AMOR
PROJETO
30 ANOS DE POESIA
O
nascimento do amor (ano de 1982).
(Publicada
no livro “Antologia literária: O Amor na Literatura”)
O
amor quando nasce no peito da gente
É
igual a uma rosa desabrochando
Em
meio a um jardim florido
Florido
e muito colorido.
É
tão lindo sentir o amor
É
tão lindo mesmo sem o ver
Ele
não se mostra para a gente
Mas
quando ele chega, quem é que não sente?
Quando
se descobre o amor
Temos
mais alegria de viver
Se
quisermos alguma morrer
Tentaremos
esta idéia esquecer.
Se
ainda não descobristes o amor
Não
sabes o que é felicidade
Ele
é a melhor coisa do mundo
Uma
coisa que vem lá do fundo.
Quando
o amor aparecer para você
Tome
cuidado, meu amigo e irmão
Porque
queremos até morrer
Quando
perdemos o dono do nosso coração.
HOMENAGEM
Aos
professores
Aos
meus professores, dedico esta canção
Aceitem
por favor, saiu do meu coração.
A
estes que engrandecem, a nossa Nação
O
15 de outubro, em comemoração.
Todos
precisam, de um professor
Desde
o mendigo, até o doutor.
Esta
classe unida, que muito nos ajuda
Merece
também, a dele, a minha e a tua ajuda.
A
todos os professores, de mudo e do Brasil
Desejo
muita saúde e felicidades mil.
Que
nunca me falte, um professor
Porque
quem leciona, tem muito valor.
Os
nossos professores, são nossos pés e nossas mãos
São
melhores que muitos pais, amigos e até irmãos.
Quem
não gosta de professor, não tem amor à vida
Porque
é esta criatura, que nos prepara para a lida.
(30
de abril de 1983).
HOMENAGEM
Minha
Bahia
(Concurso Oca das Letras)
Tu
és linda ó Bahia
No
Brasil não há igual
Nem
no norte nem no sul
Só
tu no litoral.
Nem
no Brasil nem no mundo
Melhor
que tu não há
Por
ti sinto um amor profundo
Que
nunca irá acabar.
Ó
Bahia, Ó Bahia
Bahia
do meu coração
Eu
nasci neste solo
E
cada um aqui nascer
É
teu filho e meu irmão.
Por
isso ó Bahia
Se
eu morrer fora daqui
Quero
que me tragam
Para
pertinho de ti.
(ano
de 1982).
HOMENAGEM
Bahia
(30 de abril de 1983).
A
Bahia é um Estado
Pedacinho
do Brasil
Gosto
muito desta terra
Do
céu da cor de anil.
Amo
muito este terreno
Parte
de um grande país
Foi
aqui que eu nasci
Aqui
tenho minha raiz.
Falar
bem da minha terra
É
o meu objetivo
Engrandecerei-te
Bahia
Enquanto
eu estiver vivo.
Lutarei
por ti Bahia
Direta
ou indiretamente
Defenderei-te
sempre
Só
assim ficarei contente.
Incentivo
aos conterrâneos
A
te amar muito mais
Que
morram por ti Bahia
Que
te amem muito mais.
HOMENAGEM
Jequié
(Concurso Oca das Letras)
Jequié
minha cidade
Cidade
onde eu nasci
Jequié
minha cidade
Cidade
onde eu cresci.
Cidade
não muito grande
No
interior da Bahia
Cidade
de grandes encantos
Cheia
de amor, paz e harmonia.
Jequié
cidade linda
A
mais linda do Brasil
Quem
fala mal da cidade
É
porque nunca a viu.
Jequié
"Cidade Sol"
Mais
quente talvez não há
Por
ti sinto um amor tão quente
Acho
que vai me queimar.
Jequié
minha cidade
Pedacinho
da Bahia
Quando
eu morrer para cá eu venho
Completar
minha alegria.
Jequié
minha cidade
Cidade
onde cresci
Após
morrer será escrito
Que
foi aqui que vivi.
(20
de dezembro de 1982).
HOMENAGEM
Brasil
(Concurso Oca das Letras)
A
vinte e dois de abril
De
mil e quinhentos o ano
O
Brasil foi descoberto
Esta
terra que tanto amo.
Foi
Pedro Álvares Cabral
Português
quem descobriu
A
Ilha de Vera Cruz
Que
depois se chamou Brasil.
A
primeira parte avistada
Foi
o nosso Monte Pascoal
Pela
esquadra portuguesa
De
Pedro Álvares Cabral.
Meu
Brasil tu és mui grande
Mas
cabe no meu coração
Quando
eu morrer, por favor,
Quero
ficar neste chão.
(01
de maio de 1983).
AMOR
Amor
(Publicada
no livro “Antologia literária: O Amor na Literatura”)
Quando
olho o céu e vejo as estrelas
Dá-me
vontade de um dia voar
Pegar
uma delas e por no teu peito
Para
com ela teu coração se abrasar.
