências externas, no qual JCSS possa ir morar comigo, a fim de ser amado, reintegrado ao convívio social. Gostaria também que vocês agissem ao redor de JCSS, pelas pessoas e situações que o cerca, pela sua própria consciência, pelas experiências que viveu ou esteja vivendo, a fim de fazer com que haja uma reflexão e uma decisão - ou várias decisões - a fim de colocá-lo no trilho da vida. Dai-me o discernimento, a sabedoria, a inteligência e a isenção necessárias à tomada de decisões em minha vida, para que eu não fique me decepcionando pela vida a fora, me encaminhando para um destino que não sei bem qual seja. Ajudai-me a não encontrar motivos para entristecer-me. Ajudai-me a tirar da escuridão quem se encontra com os dias nebulosos. Dai-me a oportunidade de crescer, fazendo crescer quem está condenado a viver em declínio. Não dixe que a vida seja obrigada a ser mais dura do que tem sido com este alguém de quem gosto muito.

 

 

 

 

 

 

AMOR JEAN CARLOS

 

Very crazy

 

Você ‘viaja’ nas ondas do clima da cidade.

Misto quente beer Leandro e Leonardo

a maionese não sai.

altas horas... belvedere,

Jequié, 01:03 hs 23.12.1995, eu e você, sóbrio e ‘muito doido’, respectivamente.

 

 

Final dos textos para Jean

 

 

 

 

 

 

 

AMOR JORGE

 

Textos para Jorge:

 

 

Muitas letras possuí:

R, A, E, C, S, etc.

Perdi a maioria...

Quantas me restam?

Quantas ainda conquistarei?

 

Penso que possuo J

Penso que possuo o abecedário

Mas expulsei todas as letras...

Até quando ficarei só?

Até quando serei arrogante?

Até quando serei um mortal,

Cheio de defeitos?...

UESB, 20 de maio de 1991, Aula de Português Instrumental: “Meditação”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

AMOR JORGE

 

Barco sobre a água

Água sobre o barco

Teu perfume, meu ciúme

Minha chance de amar

Minha sede de você.

Como quero te viver

Te sentir e te sonhar

Com meu ser (in) consciente

Meus defeitos/falhas todas

Desejando a soma da alma

Alma-Gêmea dos meus sonhos...

UESB, 03 de junho de 1991

 

 

 

 

 

 

 

AMOR JORGE

 

Jorge

Guardo para ti

O que sinto pelo mundo

Não sei se valerá a pena

Esperar por este dia.

 

Talvez você também fantasie

E nossos sonhos se encontrem

Mas, se for somente eu?...

 

Jogar é preciso

Mas nem sempre é bom.

 

Te espero no frio

Te quero no cio

Te sinto no fio (telefone)

Mas, e ao vivo

Seremos sinceros?

Assim eu espero

Que nossos abraços

Não sejam tão falsos

Quanto o mundo deseja...

UESB, 23 de maio de 1991, 22:10 horas.

 

 

 

 

AMOR JORGE

 

JORGE

Passa o tempo, devagar

E eu, com rapidez, te desejo.

Fico mais e mais eufórico

Necessitando você

E desejando o encontro

Que tanto tanto eu quero...

 

Quando ouço tua voz

Me acalmo um pouco mais

Como se tudo o que falas

Fosse o que eu quero ouvir.

 

Me abstraio no etéreo

Vôo alto a sonhar

Esperando completar

Minha metade em você...

UESB, 27 de maio de 1991, 19:05 horas.

 

 

 

 

 

AMOR JORGE

 

Jorge, o esquecimento é resultante da repressão.

 

Não sei quem é você

Mas te amo profundamente.

Nunca senti teu corpo

Mas gosto de tocá-lo.

Jamais beijei tua boca

Mas amo o sabor de teus beijos.

Não fiz sexo contigo

Mas você é o meu parceiro predileto.

Não te conheci, ainda

Mas tenho saudades de ti

Não sei se você existe

Mas espero por ti

Não sei se me amas

Mas me iludo contigo,

Pois você só existe na minha imaginação.

Meu quarto, 22 de maio de 1991, às 23:00 horas.

 

 

 

 

 

 

 

AMOR JORGE

 

Na busca constante

Tentando te ver

Me acho e me perco

E perco você.

 

Carrego esta mágoa

Que tenho de mim

Pois não sou capaz

De te apaixonar.

 

Carrego esta cruz

De ser solidão

Não conquistar ninguém

Nem despertar paixão.

 

Vou indo minha vida

Tentando uma saída

Que me dê razão

Pra tanto sofrer.

 

Se quero, não acho

Se acho, hesito.

Se fico, me machuco

Se corro, não vejo...

Onde está você, razão de minha existência?

UESB, 05 de junho de 1991, às 21:35 horas

 

 

AMOR JORGE

 

Quem és tu?

 

(Projeto Madio Editora)

 

Te vejo na minha imaginação.

Como você é?

Te imagino como um Deus-deus-Deus

Te quero ou te repudio?

Não sei se te amo ou se te odeio.

Te amo como pessoa

Te odeio como odeio a mim.

Não toquei em ri: nem física nem espiritualmente.

Mas conquistei teu ouvir-falar-amigo; conquistei tua atenção e teu olhar de carinho.

UESB, 03 de junho de 1991.

 

 

 

 

 

AMOR JORGE

Se você estivesse aqui comigo, conversando, ouvindo música ao meu lado, dividindo a mesma cama, suas alegrias e tristezas...

Jequié, 11 de maio de 1991, às 19:25 horas.

 

 

 

 

 

 

 

CORDEL LOUCO

 

Bom Jesus da Lapa

(PUBLICADO NO BLOG SUEDDEUS)

-

 

 

 

 

 

 

LOUCO

Pastilona Visigoda

(PUBLICADO NO BLOG SUEDDEUS)

 

Doidilopa protojaga

Sapitona limonara

Fijutira cicitota

Doidogela fotobara.

 

Brasileta paulistana

Problemática parada

Nomissino turupito

Jofavada colorada.

 

Posto limpo dologado

Figurado para faca

Do coitado gafakatu

Putuvado naparaca.

 

Lopotato dofobano

Erbo tato caralhado

Situama costelene

Supitano espelhado.

 

Peletina visiona

Lionelli piritista

Buscassete loloteira

Vonacata colorista.

 

Oliveta radiada

Letrapreta carrapeta

Fugolugonoticica

Xilabada violeta.

 

Postotota catatata

Dododofugogugogo

Cosminiro fiofofo

Sosobena parenogo.

 

Jequié, 26 de fevereiro de 1990

 

 

 

 

 

 

 

 

LOUCO

Poema da Catarinha

(PUBLICADO NO BLOG SUEDDEUS)

 

Catarinha minha filha

Cuidado com tua perna

Pois toda a tua família

Já se mudou pra caverna.

Não se assuste com o povo

Pois a morte não é longa

Cada parte que tu tiras

Vira logo uma araponga.

Se corrermos para cima

Ou ficarmos acanhados

Todo mundo vai chamar

Nosso povo de tarado.

Todo mundo se acanha

Mas você não é culpada

Por isto fique tranquila

Sua cadela está cuidada.

Pegaremos cada uma

Andaremos pelas ondas

Depois faremos tudo

E te poremos uma sonda.

O planeta em que tu vives

Já planou pra outro mundo

Bem distante desta terra

Num buraco bem profundo.