Teu
amor nasceria então
Com
o calor da estrela a queimar
E
eu correria e em teus braços
Iria
ligeiro me aconchegar.
Mas
como isto não posso fazer
Não
posso te obrigar a me amar
Curto
calado a minha paixão
Esperando
o amor eu teu peito chegar.
Penso
às vezes que és insensível
Que
nunca teve nem nunca terás
Um
sentimento tão bom e gostoso
Que
é o sentimento que serve pra amar.
(12
de maio de 1983).
AMOR
Amor
à primeira vista
Conheci-te
no ginásio e logo gostei
Quando
te vi, logo te amei.
Não
me aproximei, com medo de ser recusado.
Mas
agora vou pertinho, sei que também sou amado.
Neste
mundo maldito, coisa boa não há.
Só
há uma menina, que amo e irei amar.
Jesônia
meu amor, vem logo aqui.
Não
fuja de mim, eu quero somente a ti.
Meu
amor e meu bem, razão de viver.
Não
morra e me deixe, amar-te até morrer.
(27
de março de 1983).
AMOR
Poesia
para Maria Helena (15 de fevereiro de 1983).
Maria
Helena é tão linda, parece um jasmim.
Espero
algum dia, dizer ao padre: sim!
Os
olhos são lindos, encantou a mim.
Quero
enxergá-los, até o meu fim.
Os
lábios rosados me cativam sim.
Quero
beijá-los, num beijo sem fim.
As
mãos delicadas são bem feitinhas.
Quero
apertá-las, junto às minhas.
Seus
pezinhos lindos são tão delicados.
São
lindos e belos, com ou sem calçados.
Seu
rosto moreno, eu quero beijar.
Seu
corpo suado quero afagar.
Maria
Helena quero te namorar.
Quero
te noivar, depois me casar.
Viver
não aguento, nem mais um segundo.
Quero
ir embora, deste feio mundo.
Amo
uma menina, que é Maria Helena.
Vou
embora e vou deixá-la, oh, que pena.
Quando
penso nela, meu peito vai doer.
Não
quero ir embora, não quero morrer.
HOMENAGEM - MÃE
PROJETO
30 ANOS DE POESIA
Minha
Mãe
Minha
mãe criatura divina
Corpo
de mulher, coração de menina
Mulher
que ama, brinca e ensina
Menina
que ri, chora e ilumina.
Ilumina
o filho amado
Não
o deixa sofrer
Tem
sempre cuidado
Não
o deixa morrer.
Sofre
muito, se tortura
Para
ao filho proteger
Se
tem doença, ela cura
Se
não tem, não deixa ter.
Dá
a vida pelos filhos
Entrega-se
para morrer
Se
souber que este gesto
Fará
o filho viver.
(fevereiro
de 1983).
HOMENAGEM
Papai
Papai
hoje é teu dia
Em
meu coração se irradia
Muito
amor e alegria.
A
ti ó meu papai
Dôo
o meu coração
Tu
mereces muito mais
Muito
mais que esta canção.
Tu
mereces muito amor
Um
amor maior que o mundo
Tu
vais morar e meu peito
No
coração, bem no fundo.
Papai,
tu és a razão do meu viver
Sou
teu filho querido
Tu
és meu amigo predileto
Quero
viver a ti unido.
(30
de abril de 1983).
HOMENAGEM
Papai
(02 de maio de 1983).
Papaizinho,
meu queridinho
Meu
amor, meu coração
Hoje
é teu dia papai
E
festejo com muita emoção.
Eu
não tenho você aqui
Para
neste dia te abraçar
Porque
você está no céu
E
não pode vir mais pra cá.
No
dia oito de agosto
Eu
não posso ter você aqui
Bem
juntinho ao meu peito
E
eu abraçado a ti.
Como
eu, que não tem pai
Tem
milhares de crianças
Que
no dia do papai
Só
tem um na sua lembrança.
Meu
querido, meu papai
Meu
amor do coração
Mesmo
sem ter você aqui
Te
amo, meu grande amigão.
Minha
vida
Minha
vida é tão feia, tão triste e ruim
Eu
não aguento mais viver assim
Quero
morrer, a morte foge de mim
Clamo
por ela, nunca chega o meu fim.
Já
tentei me matar, mas não morri
Bebi
veneno, e não sucumbi
Quando
estou doente, dou graças a Deus
Para
sair deste mundo, que não é meu.
Tenho
medo é da dor, que sei, sentirei
Na
hora da morte, mas cantarei
No
quero saber, o que vou sentir
Na
hora da morte, eu vou é sorrir.
Não
quero viver, viver eu não quero
Quero
ir morar, em um cemitério
Debaixo
da terra, eu quero ficar
Sete
palmos em cima, para me sufocar.
(15
de fevereiro de 1983).
HOMENAGEM
CEMS
(30 de abril de 1983).
O
objetivo do colégio
É
o estudo levar
A
todos que com amor
Ali
quiser estudar
O
diretor deste centro
Quer
a todo estudante falar
"estude
meu caro jovem
você
só tem a ganhar".
A
nossa coordenadora
Quer
muito nos incentivar
Para
que não percamos a vontade
De
muito e muito estudar.
Se
tu queres estudar
Para
na vida vencer
Venha
ao colégio meu amigo
E
estude para valer.
Se
tu queres ir ao colégio
A
não ser para estudar
Desista
antes que chegue
Porque
lá não pode entrar.
Árvore
À
árvore que um dia foi semente
E
hoje me serve de leito, dedico este poema.
Árvore,
oh grande árvore
Que
tua sombra nos dá
Não
quero que te derrubem
Só
quero te ajudar.
Um
dia era uma semente
Em
árvore se transformou
Cresceu
e se encheu de galhos
E
mais sementes gerou.
Você
deu frutos e deu flores
Deu
sombra a muitos amores
Em
tuas folhas se viu cores
Muito
verde, lindas cores.
Você
que dá oxigênio
Para
todos respirar
Dá
também tua madeira
E
fruta para alimentar.
Sofre
muito e é cortada
Para
em cama se transformar
Para
agasalhar o homem
Que
só quer te torturar.
(30
de abril de 1983).
HOMENAGEM
São
João
Oh
quão alegre que fico
Quando
chega o São João
Festa
de milho e canjica
E
também do bom quentão.
Muitas
fogueiras nas ruas
E
também muito balão
E
o grito da moçada
"Viva,
viva São João".
Tem
quadrilha e tem festança
Milho
verde e licor
Tem
muita dança na rua
E
também tem muito amor.
Tem
pamonha, tira-gosto
Bomba
e muito foguetão
E
todo mundo gritando
"Viva,
viva São João".
Tem
forró, tem milho verde
Brincadeira,
animação
Oh
quão alegre que fico
Quando
chega o São João.
Quando
acaba fico triste
Ai
que dor no coração
Tenho
que esperar um ano
Pra
ver de novo o São João.
(02
de maio de 1983).
HOMENAGEM
Índio
Brasileiro
(30 de abril de 1983).
Ao
nosso índio querido
Vamos
homenagear
Dezenove
de abril
Sem
dia vamos festejar.
Primitivo
dono da terra
Dono
deste grande país
Mas
que agora não tem nada
Este
grande infeliz.
Seus
costumes nós herdamos
Sua
cultura também
O
Brasil é só do índio
Do
índio e de mais ninguém.
Devemos
muito ao índio
Este
pobre injustiçado
Que
só em dezenove de abril
Este
coitado é lembrado.
Devemos
agradecê-lo
Por
não lutar contra nós
Pois
o Brasil lhe foi tomado
E
não lhe deram nem uma noz.
HOMENAGEM
Ao
Negro
(02 de maio de 1983).
Ao
nosso irmão africano
Que
já foi escravizado um dia
Até
que ganhou por si
sua própria alforria
Aqui
vai esta canção
Completar
sua alegria.
HOMENAGEM
Soldado
(02 de maio de 1983).
Demos
viva a este homem
A
este grande defensor
Que
luta pela sua pátria
Com
muita garra e amor.
Demos
viva a este homem
Que
luta pela nação
Que
dá a vida à sorte
Pra
defender seu irmão.
Este
homem é o soldado
Que
nasceu para lutar
Pra
defender sua pátria
E
em muitas guerras lutar.
O
objetivo deste homem
É
defender seu país
É
lutar pela ordem e paz
De
um imenso país.
Por
isso viva o soldado
O
tenente o general...
Que
nos defendem na guerra
E
que nos livram do mal.
HOMENAGEM
Santos
Dummont
(02 de maio de 1983).
Depois
de várias experiências
O
"Pai da Aviação"
Conseguiu
com um aeroplano
Elevar-se
do chão.
Brasileiro
nascido em Minas
Sempre
sonhou em voar
Como
os pássaros que no céu
Ele
via a planar.
Com
balões aerostáticos
Muito
mais leves que o ar
Conseguiu
muitas ascensões
Mas
não parou de sonhar.
Foi
no seu "14 BIS"
Que
sessenta metros voou
Para
glória do Brasil
Este
êxito ele alcançou.
De
desgosto ele morreu
Ao
ver sua grande invenção
Sendo
usada em guerra
Pra
fazer destruição.
HOMENAGEM
Tiradentes
(02 de maio de 1983).
Foi
em 1746
Na
Fazenda do Pombal
Que
nasceu Joaquim José
Nosso
mártir sem igual.
Lutou
pela independência
Este
grande mineiro
Lutou
sem cobrar de ninguém
Um
centavo em dinheiro.
Na
bandeira inconfidente
Triângulo
vermelho sobre fundo branco
"Libertas Quae Sera Tamem"
(Liberdade
ainda que tardia)
foi
como uma profecia
30
anos logo após
a
morte de nosso herói
Nos
separamos da monarquia.