Mas agora estou seguro

Para ter a minha porta

Pra sair desta caverna

E subir pra zona morta.

Então, antes deste fim

E depois deste começo

Sairei deste buraco

Com muito ou pouco tropeço.

Estas linhas que escrevo

Nada mais tem sentimento

Não serve para ninguém

Só serve para tormento.

 

25 de janeiro de 1991

 

 

 

 

 

LOUCO

Poemúsica baianeira

 

Luís Caldas é baiano

E mineiro é paulista

Carioca é cearense

E cada um é sulista.

 

Potiguar é amazonense

Cearense é potiguar

Maranhense é paraibano

Paraibano é potiguar.

 

Barriga verde é gaúcho

E gaúcho é acreano

Amapaense é carioca

E carioca é goiano.

 

Tocatinense é alagoano

Sergipano é mato-grossense

O mineiro é roraimense

E o Veloso é Caetano.

 

Gilberto Gil é carioca

Carioca da Bahia

E eu sou alagoano

Alagoano da Bahia.

 

Moraes Moreira morreu

Morreu de tanto viver

E depois se arrependeu

Se arrependeu de sofrer.

 

Elis Regina está viva

Morando no abaeté

Vivendo morta na ilha

Na bela ilha de Maré.

 

Salvador e Jequié

Já são a mesma cidade

Pois as duas são a mesma

Em toda confundidade.

 

Jequié, 26 de fevereiro de 1990

 

 

 

 

 

 

LOUCO

Coloquei um olho à venda

Mas quando cheguei na venda

Me colocaram uma venda

Por isto desisti de tudo

Mas quem quiser vender, venda.

 

13 de setembro de 1991

 

 

 

 

LOUCO

Correndo pela calçada

Encontrei uma pelada

Me pelei de medo

Mas não corri com medo dela

Pois sabia que o suco

Não estava com açúcar

Daí desci a escada

Pra pegar minha pelega

Esperando que a fossa

Não partisse pra Paris

Mas de nada adiantou

Porque todos acordaram

Assustados com a corda

Que comi pela manhã

Depois achei a estrada

Fui saindo de mansinho

Evitando a subida

Que parecia quebrada

Na latada da barriga

Barrigada do martelo.

 

14 de setembro de 1991

 

 

 

 

 

LOUCO

Enquanto assisto à fita

Você me fita

E ainda me faz fita

Daí resolvo vendar-te

Com uma grossa fita.

 

13 de setembro de 1991

 

 

 LOUCO

Eshi aqua

Eshi aqua

Le que ma femme sha sheron

E na femme kane ralashi

Qui pio ponte neanê faí

Shoshi quantiu nê muí

Me que ma femme tivê queaí

Me que ma femme tivê queaí

Me que ma femme tivê queaí

Ô quishin glaiô

Ô shin pluô

Ô tishin paflea

Qui mi tirra pissê paflea (BIS)

Qui sabuá quichá lussi

Qui sô lori firratigla lussi

Qui stuiustaki flis quisson fasi

Staky flis fasi

Qui pio ponte neanê faí

Me que ma femme tivê queaí

Me que ma femme tivê queaí

Me que ma femme tivê queaí

Tu shukô aquá

Le shi aquá

Tu shukô aquá

Le me shi aquá

 

 

 

 

 

 

LOUCO

NEOTROVISMO

Mês que vem

Não chores por um amor perdido

Vivarei vampiro na véspera,

Pro sonho acabar num dia dourado.

Como a borboleta buscando campo vasto

Por trás dessa máscara está um homem

e enquanto vida eu tiver,

O meu sangue corre nas veias

que me dão vontade de morrer

E, assim, por onde estiveres,

Alugase um coração.

Será o presente melhor

pintar a vida de amarelo

Dentro do teu pensamento.

De manhã a brisa buscando fulgor

à beira do oceano do cacife que ganhei

e mesmo tendo muito pensado

perfumando seu corpo

tu, foste o trunfo querida

No carteado da vida

essa vida de pontor

Vestirei velhas roupas,

da última inquilina.

Virarei vampiro na véspera

Sonhe! É tão bom sonhar!

Depois... Depois, não sei.

E não quero te perder

e hei de beijar tua face,

entrando pela janela de montanhas noturnas

nos braços de outro alguém

Será que você vai me abandonar?

Há um silêncio profundo

Já não aguento mais

dama, az, valete e rei,

porque ninguém fia a própria dor

por demais divinas quanto lindas nesta noite de amar

como sempre sonhei. Pôrme ao colo

moldurando as caminhadas.

 

Poema composto por várias frases dos poemas abaixo descritos, com seus respectivos autores (publicados no jornal “A Prosa” de Brasília/DF) :

Véspera                                                -  Augusto Garuzzi

Aluga-se                                               -  Marcus N. Coelho

Sorria                                                    -  Tuca Mariano

Madonna                                             -  José Walter B. Rios

Máscaras                                             -  Ariston França

Gaivota                                                -  Apolonia Gastaldi

Eu e ali                                                  - Nilson Vinha Sevilha

Trova                                                    -  Elson Jorge (Helson Jorge)

Sozinho                                                -  Carlos Antônio S. Nascimento

O vício e a arte                                    -  Nilo Sérgio

Sonho                                                   -  André Luís Giusti

Fúrias do prazer                                  -  Herbert Lago Castelo Branco

O silêncio dos deuses                         -  Adriana Márcia A. Coutinho

Brisa                                                      - Diniz Félix dos Santos

Anseio                                                   - Leonildo H. Justut

 

 

Composto em 09 de maio de 1989

 

LOUCO

 

 

Seguimos pela picada

Procurando uma saída

Quando uma mosca a atacou

E deu-lhe uma picada

Corremos até encontrar

Uma casa abandonada

E dentro da choupana

Uma abóbora picada

Que comemos pra valer

Então agarrei Maria

E antes da picada da mula

Dei-lhe uma picada

Aí foi o fim da picada.

 

13 de setembro de 1991, 19:20 horas

 

 

 

 

 

 

 

LOUCO

 

“DIVIDIDA POR EU DA ISSO GOSTARIA NÃO BAHIA”

 

Bahia terra primeira

Da Bahia dividida

Bahia do meu coração

É forte em todos os cantos

Ter sua honra ferida

Das quais tivemos vitória.

 

O povo todo se empenha

Esse não ganha de novo

De capital Salvador

De pensar na pesticida

Lamentando e padecida

Pelos heróis que deu vida.

 

Querendo nos causar ferida

Ver sua terra defendida

Pra jamais ser esquecida

Com a mente poluída

Para sempre fortalecida

Da Bahia separado.

 

Foi pela luta de tantos

Bahia de Todos os Santos

Essa surra até eu daria

Com a bênção de Maria

Pra ver o que ele sofria

O que só atrasaria.

 

Mais sem perder minha raça

Quem soubesse aqui nascia

Desse cabra eu vingaria

Por Jesus Nosso Senhor

Com a cabeça partida

E todos os filhos de Deus.

 

Pede a Senhora da Penha

Quem votou nesse safado

Pois se hoje é Deputado

Se parece um bocado

Que nos atender ela venha

Da Bahia dividida.

 

Bahia tu és minha vida

No decorrer de sua vida

Bahia venceu Ditadura

Sem uma razão decidida

Desse fi duma parida

Em todo mundo conhecida.