Em
1792 ele morreu
Oh
nosso herói Tiradentes
Mas
continuas no coração
Deste
povo, desta gente.
HOMENAGEM
Jequié
(Acaipirada)
Eu
moro em Jequié
A
cidade da quentura
Nunca
vi eu outro canto
Este
calor de fervura
Só
aqui em Jequié
Acha-se
calor de fartura.
O
sol aqui é tão quente
Que
dá até empolação
Só
mora nesta cidade
Quem
tem um bom coração
Prefere
morrer queimado
Que
separar-se do torrão.
A
quentura na cidade
Sempre
foi exagerada
Quando
chega a 30 graus
Alegra-se
a rapaziada
Pra
se queimar pelas praias
Dessa
cidade assolada.
Trinta
graus se acham bom
Tá
normal e tem frescura
Ventos
sopram pelas ruas
Amaina
mais a quentura
Que
dá até para cozinhar
No
asfalto a verdura.
Com
essa falta de chuva
Não
sei se vamos aguentar
Esse
sol que não tem pena
Da
nossa pela queimar
Esse
sol que assa tudo
Como
nós vamos aguentar?
Se
ao menos tivesse água
Mesmo
morna meu irmão
Nós
ainda aguentávamos
Mesmo
contra o coração
Esse
sol que quer queimar
Essa
gente sem proteção.
Só
Deus para proteger
Todo
mundo do calor
Só
mesmo o nosso Pai
Com
o Seu divino amor
Pode
acalmar esse sol
Esse
sol de muito ardor.
Se
não tivermos fé em Deus
Se
não fizermos oração
Para
que Deus nos proteja
Com
Sua poderosa mão
Vamos
é morrer queimados
E
não teremos salvação.
Vamos
todos pedir a Deus
Para
que o calor diminua
Para
que chova mais um pouco
Nesta
ou na outra lua
Senão
estamos perdidos
Estamos
no meio da rua.
Vamos
rogar ao Senhor
Agora
mesmo irmão
Logo,
logo cai a chuva
Depois
da seca no sertão
E
as novas plantações
Com
água e adubação
Quando
se plantar, darão.
(24
de fevereiro de 1984).
Mulher
(Publicada
no livro “Antologia literária: O Amor na Literatura”)
Quando
você anda e mexe com as nádegas
Meu
coração começa a bater
Algo
em mim cresce e levanta
É
o meu coração que quer aparecer.
Teu
corpo bem feito visto por mim
Faz-me
saltitar e até enlouquecer
Eu
fico atrapalhado e também
Não
sei, não sei, não sei o que fazer.
As
tuas curvas que são mui suaves
Enchem
meus olhos, eu as quero ver
Até
tuas curvas oh! Linda mulher
Fez
meu coração disparar e crescer.
Não
sei o que faço e o que faria
Se
neste mundo mulher acabasse
Acho
que morto eu já estaria
Antes
que o fim deste mundo chegasse.
(12
de maio de 1983).
REFLEXÃO
Ontem,
Hoje, Amanhã
“Ontem”
foi o dia que passou, que já foi “amanhã” e também já foi “hoje”.
“Hoje”
já foi “amanhã” e, “amanha”, será “ontem”.
“Ontem”
foi “hoje”, ontem. E “amanha” será anteontem.
“Hoje”
foi “amanhã” ontem e será “ontem”, amanhã.
“Amanhã”
é “amanhã”, hoje. E será “ontem”, depois de amanhã.
(ano
de 1984).
REFLEXÃO
Jardim
dos “Descasados”
Casei-me
aos vinte anos
Com
a mulher que sempre amei
Esperava
ficar uns dez anos
Mas
no quinto me separei
Fui
passear com uma amiga
No
jardim dos namorados
E
não namorei ninguém
E
fiquei foi descasado.
Ela
pediu o desquite
Mas
eu não queria dar
Ela
foi lá à justiça
Para
o doutor nos separar.
Foi
por causa de um passeio
Com
uma amiga no jardim
Que
agora estou desquitado
E
num soluço sem fim.
(ano
de 1982).
REFLEXÃO
Morada
perto de um rio
Eu
morava perto de um rio
Numa
pequena casa
De
palha e de pau-a-pique
Que
pertencia ao meu tio.
Um
dia choveu forte
E
o rio começou a jogar
Água
dentro de casa
E
eu comecei a gritar.
Gritei
por socorro
Mas
de nada valeu
Porque
ninguém me ouvia
Só
quem ouvia era eu.
Logo
chegou o meu tio
Com
a roupa toda molhada
Roupa
ou pedaços
Porque
estava rasgada.
Entramos
na casa
Para
pegar a bagana
E
saímos sem rumo
E
nunca mais voltamos
Para
aquela cabana.
(ano
de 1982).