 

Perderia metade da vida

Por uma batalha perdida

Com a cabeça erguida

Tamanha a patifaria

Desde o começo sagrada

Ter sua gente torturada.

 

Por isso eu não gostaria

Que defenda seu torrão

Disso eu não abro mão

Musa da noite e do dia

E que mil preces rezaria

Pois nunca foi repartida

Não vamos fazer besteira

Desde quando nascemos.

 

Baseada em “Por isso eu não gostaria da Bahia dividida”, de Gil Novaes, Julho/87.

Composição com as mesmas frases do poema citado, feita por Valdeck Almeida de Jesus, em 1989.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LOUCO

Busquei a doda dada

Mas não estava boa

Então comprei uma doda

Mas não gostei da sua cor

Peguei a doda e quebrei

Joguei a doda no lixo

Fui à feira bem cedinho

Pra comprar uma doda nova

Não achei uma doda boa

Estavam todas furadas

Então comprei uma lata

Fabriquei a minha doda

Daí pra frente jurei

Doda dada nunca mais

Toda vez que precisar

Vou fazer a minha doda.

 

14 de setembro de 1991

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LOUCO

Gritos Ecoados

(PUBLICADO NO BLOG SUEDDEUS)

 

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11 de setembro de 1991

 

 

 

 

 

 

LOUCO

Poeminha Jordaikartho

(PUBLICADO NO BLOG SUEDDEUS)

 

Na certeza dalituda

Na carreira pupitão

Sertotuto na cabeça

Mastigando tua mão.

 

Valenata costelata

Lepatada do dedão

Sadamata curiado

No cadarço pinheirão.

 

Não sabendo que o porto

Jã não é mais o portão

Eu respiro figurante

Corrompendo o cinturão.

 

Se não tem o que entender

Nestas frases gozação

Não duvide que o mundo

Já entrou na contramão.

 

Securute na soleira

Na portada do leão

Não carregue a peruca

Na cintura do gibão.

 

Masticute sinulite

Dudormente bebilão

Favanada costeleta

Pirueta kokitão.

 

Se na fonte da pisura

Distadada sutuvão

Hoje mesmo temaxada

Xazokota Ximarrão.

 

Mas assim Dijuterando

Colkojagha matretão

Serto Dheko folikano

Nurweka polição...

 

(15 de fevereiro de 1990)

 

 

 

 

 

 

LOUCO

Poesia baticulata

(PUBLICADO NO BLOG SUEDDEUS)

 

Baticuno patibana

Lepadara cotilera

Puviboto guniguni

Sifocusa latadera.

Loipolawa Monitygha

Austricoza xyxythaka

Xoropita e juleira

Qwertho dingo noryaqa.

Lionísio pioleto

Poitagara kuliana

Kokaina maconhita

Ghogozyng merdelana.

Chistoniuka partutita

Porstitana vaferisma

Sopifota Walerine

Ticopirto darabisma

Dhondo pito na cocada

Pingo sete da verbena

Sabe lá o quero vivo

Serto belo corcorena.

Qurto dança kurtutudo

I numcurtu nadanão

Na codega piruleta

Do catôdo do sertão.

Na cantiga juliata

Situada no baião

Corretato situado

No parente do mamão.

 

15 de fevereiro de 1990

 

 

 LOUCO

Pra comprar cigarro, entrei na fila.

Mas você não compra, fila.

Sempre compareço à escola

Mas você, constantemente, fila.

Por isto vou chegar na frente

Pra comprar logo o meu Fila

Pois se tenho a vida fácil

É porque assim eu fi-la.

 

13 de setembro de 1991

 

 

 

 

AMOR MARCELO ILHÉUS

Textos para Marcelo

 

Marcelo de ilhéus:

 

Ilhéus, 20 de janeiro de 1991, às 00:29 horas, Em frente à boite Caverna Mágica, Avenida Dois de Julho (Beira Mar)

Esta noite é uma noite singular

Única, como o por-do-sol.

Fica somente a incerteza de poder tê-la

Todas as noites e vivê-la todos os momentos.

 

 

 

AMOR MÁRCIA

Textos para Márcia:

 

 

Jequié, 10 de janeiro de 1991

Caro amigo Valdeck,

É com muito prazer que lhe escrevo este pequeno bilhete para lhe encontrar com muita saúde. Comigo está tudo bem graças a Deus.

Valdeck, eu tomei emprestado de Telma, dois mil e quinhentos cruzeiros, para você pagar, porque eu lhe pedi mas você não veio trazer, pois lhe esperei mas você não veio. Estou indo embora com muita saudade de você.

Apesar de não lhe ver, levo comigo suas lembranças.

Valdeck, eu voltarei em junho se Deus quiser. Peço que não esqueça de mim, pois estou pensando muito no que você falou para eu não me arrepender mais tarde.

Um forte abraço, um gostoso beijo de quem te adora muito.

Sua máquina está como você me emprestou, obrigada.

May. Te adoro de montão.

 

 

 

 

 

 

 

 

AMOR MÁRCIA

Jequié, 23 de março de 1990.

Márcia Lúcia Santos de Jesus

Rua Várzea Santo Antônio, 473

Edifício Colina das Árvores, apto. 201

41.820 - Pituba - Salvador/BA

 

Olá May, tudo bem contigo?

 

Comigo tudo bem, até o presente momento. Não sei daqui para a frente. Estou dependendo apenas de você para ter um pouco de paz. Se você quiser fazer um acordo comigo, estou preparado para te ajudar no que for possível. Você sabe que eu não ganho muito, e por este motivo, será melhor para nós dois se conseguirmos nos entender, mesmo antes da audiência com o Juiz. Comprometo-me te ajudar no que eu puder, no maior espaço de tempo possível, até que você esteja com alguma condição se de virar sozinha. Em primeiro lugar, solicito que você envie o mais rápido possível, a Procuração que você levou para assinar e reconhecer a firma. Mande por José , através da Empresa Tiradentes. Daqui para o final do mês eu envio a quantia que eu puder. Depois estarei aí no próximo mês de abril, o que já será mais um ponto no meu contrato, que cumpro. Como você vê, estou fazendo tudo para que nada de errado ocorra. O importante é que nos separemos numa boa, como duas pessoas civilizadas. Isso será uma lição de moral para muita gente que deseja nos ver brigando e indo aos tapas para o Juiz.

Quero te propor o seguinte: caso você ache mais conveniente, assim que os papéis chegarem, irei conversar com Dra. Rosane e adiarei a data da audiência para que você pense um pouco mais e não tome uma decisão precipitada, ok? Te proponho ainda que você dê entrada no pedido de separação consensual aí mesmo em Salvador, a fim de que eu viaje para a capital e aceite a separação. Neste caso, é você quem deve pagar a pensão alimentícia. Mas dispensarei a pensão e ainda te pagarei durante toda a vida, uma pensão de metade do salário mínimo vigente no país. Para você será uma coisa mais segura e para mim será mais econômico. Enfim, será melhor para nós dois. Você não acha? E por fim nos tornaríamos muito amigos e você me teria durante todo o tempo que você desejasse. Pense bastante nesta minha proposta e depois me responda. Mas não demore muito, senão eu mesmo peço a separação aqui em Jequié e será feita a audiência no mês de Julho/90.

Aqui termino com votos de que esta te encontre gozando de muita saúde e com muita paz e alegria. Um abraço do seu amigo do peito,

 

VALDECK ALMEIDA DE JESUS

CAIXA POSTAL 163

45200 - JEQUIÉ/BA

 

 

 

 

 

 

 

AMOR MÁRCIA

Val, minha maior alegria vai ser o nosso divórcio. Se você soubesse a minha alegria! Sonho todos os dias com isso. Gostaria que continuássemos amigos, como antes: você me contando as coisas que acontecem contigo. Isto você ainda confia em mim. Muito obrigado por tudo o que você fez comigo. Principalmente as coisas boas. Nunca esquecerei. As coisas boas foram todas embora e nunca mais voltarão. Desejo muitas felicidades na sua vida e que você tenha sucesso em sua carreira. Te gosto muito. 03.10.91. May. Obs.: somente encontrei este bilhete, em meu caderno, no dia 28.11.91, às 23:00 horas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MALUQUICE

Jequié, 04 de dezembro de 1984

Hoje, dia 04.12.1984, da Era Cristã, pela manhã, mais precisamente 06:45 horas, eu vi um garotinho que mal conheço, parar no outro lado da rua, em frente à venda onde trabalho, na Rua João Rosa, 113, Bairro Pau Ferro, Jequié/BA, e mostrar para seus irmãos uns troços: tampas de latas, papéis, etc. Mostrou os cacos, provenientes de algum lixo próximo à casa deles:

- Ó.

- Me dá - falou o menor.

- Fica.

- Eu não quero isto aqui, não. Falou o menor, apontando para uma roda, atravessada ao meio por um pau. Como o garotinho não tinha prestado atenção ao ISTO AQUI da menor, pensou que a mesma não queria NENHUM dos troços. Imediatamente cedeu seus bagulhos para outra de suas irmãs, ato ao qual protestou a menor:

- Por que você não me deu?

- Porque você disse que não queria.

- Eu não quero é isto aqui, ó. Retrucou a menor, apontando para a roda...

- Ah! - mostrou-se compreensivo o garoto. Então vai guardar - completou.

A garotinha foi guardar a roda e voltou para perto do garoto. Não sei do resultado final porque não prestei atenção no restante da conversa.

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Isto me fez lembrar do tempo eu que eu dava, também, valor muito exagerado às coisas sem valor que eu achava nos lixos por onde andava. Cousas como pilhas usadas, carros quebrados, pedaços de ferro, canetas sem tinta, bagulhos e mais bagulhos.

Eu tinha, naquela época, meus doze ou treze anos de idade. Garoto despreocupado com o futuro, esquecido do passado (cheio de amarguras e dores, causadas pelas derrotas, mas também pontilhado de alegrais e surpresas agradáveis que encobriram os pesadelos, deixando apenas os sonhos bons se frutificarem). Garoto que estudava à noite, para ter o dia livre - não para brincadeiras nem para algazarras - para dar duro e murros em ponta de faca para sobreviver (trabalhar em armarinhos, barracas de miudezas ou em confecções de cintos e sacolas).

Sempre que surgia um ou dois dias de folga, procurava preenchê-los com meus passatempos prediletos: ora banhando-me no Rio de Contas, ora pescando camarão no Rio Jequiezinho, ora procurando bagulhos pelos lixos que tinha nomes dados por nós como Lixo da Boda, Lixo da Pererê, etc.

 

 

 

 

 

 

AMOR REFLEXÃO

Salvador, 10 de maio de 1994.

 

MSC,

 

Tenho passado por experiências diversas, em minha vida. Algumas destas experiências, gostaria nem mesmo de recordar; outras, se eu pudesse retornaria, no calendário e repetiria, em cada detalhe... Como tenho falado a você, esta experiência que estou vivendo contigo é singular, diferente, única mesmo. Não tive oportunidade de “namorar”, “paquerar” uma pessoa como estou tendo com você. Talvez por força das circunstâncias peculiares ao nosso relacionamento - distância do bairro onde cada um reside; pouca ou nenhuma experiência da parte de você  o fato é que tudo isto tem me deixado um tanto preocupado em relação ao deslanchar desta nossa amizade. Minha apreensão se fundamenta principalmente em relação a essa distância física entre nós, o que, de certo modo, possibilita com que fiquemos propensos a nos acostumar com tudo isto. Você não acha que estou certo? Por outro lado, esta situação “diferente” tem me levado a reflexões e divagações sobre tudo o que tem se passado entre nós, comparando com outras situações e outra experiências que tive em minha vida. Assim, consigo tirar conclusões (não apressadas) mais lúcidas a respeito de um sentimento que cresce pouco a pouco no meu, me dando respaldo para me posicionar com maior firmeza sobre o que REALMENTE quero para minha vida.

Não posso negar nem sempre enxergamos com total clareza uma situação, principalmente quando estamos envolvidos sentimentalmente com a mesma. Porém, levando-se em conta minha vida pregressa, te informo que nunca estive tão decidido e tão consciente de que o que eu desejo, neste momento, para minha vida, realmente, é você. Quando se dá a concepção, no útero materno, no corpo da mulher se inicia um processo de “adaptação”, de predisposição, de preparação, de condicionamento, para dar ao novo ser que crescerá ali, um ambiente propício ao surgimento e crescimento normal do novo ser vivo. Tenho me preparado, dia a dia, para que você passe a fazer parte de minha vida - efetivamente.

 

 

 

 

AMOR NETE

Jequié, 31 de março de 1990, 23:27 horas

Nete, neste momento são 23:14 horas. Acabei de sair do banho. Me banhei porque estava suado. Mas não lavei minhas mãos pois seu cheiro estava nelas. Muito obrigado pela companhia neste sábado. Eu seu que você tem compromisso mas, se surgir alguma coisa na sinceridade da pessoa que você gosta, estou aqui para lhe amar e lhe dar todo o apoio de que você necessitar. Não quero forçar a barra nem quero ficar numa lista de espera porque sei que você não é pessoa de ficar com um e com outro (quando você gosta é para valer e com sinceridade). Mas fico na esperança de algum dia ser mais do que um amigo pra você. Só desejo que todos os seus sonhos deem certo. Mesmo que eu não esteja nos teus sonhos, quero ver você feliz. Gostei de sua sinceridade quando falou que tem alguém na sua vida. Mas isto não será motivo para sermos inimigos. Pelo contrário, quero continuar a ter o privilégio de poder te ver, conversar contigo, ouvir teus desabafos... Sempre que você estiver sozinha e quiser bater um papo ou tomar um drink ou sorvete me procure. Estarei à sua disposição. O telefone do meu trabalho é 525-3027. Pode ligar a hora que você quiser e precisar, ok? Você encontrará uma pessoa que te fará muito feliz. Eu torço muito para que isto aconteça o mais rápido possível. Mesmo que esta pessoa não seja eu. Você merece muita felicidade porque você é uma pessoa muito especial.

 

 

 

 

 

 

AMOR NETE

Nete,

Uma amizade sincera entre duas pessoas sérias, cresce aos poucos, como uma plantinha. Nasce um galho hoje, uma folha amanhã, uma flor depois... E, se cada um de nós quisermos, esta planta fica bonita, florida, alta, forte, e jamais se enfraquece.

Assim é com a amizade sincera: se cada um de nós quisermos, esta amizade pode se transformar numa coisa muito linda e nos unir para sempre.