IRÔNICA
Amor
de louco
Numa
linda manhã de sol
Quando
a lua despontava seus raios
Sobre
a terra abrasada e triste
Eu
cheguei para você e disse: te amo!
Mas
não obtive resposta de tua boca
Tua
boca que tem sabor de... mel.
Que
adoça, me roça, me coça e que
Amarga
em meu peito igual fel.
Espero
muito que tua boca diga
Pelo
menos uma sílaba só
Por
favor, de mim tenha dó
E
diz que me ama, meu amor.
Amar
é tão fácil e feliz
E
quem ama uma loucura e que
É
louco pela louca do amor
Que
nos faz enlouquecer e esquecer.
Pra
amar a loucura e doidice
Só
teremos que ser loucos também
Pois
os loucos se amam à louca
Mas
não amam nem querem ninguém.
Se
você está lendo este amor
E
ainda não desistiu
Ou
é louco varrido ou então
Está
louco pelo amor que não viu.
A
loucura atinge a mim
A
você e a ele também
Se
não fosse assim eu diria
Quero
amar o amor de meu bem.
Pra
ser louco só basta uma coisa
É
amar a quem não nos quer
Ou
querer a quem não nos ama
É
não crer no amor, não ter fé.
(12
de março de 1984).
IRÔNICA
O
Pingueiro
O
homem que bebe muito
Não
tem vergonha na cara
Ou
é doido ou sem moral
Quando
bebe e nunca pára.
Chega
ao bar e pede "uma"
Bebe
sem fazer careta
Não
tem grana para pagar
E
apanha na cara igual besta.
Chega
à venda, "enche a cara"
Fica
bêbado até cair
Gasta
o dinheiro que tem
Fica
duro até falir.
Enche
a cara de cachaça
Fica
fraco e cai no chão
Não
levanta nunca mais
A
não ser para o caixão.
O
homem que se embriaga
Duas
coisas podem ser
Não
tem vergonha na cara
Ou
está querendo morrer.
Na
vida de uma pessoa
Duas
desgraças podem existir
Não
ter dinheiro no bolso
Ou
beber até cair.
Quando
começa a inchar
Já
está perto de morrer
E
para a cova do defunto
Já
está perto de descer.
A
cachaça leva gente
Ao
cemitério irmão meu
Cuidado,
não se exceda.
Pois
quem assim fez, morreu.
Não
beba nunca a cachaça
Porque
ela não presta não
Só
quem bebe é vagabundo
Sem-vergonha
ou ladrão.
(29
de dezembro de 1983).
AMOR
Minha
flor
Minha
amiga e colega
Irmã,
mãe e amor
Você
é mais linda que uma rosa
Mais
linda que a mais linda flor.
Só
em olhar para você
Sinto
um grande calor
Invadindo
o meu corpo
Acho
que é o amor.
Penso
em você noites e dias
Eu
jamais te esquecerei
Acho
até minha querida
Que
será a única que amei.
Amei
e ainda amo
Minha
querida, meu amor
Quero
você e desejo muito
Ter
você, pra sempre, minha flor.
(16
de janeiro de 1984).
HOMENAGEM
Minha
escolha
(06 de dezembro de 1983)
Antes
muita indecisão
Acerca
do meu futuro
Passava
por minha cabeça
No
claro ou no escuro.
Eu
dizia serei médico
Já
escolhi minha profissão
Mas
logo depois meu amigo
Dominava-me
a indecisão.
Ficava
indeciso em tudo
Mas
tinha preocupação
Sempre,
sempre em escolher
Uma
boa profissão.
Eu
queria ser advogado
Para
as causas defender
Mas
ficava indeciso
E
não mais queria ser.
Muitas
vezes eu pensei
Sobre
uma profissão
Mas
na hora da escolha
Me
assaltava a indecisão.
Mas
agora eu já escolhi
Minha
futura profissão
Jornalista
ou escritor
Acabou-se
a indecisão.
Só
agora descobri
Que
gosto muito de ler
Fazer
poesia e declamar
E
também de escrever.
Gosto
muito de estudar
Lidar
com livros e jornais
Quero
sempre estar com eles
E
quero sempre ler mais.
Eu
gosto de criticar
Dar
opiniões em jornais
Pois
as críticas construtivas
Elevam-nos
muito mais.
Aqui
findo esta poesia
Disse
o que queria dizer
Agradeço
a atenção
Muito
obrigado por ler.
HOMENAGEM
O
pai
O
pai é a figura forte e marcante da família. É ele quem defende, alimenta, ama,
ajuda, ampara, protege e segura a família que constituiu. É ele que quando
chega cansado do trabalho, exausto, deprimido, acabado, preocupado, ainda tem
ânimo e amor para dedicar e carinho para dar à família que o aguarda ansiosa. É
ele quem faz falta quando se ausenta do seio familiar, por motivo de trabalho
ou outro motivo qualquer. É ele o chefe, o guia, o cabeça, o maior, o Rei da
família. Por isto, aqui escrevo umas pequenas estrofes em homenagem a este
Herói do Lar.