Este poema foi feito por mim, especialmente para você.

Apesar de ser com um pouco de atraso, parabéns pelo seu aniversário.

De alguém que poderá ser alguém importante na sua vida.

VADJ, Jequié, 26 de março de 1990

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

PEÇA TEATRAL

PEÇA TEATRAL CRIADA POR AMADOR

Número de personagens: 02 > Astrofa (MULHER) E Fulustreco (HOMEM)

Cenário: Sala de espera simples, com uma mesa forrada e com um gravador sobre a mesa, além de um vaso de flores.

Roupas dos personagens: Rural e bem caracterizada.

 

ATO ÚNICO

 

Homem:

- Ô mulher, sabes duma coisa?

Mulher:

- Não. Digas lá, marido...

- Sabes, minha véia, eu desejo ser atriz em minha vida desgraçada pelo mundo.

Mulher (Gritando, e com voz finíssima):

- Oh! Marido doido e com essas idéias boas. Da onde tu tirou essas conclusões, querido?

- Calmo - Minha querida Astrofa, eu não fico desapontado com tua inteligência nem um pouco. Fico a imaginar como tu tem cada acesso de loucura e ainda quer me contagiar. Bem sabes tu que eu subi na vida a custa de muitos esforços para roubar o que pertence aos outros. É da minha cabeça que sai tudo que existe de bom no mundo e tudo o que tento criar é com muito esforço para que saia da melhor maneira possível.

- Mas tu não está copiando minha idéia, não, marido falso?Olha que eu já tive esta idéia muito antes de você...

- Seja como seja, eu irei ser atriz neste mundo. Já estou até agravando um texto. (E põe o papel sobre o gravador).

- Sabe, Fulustreco, hoje eu estava sonhando que estava teatrando ou outros países: Hollywood, Arizona, e muitos outros centros de teatro do mundo.

- Sabe, de uma coisa, Astrofa, não serei mais atriz neste mundo. Você está imitando minhas idéias e eu vou desistir de minha carreira, agora mesmo.

- Mas Fulustreco, a carreira de atriz é tão simpática! Sabe?Eu sei tudo sobre a carreira de Sofia Loren, aquela atriz italiana.

- É?Então me conta. Vai, conta logo.

- Tá bem. Eu conto. Tudo começou lá na fazenda Butantã, localizada no Instituto de Educação...

- Interrompendo - Ah! Já sei. Aí ela foi vista por um teatrólogo de muita fama que a convidou para trabalhar num filme...

- Não. Não foi assim. Ela viu uma cobra Cascavel Pico de Jaca mais maior do que uma Surucucu Amazonense...

- Gritando e Chorando - Uai, mulher, eu não quero ser atriz mais não. É muito difícil. Eu quero é ser professora no Brasil.

- Desesperada - Marido!. Tu quer me suicidar, é?Eu prefiro é cavar cova para defunto que morreu do quer ser professora. O salário é muito pouco

Os dois, abraçados: - Mas nós amamos essa profissão. Não importamos se não ganhamos nada. Somos felizes em ensinar ao povo deste país.

 

Valdeck, Jequié, 01.09.1985, às 02:40 horas

 

 

 

 

 

 

REFLEXÃO

Salvador, 16 de setembro de 1996. 20:44 horas

 

Meus Espíritos Protetores, meu Anjo Guardião, meus Mentores Espirituais, meus Guia de Luz, André Luiz, Petitinga, Bezerra de Menezes, João Alexandre de Jesus, todos os Espíritos de Luz, todos os Espíritos do Bem, todos os Espíritos de Bondade; Guias do planeta Terra, Mentores da cidade de Salvador, do Estado da Bahia, do país Brasil, do Continente Sul-americano, enfim, todos os bons Espíritos. Ajudem-me a encontrar Júlio, a ter um contato com ele. Guiem-no a encontrar minhas cartas, telefonemas, telegramas, etc., a fim de que possamos nos conhecer pessoalmente e passarmos a viver juntos. Tenho muito amor para dar a ele e sei que ele é capaz de me amar com toda a profundidade e a verdade de que necessito. Sei que vocês podem, se quiserem, ligar nossos destinos, nossos interesses. Sei que vocês podem, se quiserem, dar um final ou um começo feliz para este relacionamento. Imploro, de joelhos, a todos vocês, que me ajudem nesta empreitada. Que me ajudem, também, a tornar este relacionamento o único e o último, daqui por diante; que nossos interesses se interem, se integrem, se completem, numa comunhão jamais vista na face da Terra.

Peço-lhes que agilizem nosso encontro, nosso contato, para que possamos ser feliz por muito mais tempo. Daime a paciência, a sabedoria, a inteligência, o discernimento, o entendimento e tudo o mais que for necessário ao bom desenvolvimento e concretização deste sonho de amor.

Agradeço a todos vocês, por tudo o que já têm feito por mim, durante toda a minha existência, e por tudo o que, certamente, farão por mim e por Júlio, para que sejamos muito felizes, nesta e nas demais encarnações...

Até breve!

 

 

 

 

 

AMOR

Aqui e agora

(Projeto Madio Editora)

 

Eu sou.

Sou tudo:

O mundo, o sol, o mar

O mar distante

O sol presente

O mundo invisível.

Sou nada:

O mar, o sol, o mundo

O mundo real

O sol no infinito

O mar da melancolia

Melancolia e saudade

Daquilo que não vivi.

Clube do Baneb, Jequié, 07 de julho de 1991, às 11:45 horas.

 

 

 

 

 

AMOR

Estou deitado na cama

Estudando para provas

Lendo e conhecendo coisas

Todas elas coisas novas.

Estou ficando gripado

Estou farto de dormir

Cansado de descansar

Ouço “Hotel Califórnia”

Numa ‘efeeme’ da vida

Fico triste e fico alegre

Lembro tudo e lembro nada

Quero ser um Trovador

Mas sou apenas um trovador

Não consigo ser poeta

Não preciso ser um gênio

Mas desejo ser um homem

Ser um homem inteligente

Pois não passo de um bruto.

Vejo as guerras na TV

Ouço as mortes no jornal

Tanto roubo e injustiça

E colaboro com tudo

(Para isto pago “Imposto”

Não me pedem pra escolher)

É tudo incondicional

E eu sou cúmplice de tudo

Só não sou cúmplice do amor

Contribuo para a desordem

E estrago o progresso:

Sou um grande parasita

Analfabeto e desempregado

Morando numa favela

Impedido de amar.

Jequié, 03 de setembro de 1991, às 12:25 horas

 

 

 

 

 

 

 

AMOR REFLEXÃO

...fui fecundado, nasci, cortaram-me, bateram-me, chorei, respirei, banharam-me, mamei, dormi, acordei, cresci, comi

Bah!!, Lada...

 

Te quero eu

Te amo me

Te desejo te

Te quero em mim

Te quero em ti.

Jequié, 12 de julho de 1991

 

 

 

 

 

 

REFLEXÃO

06 de janeiro de 1992, às 22:00 horas

Deus é cruel

 

(Projeto Madio Editora)

 

 

Estou sofrendo, angustiado

Ansioso pelo exame

Ansioso pelo resultado

Louco pela confirmação.

 

Já tenho certeza

Mas quero por escrito

Papel timbrado e tudo

Pra me preparar para a morte.

 

Aceito a morte prematura

Mas estou com muito medo

De fazer alguém sofrer.

 

Não queria este momento

Mas não posso evitar

Agora não tem mais volta.

 

06 de janeiro de 1992, às 22:00 horas

 

 

 

 

 

 

AMOR REFLEXÃO

13.10.92, aliás, 12 de outubro de 1992. Hoje já assinei cheques com data de amanhã. A primeira cerveja que tomei hoje, tinha o número “13” na parte plástica, interna, da tampa. Mas isto não importa muito. O que quero dizer é que tenho um bilhão de motivos para ser uma pessoa feliz. Tenho um emprego bom (comparando-se com a maioria dos brasileiros), tenho uma família, casas, telefone, etc. No entanto, me falta uma pessoa com quem eu possa dialogar, amar, andar, viajar, etc.

Esta pessoa não precisa ser especial nem espacial (ser do outro mundo ou um ser do outro mundo); não precisa ter nível superior, nem ter qualidades inigualáveis; não precisa ser dotado de inteligência nem possuir beleza física estonteante; não precisa ser perfeita nem falar mais de uma língua...  Basta ser uma pessoa de carne e osso, cheia de defeitos, que entenda a linguagem do amor, que esteja disposta a aturar alguém chato; que seja alguém com vontade de viver de dar prazer ao seu parceiro; que seja aberta para a espiritualidade e que entenda as fraquezas do ser humano... Que seja você, com idade até 25 anos, que goste de trabalhar, que goste de viver... e, principalmente, que goste de dar amor e que adore ser amada; que saiba entender quando a gente quer ficar só; que saiba entender quando a gente quer ficar com alguém...

Te procuro loucamente, por todos os cantos e recantos da terra. Até breve!

 

 CONTO

1984

 

A Destruição do Mundo

 

Passei perto dum rio e percebi que existiam dois peixes sentados à margem do mesmo, chorando. Ouvi seus soluços, o que me chamou a atenção, inclusive porque os dois estavam fora da água, despertando a minha curiosidade.

Cheguei para perto dos dois, cautelosamente, e escondi-me atras de uma moita. Eles diziam:

 

- Nunca veremos nossos familiares - falou o mais gordo - parecido com um pirarucu.

- É verdade, retrucou o menos corpulento, também parecido com um pirarucu.

- E tudo culpa deles...

Quando quase eu assustava-os com uma pergunta inoportuna, veio de imediato a resposta:

- Se não fossem os malditos homens que têm o direito de destruir o mundo e a si próprios, nós estaríamos vivos, ainda.

Perguntei para mim mesmo: - Como é que eu ouvia a voz deles, se eles estavam mortos: Resposta: eu também havia sucumbido.

 

 

 

 

 

 

HOMENAGEM

1º Aniversário

(25 de janeiro de 1991)

 

Hoje está fazendo um ano

Que entrei para a Justiça

Quando estou muito alegre

E rezarei até missa.

 

Neste órgão estou feliz

Trabalhando com vontade

Levando os meus sentimentos

A serem todos verdade.

 

Meus colegas de trabalho

São muito especiais

Me orgulho de os ter

Pois são todos mui legais.

 

Lá eu sirvo este povo

Que precisam de ajuda

Para se orientarem

E que lá encontram ajuda.

 

Hoje está fazendo um ano

Que lá estou trabalhando

Parece que é um século

Que lá estou trabalhando.

 

Já obtive progressos

Que não pensei obter

E pretendo progredir

E sempre sempre crescer.

 

Chegarei um dia ao alto

E olharei para trás

Agradecerei a Deus

E aos colegas legais.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

HOMENAGEM

A areia do Rio de Contas

(Projeto Madio Editora)

 

É a mesma areia do mar

E a Barra ou Itapuã

Nunca virão para cá.

 

As Dunas de São Cristóvão

E o Cristo Redentor

Foram feitos pelo vento

Que meu espírito criou.

 

Copacabana e Ribeira

São em tudo diferentes

Só são iguais na beleza

E bondade de suas gentes.

 

A Estátua da Liberdade

Que eu mesmo construí

Vai ser posta no Pão de Açúcar

Quando eu voltar aqui.

 

No Deserto do Saara

Eu montei Rio de Janeiro

E na Selva Amazônica

Aplicarei meu dinheiro.

 

No Planeta Terra Marte

A tristeza reinará

Mas alegre viverei

Pois a vida brilhará.

Jequié, 28 de fevereiro de 1990

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFLEXÃO

A emoção passa, mas a cicatriz é eterna companheira de quem amou.

Pelos caminhos da vida se conhece quão vão é o viver por viver e o curtir por curtir.

Triste é o homem que não sabe amar seu semelhante sem preconceito e sem distinção de cor, religião, sexo, etc. Um amigo de Basiléia, Suíça.

Um dia, todos terão o prazer de amar profundamente seu parceiro sem medo dos pensamentos maldosos da sociedade, pois a regra será “quem não ama o ser, independentemente de seu sexo, é imoral e anti Deus, anti evolução divina, anti paz de espírito”, e por isto, amargará eternamente o furor de todos os deuses e de todos os espíritos desenvolvidos que habitam esta galáxia”. 11.05.90, Moisés, Paris, 1864-1891

 

 

 

 

 

 

 

CONTO

A família dos Maus

Era uma vez uma família muito pobre e sem recursos para comprar nada, quer fosse comida, roupa ou uma casa para morar. Não conheciam nada de bom. Só conheciam coisas más e só praticavam o mal. Não conheciam Deus e nem faziam questão de o conhecer. Só viviam xingando, amaldiçoando a vida... Não praticavam o bem... Mas, um dia, chegou uma pessoa que morava muito longe da casa daquela família e mostrou tudo de bom que pode acontecer na vida de uma pessoa, se esta pessoa aceitar Jesus Cristo como Salvador, Senhor, Criador, Rei, etc... Com o tempo, todos os moradores daquela casa se converteram e hoje vivem felizes...

 

 

 

 

 

CONTO

A girafa

Como vocês sabem, a girafa possui um pescoço alto, longo, comprido (ou qualquer outro adjetivo que queiram utilizar). Muitas vezes, ter um pescoço tão longo causa problemas enormes. Como é que uma girafa poderá, por exemplo, abaixar seu imenso pescoço para olhar por uma janela? Nunca poderá abrigar-se da chuva, dentro de uma casa.

 

 

 

A Lenda do Caipora

O Caipora, segundo o que lembro, é o protetor das matas (?)... Gosta de fazer as pessoas ficarem perdidas e não acertarem o caminho de volta.

 

 

 

 

 

 

POEMA REFLEXIVO – VER DELMA NA PUBLICAÇÃO EM PORTUGAL

A MARÉ

 

A

MAR

MARÉ

AMAR É

SENTIR O OUTRO

COMO MAR E MARÉ

TODO E PARTE.

Uesb, 17 de julho de 1991, às 20:40 horas

 

 

 

 CONTO

A morte do universo

 

Aquele coelho sempre viveu sossegado naquela chácara abandonada. Nada perturbava seu sossego e aquele descanso só era perturbado quando algum gavião ou cobra soltava seus gritos alvoraçados - coisa que ele temia muito. Mas naquela manhã parecia que o mundo estava acabando. Aquele barulho ensurdecedor quase estouravam-lhe os tímpanos. Nunca ouvira nada igual em toda a sua vida de coelho aposentado. Reuniu suas últimas forças e tentou fugir. Não pôde. Antes de poder sair da toca, aquele monstro raspou-lhe a pele da cabeça que, por muita sorte não foi arrancada também. Encolheu-se dentro da toca e ficou paralisado com aquele barulho infernal que lhe deixava quase doido.