HOMENAGEM
Pai
Somente
você que chamo quando estou na angústia
Por
favor, me ajude. Preciso de você.
Pai,
fique ao meu lado, venha
Eu
te amo, ame a mim também.
Eu
sei que você já não tem pai
Eu
sei que teu pai há muito viajou
Eu
sei que você sofre por isto
Ma
sei também que você é alegre
Sim,
alegre por ter um filho para dedicar
Para
dedicar a você o amor
Que
talvez você não tenha recebido
Do
teu próprio pai.
Sei
também que você louva a Deus por ser
Amado
por um filho
Pois
você sabe o que é amor,
Pois
você também ama.
(30
de abril de 1983).
DIA A DIA
Meu
emprego como balconista
Dia
dezenove de dezembro
Eu
comecei a trabalhar
Em
um barzinho de esquina
Para
o dinheiro ganhar.
Eu
estava sem emprego
Mas
consegui me empregar
Eu
vendia confecções
Mas
deixei isto pra lá.
Ganho
seis mil por semana
E
vinte e quatro por mês
E
com quarenta e quatro dias
Eu
já terei trinta e seis.
Eu
trabalho de balconista
No
acima citado bar
Despacho
um, despacho outro
Não
sai ninguém sem comprar.
Lavo
copo e prato sujo
Varro
a sujeira do chão
Fervo
leite, coo café
Passo
manteiga no pão.
Sirvo
pinga, cafezinho
Tira-gosto
e requeijão
Bolo,
bala e ovo cozido
Arroz
a quilo e feijão.
Vendo
sandália, ovo, açúcar
Queijo,
água sanitária, sabão
Cachaça
em litro ou garrafa
Cinto,
esponja e garrafão.
Pilha,
veneno, óleo de soja,
Cominho,
corante e sal
Leite
em pó, comprimidos
Vela
de cera e nescau.
Vendo
caneta, linha, lâmpada,
Jurubeba
e sonrisal,
Anador,
bolacha, pão,
Maisena,
chupeta, melhoral.
Não
vou mais falar o que vendo
Porque
senão meu irmão
Eu
vou escrever demais
E
vou cansar minha mão.
Agora
vou te falar
A
raiva que eu passo aqui
Quando
chega vagabundos
E
não mais querem sair.
Pede
"uma" e pede "outra"
Enchem
a cara até cair
Abusa
e enche o saco
Antes
mesmo de sair.
Quando
pagam, ainda aguento
Mas
quando não, meu irmão
Dá
vontade de bater neles
E
jogá-los pelo chão.
Quando
bebem e logo saem
Posso
até agradecer
Mas
quando ficham enchendo
Dá
vontade de morrer.
Fiado,
não vendo nunca
Só
com ordem do patrão
Que
por sinal, meu amigo
É
meu legítimo irmão.
(30
de dezembro de 1983).
DIA A DIA
Meus
colegas
Meus
colegas deste ano
Não
estão com nada não
Fazem
bagunça e barulho
Que
louca chateação
Que
abuso e que zoada
Que
classe sem educação.
Quando
começa uma aula
Eles
querem conversar
Deixam
tudo que é caso
Para
na sala contar
Pra
deixar a professora
Sem
jeito de ensinar.
Não
estudam e fazem bagunça
Mesmo
assim querem passar
Só
pensam em ganhar pontos
E
também em bagunçar
Mas
quando é hora da prova
Pescam
até se cansar.
Alguns
ainda estudam
Mas
gostam de bagunçar
E
quando começa a aula
Querem
mesmo é conversar
Não
querem nada com aula
Não
querem mesmo estudar.
Alguns
que ficam em silêncio
Na
hora de bagunçar
Logo
vão se acostumando
E
também vão perturbar
As
aulas que outros querem
Ou
mesmo eu quero escutar.
Tem
uma turma de abusados
Que
não querem estudar
Só
querem fazer bagunça
Querem
mesmo é bagunçar
E
mesmo assim ainda querem
No
fim do ano passar.
(20
de março de 1984).
IRÔNICA
Amando
Amando
fica o dia todo
Na
sua barraquinha azul
Coitado,
não vende nada
Nem
para comprar o angu
Se
continuar assim, Amando
Não
sei que será de tu.
Fica
a filha de Amando
Pra
vender pinga e pastel
Até
meio dia fica a filha
À
tarde, Amando Pinel
Pra
vender não sei o que
Ninguém
compra, nem com mel.
Liga
o rádio e ouve música
Conversa
e joga no "bicho"
Mas
nunca ganhou uma nada
Joga
a pule dentro do lixo
Bate
papo com amigos
E
fica dentro do nicho.
Mas
o azar deixou Amando
O
seu Amando Novais
Que
vende mais do que todos
Igual
a ele não tem mais
Depois
que largou a família
Pra
morar com Satanás.