Não houve salvação para aquele pobre coitado assustado que morreu sem saber que aquele monstro que lhe tirou a vida cruelmente era, nada mais nada menos, que uma fabricação guiada pelo mesmo (e mais cruel e mais desumano  dos animais): o homem que, na ânsia de Crescer mais e mais, ignora que esteja derrubando os que lhe cercam.

Jequié, 26 de junho de 1984

 

 

 

 

 

 

CONTO

A nova macaca

Dois grandes amigos, macacos, é claro, se encontraram na mata, local onde habitavam.

- Olá, amigo rabudo!

- Olá!

- De onde vens tu?

- Da mata vizinha... estava fazendo uma visita a uma nova macaca que chegou com sua família e está morando a uns dois quilômetros daqui.

- E como é ela?

- É uma macaca diferente, linda, calma...

- Puxa vida! Apresente-me esta macaca...

- Não posso!

- Por que?

- Porque ela não existe...

- Não? E como você foi visitá-la?

- Foi somente em sonho. Eu imaginei que existia uma macaca linda, mas tudo não passou de sonho...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CONTO

A raposa

Certa vez, uma raposa velha, desdentada e sem pelo tentou ludibriar sua amiga jovem, sadia, peluda, forte, com a dentição excelente e, além de tudo, bastante inteligente. O plano era o seguinte: “Como eu moro perto do rio e mais abaixo existe um despenhadeiro, e como minha amiga vem todos os dias saborear suas caças em cima do despenhadeiro, e como ela só me dá restos, e como não gosto de restos, vou derrubá-la na primeira chance que eu tiver para tal, comerei a caça que ela trouxer e jogarei os restos para ela comer. Assim, a raposa velha pôs seu plano em ação. Quando sua amiga chegou e sentou-se na ponta do despenhadeiro para, pacientemente, comer sua caça, a raposa velha chegou-se de mansinho e deu tamanho empurrão na pobre coitada, que ela não teve tempo nem de gritar por socorro. Procurou logo pegar a caça e começou a devorar, sossegadamente, jogando para baixo os restos. Mas sua alegria não durou muito tempo: recebeu tamanho chute nas costas que caiu despenhadeiro abaixo sem poder gritar nada. Sabe quem deu o chute? Sua maior amiga que, na queda, conseguiu segurar-se num galho e salvar-se da morte certa, e voltar para vingar-se...

 

 

 

CONTO

A Raposa

 

Conheço uma raposa muito vagabunda e sem vergonha. Não faz nada em casa e, sempre que pode, atrapalha os outros. Certa vez chegou-se para perto de um rancho de um tal senhor Zino. Chegou-se assustada, com cautela, para não ser vista por ninguém. Não conhecia o dono do rancho, tampouco o rancho.

Procurou, em primeiro lugar, entrar no galinheiro, para tentar pegar seu almoço predileto: galinha. Estava tão esfomeada que não importou-se com o barulho dos humanos que vinham em direção ao galinheiro. Pulou sobre a primeira galinha que lhe apareceu pela frente. A pobre ave não teve tempo nem para soltar um último có (voz de galinha).

A raposa estava terminando de refestelar-se com aquela galinha gorda, quando recebeu duas balas trinta e oito na nuca. Caiu, sem perceber que aquele tinha sido o seu último prato de galinha; tampouco ouviu os demais tiros, nem quando tiraram-lhe o couto; nem quando comeram-lhe as carnes...

Estava morta a inimiga dos fazendeiros que criavam galinhas.

 

 

 

 

 

CONTO

A surpresa

O garoto chegou em casa com um pacote enorme, todo forrado com papel de presente. O que será?

Sua irmã foi encontrá-lo na porta, tentando por o embrulho dentro de casa. Depois de muita luta, colocaram-no dentro de casa e começaram a trabalhar duro para desenrolar o enorme presente. Ficaram umas duas horas desenrolando aquela papelada, que não tinha mais fim, e quase desistiram de continuar... Daí, encontraram uma caixinha bem pequena, dentro daquela papelada, com a seguinte inscrição: Enfim, pegamos outro boboca!

 

 

 

 

 

 

A tartaruga

 

Vou falar um pouco sobre esta preguiçosa criatura. É um animal que somente a muito custo move-se de um lugar para outro. Vive no mar ou na terra e é tão lenta que dá para capturar tantas quantas estiverem passeando pela praia ou pela terra. Quando estão para por seus ovos, vão para uma praia, onde cavam um buraco e ali depositam seus ovos. Depois disto, voltam para o mar e recomeçam sua vida normal. Quando os ovos estão chocos e que as tartaruguinhas saem, procuram caminhar à toda velocidade para o mar. Mas, antes que consigam seu intento, muitas delas morrem nas garras do predador. E mesmo depois de chegarem ao mar não estão a salvo ainda, porque muitos peixes comem elas, que nada podem fazer para se defender.

A velhice

A velhice, hoje em dia - e durante todos os anos já transcorridos na história - sempre foi um problema que ninguém quis enfrentar. Este problema só existe nas cabeças preconceituosas de pessoas menos desenvolvidas intelectual e espiritualmente. Cabe a cada um de nós enfrentar isto de frente, para não corrermos o risco de um dia eliminarmos a raça humana da face da terra. Se não tomarmos providências urgentemente, iremos desembocar num futuro incerto quanto ao desenvolvimento e certo quanto ao desequilíbrio da vida e da moral...

Ser velho, idoso, em muitos países atrasados culturalmente como é o caso do Brasil (sendo que no interior, a situação é mais complicada), é assinar o atestado de isolamento e de inutilidade; é requerer o abandono da sociedade e sobretudo dos entes queridos; é ser obrigado a não viver; é ser obrigado a vegetar. Ser idoso no Brasil, muitas vezes é confundido com ser ‘caduco’ (como a Constituição Federal de 1988), ser ultrapassado, ser atrasado, estar ligado ao que é de mais arcaico e antigo que existe, quando, na maioria das vezes, ser idoso é ser experiente, ter currículo repleto de fatos e atos merecedores de aplausos, é ter prática de vida democrática nas idéias e nas atitudes, é ter a coragem de lutar por um Brasil diferente, um Brasil no qual as diferenças entre as pessoas não sejam mais do que nomes diferentes... Com uma sociedade tão conservadora - como a sociedade brasileira é ou é levada a ser - o que vale mesmo é o poder econômico e as influências políticas entre aqueles que só querem perpetuarem-se no poder; é deixar de lado toda e qualquer mudança que vise moralizar este país que está atolado na incompetência e na irresponsabilidade. Todos, indistintamente, desejam sugar um pouco ou receber um pedaço deste enorme país que os poderosos juram ‘um dia’ lotear e dividir com seus apadrinhados.