Agora
ele é tão rico
Não
sabe o que vai fazer
Pra
guardar tanto dinheiro
No
banco não vai caber
Vai
jogar metade fora
Para
tudo não perder.
Vai
agora todo dia
Para
a toca de Satã
Vai
hoje fica uma semana
Ou
volta pela manhã
Ninguém
sabe o que ele faz
Acho
que ficou tantã.
Um
dia Amando morreu
E
o corpo dele sumiu
Ninguém
sabe pra onde foi
Ninguém
sabe, ninguém viu
Acho
que Satã levou
Para
assar no seu covil.
Você
está lascado Amando
Você
vai morrer assado
Pra
pagar o que comeu
Pra
deixar de ser amado
Pelo
povo que te viu
Antigamente
lascado.
(05
de março de 1984).
ENGRAÇADA - LOUCA
Poesia
sem pé nem cabeça - I
Eu
tenho um gato
Que
parece um rato
Que
pegou o pago
Que
ficou no mato
Que
morde o fato
Do
meu carrapato
Que
não tem relato
De
como este fato
Se
deu lá no mato
Que
é insensato
Com
o aparato
De
algo de fato
Sem
força no ato
Que
matou meu gato
No
avião a jato
Seu
felino tato
Feriu
meu regato
Tirou
meu sapato
Fiquei
no retrato
Que
nunca me mato
Até
que sou grato
Pelo
seu maltrato
Como
alguém libera
Nesta
nossa era
Como
alguém que ama
Esta
minha cama
E
que não me engana
Mas
que me esgana
E
mata minha mana
Que
foi uma tirana
Que
agora é
Vistosa
mulher
Que
ninguém me quer
Nem
mesmo a granel
Alguém
não tem fé
No
bicho de pé
No
velho mané
No
irmão José
Que
diz que até
Não
diz o que é
Pois
quando disser
Tudo
vai de ré
Não
chega na Sé
Só
se você quiser
Casar
com Zezé
Que
tinha em Nazaré
Morrendo
sem mé.
(ano
de 1984).
SOCIAL
Nesta
casa
Nesta
casa meu amigo
Não
repare em nada não
Pois
aqui só tem pobreza
Fome,
peste e maldição
Só
tem uma coisa boa
Deus
no nosso coração.
Sempre
e quando nós não temos
Comida
pra alimentar
Vamos
é dormir com fome
E
assim vamos deitar
Pra
sonhar com a comida
Para
acabar de matar
Esta
fome que não deixa
Quase
ninguém levantar.
Estamos
procurando emprego
Para
a todos empregar
Mesmo
a troco de comida
Para
mais nada ganhar
Pelo
menos a fome acaba
E
deixa a gente levantar.
Nossa
comida é escassa
Para
tantas pessoas comerem
E
não sei o que faremos
Nem
o que vamos fazer
Para
alimentar tanta gente
Que
está perto de perecer.
Queremos
emprego e comida
Nós
queremos é trabalhar
Não
podemos ficar assim
Queremos
é faturar
Pra
comprar o que queremos
Pra
não pedir sem achar.
Se
você tem um emprego
E
quer a alguém empregar
Vamos
muito agradecer
Por
tudo que vão nos dar
Ajudando
a uma família
Que
não tem como pagar.
(21
de março de 1984).
ENGRAÇADA
Poesia
do ABC
A
é para arara
B
para benzer
C
para cocada
D
para dendê
E
para elefante
F
para fazer
G
para gangorra
H
para escrever, a palavra masculina homem, hora e haver
I
é para índio
J
para jogar
K
para Kubistcheck
La
para lazer
M
para madeira
N
para nenê
O
para ossada
P
para porque
Q
para queijo
R
para roer
S
para sapo
T
para trazer
U
para uva
V
para você
W
para Wilson
X
para escrever, a palavra que é xadrez, que é cadeia para prender, vagabundo
descarado, que não tem o que fazer.
Y
para yen
Z
para zabelê.
(ano
de 1984).
ENGRAÇADA
Poesia
sem pé nem cabeça - II
Eu
acho que vou fazer
Ou
preparar para comer
Um
quitute com dendê
E
dançar no retetê
Do
João Caxinguelê
Mandingueiro
Canjerê
Tio
do Saci Pererê
Irmão
do senhor Zé Telê
Onde
eu danço sem saber
Sem
ter água para beber
De
sede não vou morrer
Algo
há de aparecer
Para
se fazer lazer
Mas
só depois que correr
E
antes de se bater
No
tambor do fuzuê
Onde
tudo vai nascer
E
antes de se crescer
Vem
algo para reter
Acho
que não sei o que
Coisa
lá do ABC
Fruta
do amanhecer
Trem
que eu não posso ver
Só
depois de se ver, crê
Agora
não sei dizer
Nem
mesmo ainda sei ler
Quanto
mais para escrever
Tudo
vai aparecer
E
se vai esclarecer
Mas
só depois de viver
Para
depois eu reler
Para
lutar karatê
No
canto do Zabelê
Na
causa do sariguê
Quando
você derreter
E
o amor se desfazer
Quando
a calça eu coser
E
tu vier me trazer
Para
depois remeter
Antes
de eu devolver
Tudo
que tem pra tecer
Tudo
que há pra roer
Hoje
quando anoitecer
E
a noite aqui descer
Sobre
tudo que morder
Eu
vou morrer por você.
(ano
de 1984).
AMOR
Amor
(Publicada
no livro “Antologia literária: O Amor na Literatura”)
Mesmo
que a lua suma
E
o sol se derreter
Eu
só morro neste mundo
Se
você não me quiser.
Mesmo
que acabe tudo
E
só fique o amor
Mesmo
assim eu ficarei
Pra
te amar com muito ardor.
Mesmo
que a água se acabe
E
os rios deste mundão
Ficarei
vivo assim mesmo
Pra
te dar meu coração.
Mesmo
que a lua escureça
Nesta
terra meu amor
Ainda
assim ficarei vivo
Pra
te dar o meu calor.
Mesmo
que o sol se esquente
Para
a tudo queimar
Mesmo
assim eu viverei
Somente
para te amar.
Mesmo
que tudo se acabe
Não
me acabarei não
Porque
quero viver sempre
Dentro
do teu coração.
Mesmo
que a hora pare
No
relógio universal
Te
amarei de verdade
Eu
te livrarei do mal.
E
se tu não me quiser
Mesmo
assim te amarei
Perco
a lembrança de tudo
Mas
jamais te esquecerei.
Mesmo
que a lua suma
E
o sol se derreter
Eu
só morro neste mundo
Se
você não me querer.
(ano
de 1984).
HOMENAGEM
Regiões
brasileiras
As
regiões do Brasil
São
norte e nordeste
E
tem também meus amigos
Sul,
sudeste e centro-oeste.
A
região norte é a maior
Mas
somente em extensão
Em
águas, rios e matas
Mas
não em população.
O
grande rio Amazonas
No
Estado de mesmo nome
Quem
mora perto do mesmo
Nunca
e jamais sente fome.
Suas
matas e florestas
Com
seu verde colossal
Está
sendo devastada
Por
este homem do mal.
Compõem
essa região
Acre,
Amazonas, Pará,
Rondônia
e os Estados
De
Tocantins, Roraima e Amapá.
O
nordeste sofredor
É
a mais pobre região
A
mais seca, a mais quente
É
a terra do sertão.
Nove
Estados que formam
Esta
pobre região
Sergipe,
Bahia, Alagoas
Pernambuco,
Ceará, Maranhão
Piauí,
Rio Grande do Norte
E
o Estado da Paraíba
Território
de Fernando de Noronha
Formam
esta terra sofrida.
Nosso
rio é o São Francisco
Que
nos dá muita energia
Nossa
baía é a de Todos os Santos
No
Estado da Bahia.
Nossa
população se concentra
Nas
cidades litorâneas
Onde
há praias bonitas
Como
as belas praias baianas.
O
sul menor região
Formada
somente por três Estados
Rio
Grande do Sul, Paraná
E
Santa Catarina são os Estados.
Ao
contrário do Nordeste
Onde
o calor é de matar
A
região sul é tão fria
Aonde
chega até a nevar.
Sua
economia é o vinho
Que
da uva é fabricado
Mas
a maior parte dele
Para
fora é enviado.
A
população que ali habita
É
de imigrantes italianos
E
também de outros países
Frios,
quentes e medianos.
O
sudeste é o mais rico
Em
ouro e população
Desenvolvimento
e progresso
E
também em população.
Rios
quase que não existem
De
tanta poluição
Verde
há muito não se vê
De
tanta devastação.
Minas
Gerais e São Paulo
Fazem
parte da região
E
também o Rio de Janeiro
E
Espírito Santo, amigão.
O
centro-oeste é a região
Mais
rica em águas e rios
Muitos
bichos no Pantanal
E
também tem um bom frio.
Mato
Grosso e Mato Grosso do Sul
Goiânia,
terra natal
Da
nossa grande Brasília
Do
Brasil a capital.
(06
de maio de 1983).
REFLEXÃO
Triste
hoje, feliz amanhã
Descasei-me
a vinte anos
Mas
não foi por eu querer
Minha
mulher insistiu
E
agora estou eu num mundo vazio
Ela
agora está com outro
Mas
sozinho eu não estou
Com
ela não tive filhos
Mas
agora sou vovô.
Depois
que ela quebrou a cara
Veio
correndo me procurar
Mas
agora estou casado
E
não quero me separar
Agora
eu não desfaço
Do
meu casamento feliz
Naquele
tempo foi ela
Agora
fui eu que não quis.
(ano
de 1982).
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