Nesta hora em que todos desejam uma mudança radical - ou pelo menos parcial - na estrutura burocrática e governamental brasileira, o que ma s se pode fazer senão lutar com todas s forças para que este desejo se concretize? E somente com muita experiência, muita garra, muita sabedoria e muita capacidade, poderemos concretizar aquilo que será como que o grito de liberdade sufocado por durante trinta anos. E a pessoa que, neste momento, aglutina todas estas características, a pessoa que reúne toda a energia represada durante uma vida inteira; a pessoa que sempre foi a caixa de ressonância dos gritos e gemidos do povo; a pessoa que foi a vanguarda, contra a opressão e a ditadura, foi e sempre será o candidato do PMDB à Presidência da República. Então, o que é que você está esperando para mudar o Brasil, para por ordem na casa, para moralizar este país que está atolado até o pescoço na imundície da corrupção e da politiquice?

Somente as pessoas sem coração, somente as pessoas que não sabem o valor da palavra fidelidade e amor, podem pensar em colocar em asilos aqueles que durante toda a vida dedicaram sua vida na luta para manter a família unida e protegida de ataques exteriores. Não pense que mandando seu pai ou sua mãe para um asilo destinado aos “velhos” irá fazer com que eles se sintam diminuídos. Mas, certamente, você se arrependerá muito de não ter reconhecido os benefícios recebidos. Não abandone quem sempre esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis. Ou você deseja que, futuramente, seus filhos também te coloque num asilo?

18 de outubro de 1989, às 21:32 horas

HOMENAGEM

A você (Professora Ednalva)

 

Sei que és humana...

                               cheia de qualidades...

                               possuidora de beleza interior...

                               portadora do vírus da imperfeição...

 

Sei que lutas por um estágio superior de vida...

                               por transformar este mundo num melhor...

                               para transmitir bem o bem...

                               com consciência e responsabilidade...

 

Desejo que possas sempre servir de espelho...

                               tenhas energia para lutar infinitamente...

                               tudo em tua vida te permita crescer...

                               sejas sempre feliz e que faças feliz aos circundantes...

 

Talvez eu não tenha sabido

aproveitar-me inteligentemente

de tudo o que me foi ofertado por você.

Mas sei que minha bagagem

sei muito maior após este breve pouso que fiz aqui...

 

UESB, de julho de 1991, às 18:45 horas

 

 

AMOR

 

ABANDONO

MORTE   TRISTEZA   SOLIDÃO   ANGÚSTIA   MELANCOLIA   SAUDADE   BANZO   TÉDIO

 

AMOR   ALEGRIA   COMPANHIA   VIDA   MOVIMENTO   FELICIDADE   CARINHO   SURPRESA   PAZ

 

AMO   ALEGRE   VIDA   FELIZ   PAZ

 

PROCURO   ALGUÉM   QUE   POSSA   ME   FAZER   COMPANHIA,   SURPREENDER-ME,    ME    DAR    PAZ,   ME    DAR    CARINHO,   ACEITAR    O MEU    AMOR...

 

1994

 

 

 

 

 

 

 

AMOR

 

Adeus eterno

(Projeto Madio Editora)

 

Camisa e calça

Preta e branca

Marcou, não foi

Esperei, não chegou

Vinte horas em ponto

Mas no ponto: ninguém...

Frustrou-se e a alguém

Mas não sentiu a perda

Não provou o pecado

Nem sentiu o prazer

Você perdeu e eu também

Não poderemos repor

Jamais teremos outra chance

Pra apagar este fogo.

Coffee Shopp do Itajubá Hotel, 29 de dezembro de 1991, 20:00 horas

 

 

 

 

 

 

 

FRASE SOLTA

 

 

AECOLOGIA

Se a gente não se ‘RAONI’ a gente se ‘STING’.

Camisa de desconhecido, Pelô, 13.07.93.

 

 

 

 

 

 

 

CRÔNICA CARTA

Amigo,

Quando tu estavas triste, te consolei; quando estavas melancólico, te afaguei, quando estavas triste, te alegrei; quando estavas cansado e sonolento, te acariciei e te acalentei.

Com toda a minha compreensão, procurei entender teus atos e teus maltratos para comigo. Te aceitei, te suportei, te amei e aprendi que não importa as diferenças entre duas pessoas que se amam.

Te dei carinho e recebi empurrões; te dei amor e recebi desprezo; te dei conforto e recebi nada em troca...

Sei que quem ama não espera recompensa. Mas queria apenas que você me desse atenção. Que visse em mim um ser frágil e carente de afeto e não só um refúgio aos brutos quando estes se encontram sozinhos; quis apenas que me agradecesse, pelo menos, por viver para você.

Repare um pouco ao seu redor e tente perceber quanta coisa de bom existe, tudo plantado por mim; tente não machucar a próxima flor que encontrar. Ele pode ser mais sensível que eu e sofrer demais...

De Marivete para alguém.

 

Autoria: Valdeck Almeida de Jesus, 1º de abril de 1989

 

 

 

 

 

 

REFLEXÃO

Angústia

 

Agora estou só

Trancado no quarto

E sozinho no mundo.

Tomo cerveja

Converso com amigos

Passeio pela cidade

Leio livros e jornais

Faço trabalhos escolares

Me ‘divirto’ bastante

Mas estou só.

Tenho tudo

Sou um homem

Não passo fome

Posso tomar banho

Sei ler e escrever

Tenho roupas

Tenho um emprego

Tenho colegas e amigos

Tenho saúde

Viajo por curtição

Tenho meu quarto

Tenho tudo o que quero

Mas sofro calado

E sofro sozinho

Num canto qualquer

Sonhando com o amor

Te amando no sonho

Te tendo no etéreo

E sofrendo a angústia

De não ter você

Me amando aqui.

Meu quarto, 11 de maio de 1991, às 19:20 horas.

 

 

 

 

 

 

REFLEXÃO

Apodreço no fim do país

(Projeto Madio Editora)

 

Apodreço no fim do país

Me despedaço por brocos lugares

Quando posso voar mais alto

E alcançar a felicidade humana.

 

Percebo tudo isto e sofro

Feito um louco que não é louco

E ao mesmo tempo me consolo

Achando que tudo isto é normal.

 

Que seja normal ser infeliz

Ou fingir que não se quer ser feliz

Mas isto não pode ser eterno.

 

Os passos vão e os rastros ficam

Por isto não sei qual o caminho

Que estou traçando para mim.

09 de janeiro de 1992, 22:40 horas

 

 

 

 

 

 

REFLEXÃO

Aqui e agora desejo outro

(Projeto Madio Editora)

 

Outro desejo que sou eu próprio

Eu próprio querendo a mim

A mim que é outro e nada

E nada que é tudo

É tudo que é proibido

É proibido amar com verdade

Com verdade a vida é fingida

é fingida pois amo a mim

A mim eu quero mas finjo

Mas finjo pra não ser ridículo

Não ser ridículo de me revelar

Me revelar pra mim que aqui

Que aqui e agora desejo outro

Outro desejo que sou eu próprio...

Jequié, 12 de julho de 1991

 

 

 

 

REFLEXÃO

As pessoas são de nuvem

(Projeto Madio Editora)

 

De nuvem etérea e frágil

E frágil como o clarão

O clarão da vida frágil.

 

O clarão frágil e etéreo

Etéreo e frágil clarão

Some logo que sentimos

Que de nuvem elas não são.

 

Procuramos outra nuvem

Então, não achamos, não

Pois dilui-se no clarão.

 

Foge, some no etéreo

Na etérea ilusão

Então, não achamos, não.

Biblioteca Municipal de Jequié, 03 de maio de 1991, às 08:50 horas

 

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

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